Pronto para Plenário o projeto de reajuste para policiais

O projeto de lei do governador que reajusta os salários dos servidores da segurança pública está pronto para ser vota...

08/05/2007 - 00:03
 

Pronto para Plenário o projeto de reajuste para policiais

O projeto de lei do governador que reajusta os salários dos servidores da segurança pública está pronto para ser votado em Plenário, no 1º turno. O Projeto de Lei (PL) 929/07 chegará com a emenda nº 2, do deputado Sargento Rodrigues (PDT), que antecipa de 1º de setembro para 1º de maio o pagamento das três parcelas de 10% de reajuste dos servidores, de 2007 a 2009. "Hoje, conseguimos nossa primeira vitória, mas entendo que as outras emendas apresentadas precisam ser aprovadas. A discussão desse projeto ainda não terminou", destacou Sargento Rodrigues.

O projeto foi analisado em reunião conjunta de três comissões da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, na tarde desta terça-feira (8/3/07). Segurança Pública, Administração Pública e Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) apresentaram e votaram seus respectivos pareceres. Pela manhã, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou parecer pela constitucionalidade, sem alterações na proposta original.

Segurança Pública - A primeira votação foi do parecer da Comissão de Segurança Pública, presidida pelo deputado Sargento Rodrigues (PT), que relatou o projeto. O parecer aprovado acatou as cinco emendas apresentadas pelo relator. A Emenda nº 1 autoriza o Poder Executivo a conceder novos reajustes até março de 2010. A Emenda nº 2 é a que antecipa de 1º de setembro para 1º de maio o pagamento das três parcelas de 10% de reajuste dos servidores, de 2007 a 2009. Outra emenda, a de nº 3, institui o dia 1º de maio como data base para a categoria. Um adicional de 20%, por atividade de risco, é contemplado pela Emenda nº 4. Já a Emenda nº 5 estende o reajuste aos técnicos do setor administrativo da categoria. Sargento Rodrigues insistiu na pertinência de cada uma das emendas. "Todos são assuntos que devem ser discutidos nesse projeto. O ideal seria dar os 33% de uma só vez. Vamos continuar essa discussão", afirmou.

Administração Pública - A reunião foi presidida pelo deputado Elmiro Nascimento (DEM) e o relator do projeto na comissão foi o deputado Inácio Franco (PV). O parecer de Inácio Franco foi favorável ao PL, pela manutenção apenas na Emenda nº 2 e pela rejeição das outras quatro emendas. Durante a discussão do parecer, Sargento Rodrigues voltou a insistir na pertinência de todas as emendas. O deputado Lafayette de Andrada (PSDB) argumentou contra o estabelecimento da data base somente para a categoria, e não para todos os servidores do Estado. "Na prática, a antecipação do reajuste já contempla esse ponto", disse. O deputado Gilberto Abramo (PMDB) pediu a votação em destaque da Emenda nº 4, que trata do adicional de periculosidade, e o deputado André Quintão solicitou destaque à Emenda nº 3, que trata da data base. "Por coerência, devemos aprovar esta emenda", afirmou. Ambos votaram contra a rejeição das duas emendas, porém, o parecer de Inácio Franco foi aprovado da forma original.

Fiscalização Financeira e Orçamentária - A comissão aprovou o parecer do relator Lafayette de Andrada, favorável ao PL e à manutenção da Emenda nº 2, durante a reunião presidida pelo deputado Elmiro Nascimento. Dessa forma, o deputado manteve o parecer ao projeto como aprovado pela Comissão de Administração Pública. A favor do adicional de periculosidade, Sargento Rodrigues lembrou que desde 2003, 118 servidores da área de segurança do Estado morreram em serviço. Ele argumentou de forma contundente sobre a necessidade de aprovação das cinco emendas apresentadas por ele.

Durante a discussão do projeto, além de Rodrigues, falaram os deputados Antônio Júlio, que criticou a política remuneratória do Estado: "O governo do Estado queria atrelar a remuneração dos servidores ao ICMS. Dessa forma, em 2006, eles teriam direito a um reajuste de 26%. Quando perceberam o equívoco, entraram vários abatimentos, voltaram atrás. Nós não temos o poder de aumentar salários, mas, pelo menos, temos o poder de discuti-los"; e a deputada Elisa Costa, que lembrou a luta dos servidores estaduais por uma política remuneratória justa: "O projeto que hoje se apresenta ainda não é satisfatório, mas é um avanço em comparação com o nada que as outras categorias conseguiram até o momento. Há 12 anos, os servidores da educação estão sem reajuste salarial, por exemplo".

O deputado Sebastião Helvécio (PDT) questionou o relator sobre o impacto das emendas no orçamento do Estado. A emenda que institui o adicional incrementaria em 20% os gastos com a categoria. Sobre a extensão do aumento aos técnicos administrativos, Sargento Rodrigues informou que eles são cerca de 1 mil servidores (sendo que, entre ativos e inativos das quatro categorias da Defesa Social do Estado, somam-se 90 mil servidores), o que, na visão de Sebastião Helvécio, seria um aumento de gasto que não fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, como argumentou Lafayette de Andrada. "Podemos corrigir essa injustiça com os técnicos administrativos da categoria, pois o impacto orçamentário no projeto será inferior a 1%", afirmou Helvécio.

Ao final da reunião, o deputado Sargento Rodrigues agradeceu os deputados. "O Poder Legislativo é o mais criticado, mas é aqui que se encontra a ressonância popular. Alcançamos um primeiro avanço. A principal emenda foi aprovada. Não há como esse deputado exercer dois papéis. Optei pelo lado da democracia e estou pagando caro por isso, pela incompreensão de alguns com o meu papel de homem público. Tenho a consciência tranqüila que estou cumprindo meu dever", finalizou.

Presenças - Pela Comissão de Segurança Pública, deputados Sargento Rodrigues (PDT), presidente; Paulo Cesar (PDT), Délio Malheiros (PV), Leonardo Moreira (DEM) e Antônio Júlio (PMDB). Pela Administração Pública, Elmiro Nascimento (DEM), presidente; André Quintão (PT), Inácio Franco (PV); Gilberto Abramo (PMDB) e Lafayette de Andrada (PSDB). Pela FFO, Elisa Costa (PT), Lafayette de Andrada, Sebastião Helvécio (PDT), Carlos Mosconi (PSDB), Gilberto Abramo (PMDB), Inácio Franco e Leonardo Moreira.

 

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