Secretaria vai priorizar roteiros turísticos e projeto estruturador

Priorizar roteiros turísticos, promover uma campanha nacional de divulgação das belezas de Minas e buscar a recuperaç...

26/04/2007 - 00:01
 

Secretaria vai priorizar roteiros turísticos e projeto estruturador

Priorizar roteiros turísticos, promover uma campanha nacional de divulgação das belezas de Minas e buscar a recuperação da posição de destaque do Estado no turismo do País. Esses são alguns objetivos da secretária de Estado de Turismo, Érica Campos Drumond, que falou, nesta quinta-feira (26/4/07), à Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Em entrevista à imprensa, a secretária informou que já estão garantidos, em 2007, US$ 4,5 milhões para o projeto estruturador "Destinos turísticos de Minas Gerais", que relaciona, entre outros locais, Estrada Real, serras, estâncias hidrominerais e Belo Horizonte.

Dos US$ 4,5 milhões, US$ 2,5 milhões são do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o restante, do governo do Estado. Outros R$ 4 milhões estão garantidos este ano, no orçamento da Secretaria, para atividades de promoção, como participação em feiras, missões estratégicas e produção de material. Ainda sobre o volume de recursos destinados ao setor, o deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e a deputada Cecília Ferramenta (PT) enfatizaram a necessidade de garantir, no Orçamento do Estado, verba para as regiões turísticas. Isso poderia ser feito por meio de emendas coletivas, numa iniciativa suprapartidária, sugeriram.

Já o deputado Vanderlei Miranda (PMDB), presidente da comissão e autor do requerimento da reunião, questionou a secretária sobre a Estrada Real, chamando atenção para o desconhecimento sobre a rota. Em resposta, Érica Drumond ponderou que este seria, hoje, o mais reconhecido de todos os destinos turísticos do Brasil. "É uma marca forte, que teve um posicionamento rápido", assegurou. O que a Secretaria sugere agora é o foco em alguns trechos já consolidados, "precificando" esses locais. Em outras palavras, é informar ao turista, por exemplo, quanto custa caminhar por quatro dias nessa rota, usufruindo de serviços variados, como restaurantes e hotéis. Na avaliação da secretária, a Estrada Real vai se transformar numa parceria público-privada (PPP), com a iniciativa privada aportando recursos, mas tendo retorno mais rápido do investimento.

Secretária detalha projeto estruturador e lista eixos prioritários do turismo no Estado

O projeto estruturador "Destinos turísticos de Minas Gerais", citado pela secretária, lista oito destinos: implantação da "Casa de Minas" em São Paulo; a estruturação e a promoção turística na Estrada Real; a implantação do Caminho Turístico do Lago de Furnas; a restauração e a revitalização das estâncias hidrominerais; Serras Mineiras; Estâncias Termais; BH: capital da excelência médica; e o Portal de Turismo no Circuito Cultural da Praça da Liberdade.

A Secretaria está em busca de parcerias para abrir a "Casa de Minas" em São Paulo, talvez no bairro nobre dos Jardins. Seria um escritório de negócios que divulgaria culinária e cultura mineiras, por exemplo, ao mesmo tempo em que faria a captação de eventos e impulsionaria a realização de negócios. Para implantar o projeto e mantê-lo no primeiro ano, seriam necessários R$ 4 milhões. O Portal de Turismo do circuito cultural a ser criado na Praça da Liberdade, com a criação do Centro Administrativo, seria implantado no prédio conhecido como "Rainha da Sucata". Uma das idéias é que, nesse local, o turista estrangeiro teria a possibilidade até de trocar sua moeda por real.

Minas tem que viver - A priorização dos roteiros também é apontada como ação da Secretaria. Hoje, são 36 circuitos, mas há alguns com até 29 municípios, o que não seria algo comercializável, de acordo com a secretária. Os circuitos a serem priorizados são: Estrada Real; Belo Horizonte e entorno; Circuito do Ouro e Diamantes; Serra do Cipó; Grutas; Serra da Canastra e Araxá; Trilha dos Inconfidentes; Monte Verde; Serra da Mantiqueira e Circuito das Águas. O mote da campanha de divulgação - "Minas não dá pra explicar; tem que viver" - dá uma idéia das várias opções de roteiros que a Secretaria pretende "vender" para agentes de viagens e operadoras. Como destacou a secretária, é preciso combater a inércia entre o desejo do brasileiro de conhecer Minas e o fato de ele acabar não vindo. Dos turistas em Minas, 49% são os próprios mineiros.

Érica Drumond listou, ainda, os sete eixos emergenciais do turismo para os próximos quatro anos: o inventário da oferta turística (disponibilizar informações sobre hotéis, museus, parques e promover sua atualização constante); a roteirização (focar a distribuição dos roteiros nas operadoras de turismo e agentes de viagens); a qualificação (treinamento da mão-de-obra e dos gestores dos circuitos); o marketing e apoio à comercialização; a produção associada (fazer com que o turista não saia do Estado de mãos vazias e leve nosso artesanato e nossa culinária); o fomento ao crédito; e a criação de centros de referência e apoio ao turismo.

Sugestões - O deputado Vanderlei Miranda (PMDB) reivindicou que seja incrementado o antigo pólo de moda e confecções da Capital, assim como o pólo calçadista do Estado. O deputado Bráulio Braz (PTB) indagou se havia alguma ação prevista para a Zona da Mata, e a deputada Cecília Ferramenta (PT) perguntou sobre os projetos para Vale do Aço e Centro-Oeste, de vocação religiosa. Em resposta, Érica Drumond informou que a Secretaria está promovendo um mapeamento dessas regiões, a fim de direcionar a atuação. Ao falar sobre o trabalho desenvolvido pela ALMG, o deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) destacou que a primeira lei sobre ecoturismo no Brasil é de sua autoria, além de ressaltar a atuação da Comissão Especial das Estâncias Hidrominerais, da qual foi relator. Ele também encaminhou reivindicações com foco no Sul de Minas.

Presenças - Deputado Vanderlei Miranda (PMDB), presidente; deputada Cecília Ferramenta (PT) e deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e Bráulio Braz (PTB).

 

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