Comissão participa de ato público pelas vítimas da ditadura militar

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais participa, nesta segunda-feira (7/5/07), do ...

04/05/2007 - 00:00
 

Comissão participa de ato público pelas vítimas da ditadura militar

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais participa, nesta segunda-feira (7/5/07), do ato público em homenagem às vítimas da ditadura militar, com a presença do ministro Paulo Vanucchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. O ato será às 15 horas, no Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania (R. Hermilo Alves, 290 - Santa Tereza). Durante o evento, será feita a coleta de material genético para o banco de DNA dos familiares de vítimas da ditadura, com o objetivo de tentar identificar os restos mortais dos desaparecidos.

Para o deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e autor do requerimento para a realização da visita ao instituto, o ato deve ser também um momento de pressão política pela abertura dos arquivos da ditadura. Até agora, os arquivos só foram abertos parcialmente e, segundo ele, há muita resistência do Exército em relação a isso. O deputado também demonstra preocupação com a morosidade no pagamento de aposentadorias e indenizações às vítimas da ditadura e afirma que esses pagamentos são feitos mais facilmente para pessoas de renome.

Clandestino - De acordo com informações fornecidas pelo gabinete do deputado Durval Ângelo, a Comissão de Direitos Humanos irá promover um encontro de Otávio Ângelo, que militou contra a ditadura no Brasil, com o ministro Paulo Vanucchi. O aposentado de 72 anos, que teve uma trajetória marcada pela perseguição política, com episódios de tortura, prisões e o banimento para o México, em 1970, utiliza até hoje documentos falsos com o nome de Antônio Luiz Carneiro Rocha. O processo de indenização de Otávio Ângelo tramita na Comissão de Anistia do Ministério da Justiça desde 2001.

Otávio Ângelo foi um expressivo membro da Aliança Nacional Libertadora (ANL), comandada por Carlos Marighella. Depois da morte de Marighella, ele foi preso e torturado barbaramente, tendo sido libertado, em 14 de março de 1970, como um dos cinco presos políticos trocados pelo cônsul japonês Nobuo Okuchi, seqüestrado pela ANL.

 

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