Assembléia recebe o PMDI para o período 2007-2023

O Projeto de Lei (PL) que contém o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) para o período 2007-2023 já está...

08/05/2007 - 00:02
 

Assembléia recebe o PMDI para o período 2007-2023

O Projeto de Lei (PL) que contém o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) para o período 2007-2023 já está na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. A mensagem do governador foi entregue ao presidente Alberto Pinto Coelho (PP) pela secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, nesta terça-feira (08/5/2007). O PMDI traça as metas e ações de planejamento de longo prazo do Governo e será recebido oficialmente pelo Plenário da Assembléia, para início de tramitação. Alberto Pinto Coelho disse ter optado por uma solenidade, em função da importância da ocasião. Deputados e diretores da Assembléia participaram do encontro.

A secretária Renata Vilhena afirmou que o novo PMDI traz muitos avanços e inovações importantes em relação ao plano vigente, sancionado em 2004. "O aprendizado que tivemos com o Choque de Gestão foi importante para esse aprimoramento", ressaltou. O PMDI, de acordo com a secretária, tem o foco em resultados, com indicadores finalísticos para cada área. Assim, a partir dos acordos de resultados assinados pelo governador Aécio Neves com cada instituição do Estado, será possível desdobrar as metas do plano no planejamento interno das secretarias, fundações e autarquias. "Se o objetivo é reduzir a criminalidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte, cada diretoria da Defesa Social saberá o que fazer", exemplificou.

De acordo com Renata Vilhena, esse desdobramento das metas do Governo para cada uma de suas instituições será também usado como critério para avaliação de desempenho dos servidores. "Hoje, os critérios são subjetivos", justificou, acrescentando que essa proposta será encaminhada, na forma de proposição de lei, à Assembléia, para instituição do prêmio de produtividade. "Há um alinhamento de estratégias do Choque de Gestão, do PMDI, das instituições e dos servidores. É um salto de qualidade", avaliou a secretária.

Novos cenários - Já o coordenador executivo do Programa Estado para Resultados, Tadeu Barreto, fez uma breve apresentação do PMDI, salientando que o plano manteve a mesma visão de futuro do documento anterior, que é tornar Minas Gerais o melhor estado para se viver. "Por outro lado, ele alterou a discussão das estratégias, revisou cenários para até 2023 e criou cenários específicos para áreas como defesa social, educação e saúde. Em vez de objetivos prioritários, foram definidas 11 áreas de resultados, com objetivos, indicadores e projetos estruturadores para cada área de resultado. Tudo isso auxiliará na gestão do plano", salientou.

As áreas de resultados incluem educação de qualidade; vida saudável; protagonismo juvenil; investimento e valor agregado da produção; inovação, tecnologia e qualidade; logística de integração e desenvolvimento; redução da pobreza e inclusão produtiva; rede de cidades e serviços; qualidade ambiental; desenvolvimento do Norte de Minas, Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce; e defesa social.

De acordo com Barreto, a perspectiva integrada do capital humano foi o centro da estratégia de desenvolvimento do plano. A meta geral é garantir uma população saudável, educada e bem nutrida, com salto de qualidade no ensino e com foco no jovem e em sua inserção no mercado de trabalho. No caso do protagonismo juvenil, o plano traça os resultados esperados para a redução da taxa de homicídios entre jovens de 15 a 24 anos, hoje na casa de 47 casos para cada 100 mil habitantes. A meta é chegar a 25 em 2011 e a sete casos em 2023. Por outro lado, o objetivo é aumentar a taxa de conclusão do ensino médio nesse público, dos atuais 46,1% para 70% em 2011 e 100% em 2023.

Nas demais áreas, são metas do governo para 2023, entre outras: universalizar o acesso de domicílios a redes de esgoto ou fossa séptica; ampliar para 90% o acesso à disposição adequada do lixo; acabar com as restrições às exportações mineiras de carne; elevar de seis para 43 o número de cursos de pós-graduação de Minas Gerais com nota sete na Capes; reduzir a taxa de crimes violentos contra o patrimônio, dos atuais 450 casos por 100 mil habitantes para 136; ampliar para 100% o percentual de professores com curso superior no ensino médio e de 5ª à 8ª séries; e aumentar para nove e 12 anos a escolaridade média do jovens de 15 e 18 anos, respectivamente.

Tramitação - De acordo com o artigo 204 do Regimento Interno da Assembléia, o PL que contém o PMDI será analisado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária ampliada (com a participação de dois membros de cada uma das comissões permanentes às quais tenha sido distribuído o projeto, observado, tanto quanto possível, o princípio da proporcionalidade das representações partidárias ou do Bloco Parlamentar). O prazo para a emissão do parecer é de 60 dias, sendo os primeiros 20 dias destinados à apresentação de emendas. O projeto tramita em turno único.

Presenças - Além das autoridades citadas, participaram também do encontro os deputados Mauri Torres (PSDB); Jayro Lessa (DEM); Doutro Viana (DEM); André Quintão (PT); Sebastião Helvécio (PDT); Agostinho Patrús Filho (PV); Luiz Humberto Carneiro (PSDB); Paulo Guedes (PT); e a deputada Elisa Costa (PT), além de servidores da ALMG e de secretarias do Governo do Estado.

 

 

 

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