Caso do menino Pedro Augusto será debatido novamente na terça (24)

Será nesta terça-feira (24/4/07), às 14 horas, a segunda reunião conjunta das comissões de Direitos Humanos e de Segu...

20/04/2007 - 00:00
 

Caso do menino Pedro Augusto será debatido novamente na terça (24)

Será nesta terça-feira (24/4/07), às 14 horas, a segunda reunião conjunta das comissões de Direitos Humanos e de Segurança Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais destinada a investigar o desaparecimento de crianças e adolescentes no Estado, entre 2005 e 2007, a requerimento do deputado Durval Ângelo (PT). O local é o Plenarinho I. As comissões pretendem ouvir, entre outros convidados, Benoni Prates Beltrão e Cléia Maria da Conceição Santos, pai e mãe do menino Pedro Augusto Beltrão, desaparecido desde agosto de 2006, em Belo Horizonte. A reunião será reservada.

Os outros convidados são a delegada titular da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, Cristina Coeli Cicarelli Masson; o delegado titular da Divisão de Crimes contra a Vida, Wagner Pinto de Souza; e os promotores Rodrigo Filgueira de Oliveira e Lucas Rolla, coordenadores, respectivamente, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e de Apoio Comunitário (CAO-DH) e da Promotoria de Infância e Juventude.

Deputados querem ouvir policial suspeito de homicídio

No último dia 17, foi realizada a primeira reunião conjunta sobre o assunto. Parlamentares das duas comissões aprovaram requerimento para que seja ouvido policial civil acusado de ter violentado e assassinado o garoto Pedro Augusto Beltrão. Os supostos crimes foram relatados ao Ministério Público pelos dois filhos do policial, menores de idade, que também dizem ter sido violentados pelo pai. Os dois garotos confirmaram aos parlamentares os depoimentos anteriores. As crianças foram acompanhadas pela mãe e pela psicóloga Aruane Amorim, do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Crimes Violentos.

De acordo com o relato dos meninos, os crimes referentes a Pedro Augusto teriam acontecido na casa do pai. O garoto teria sofrido violência sexual, e depois teria sido assassinado para que seu coração fosse extraído em um ritual de magia negra. O deputado Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos, disse considerar esse o depoimento mais chocante que já presenciou na Assembléia Legislativa.

Decisão - No final de março, ficou definida que as duas comissões ficariam encarregadas de investigar o desaparecimento de crianças e adolescentes. À época, o deputado Durval Ângelo (PT) informou que as duas comissões seriam bem objetivas, realizando de quatro a cinco reuniões conjuntas, fechadas à imprensa. O objetivo seria apurar possível participação de policiais em alguns desaparecimentos, conforme denúncia já feita ao Ministério Público. Os deputados ouviriam as famílias, os denunciantes, os possíveis envolvidos, e concluiriam com uma ou duas acareações entre testemunhas e denunciados.

O deputado disse que recebeu a garantia do presidente da Assembléia, deputado Alberto Pinto Coelho (PP), de que tudo o que for apurado será considerado pelo governo. E de que todos os servidores públicos (policiais e delegados) convidados pelas comissões serão convocados pelo governo para comparecer.

 

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