PSB perde deputados e não tem mais bancada na Assembléia

Em função da desfiliação de dois deputados estaduais, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) deixou de constituir banc...

04/04/2007 - 00:00
 

PSB perde deputados e não tem mais bancada na Assembléia

Em função da desfiliação de dois deputados estaduais, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) deixou de constituir bancada na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, porque passou a contar com menos de cinco representantes. O comunicado foi feito pelo 1º-vice-presidente da Mesa, deputado Doutor Viana (DEM), que presidiu a reunião do Plenário, na tarde desta quarta-feira (4/4/07), quando também foram anunciadas as trocas de legenda do deputado Deiró Marra, que agora pertence ao Partido Republicano (PR), e do deputado Juninho Araújo, que se filiou ao Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). Os partidos que receberam as filiações, passam, com isso, a fazer parte do Bloco Social Democrata (BSB), que conta, ainda, com o PSDB, PTB, PSC, PHS, PPS e PMN.

Também durante a reunião, a presidência recebeu a Mensagem 22/07, do governador Aécio Neves, encaminhando o balanço geral do Estado e a demonstração de execução orçamentária dos programas e obras de todos os órgãos e poderes, referente ao exercício de 2006. O governador encaminhou, também, o Ofício 3/07, que encaminha o relatório de auditoria da execução orçamentária relativo ao exercício financeiro encerrado em 31 de dezembro de 2006.

De acordo com o ofício, o balanço geral, acompanhado dos demonstrativos analíticos, e o relatório da Auditoria-Geral do Estado, "constituem os elementos necessários à análise e consideração da execução orçamentária, financeira e patrimonial" de 2006. O governo anexou aos comunicados as contas anuais de 2006 do relatório de avaliação social dos programas governamentais, elaborado pelo órgão central de controle interno do Poder Executivo Estadual.

A Mesa recebeu, ainda, o ofício 2/07, do presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Elmo Braz Soares, encaminhando a prestação de contas do órgão referente ao ano de 2006.

Requerimentos - Foram deferidos os seguintes requerimentos solicitando desarquivamento de proposições: do deputado Ademir Lucas, os projetos de lei 3.307, 3.605 e 3.642/2006; do deputado Célio Moreira, o Projeto de Lei (PL) 41/2003; do deputado Doutor Viana, o PL 2.709/2005; do deputado Tiago Ulisses, os PLs 3.378, 3.488 e 3.596/2006; e do deputado Sebastião Helvécio, os PLs 441, 511 e 512/2003, 2.766 e 2.851/2005 e 3.558 /2006.

Críticas ao orçamento - Ao reclamar do pronunciamento do líder da Maioria, deputado Domingos Sávio (PSDB), feito ontem (3/4) contra o presidente Lula, o deputado André Quintão (PT) foi à tribuna para criticar a gestão do Executivo Estadual. "Prefiro não para fazer a mesma coisa com o governo de Minas, mas cumprir nosso papel de fiscalizar as ações do Executivo", justificou.

Com base em informações do armazém do Sistemas Integrados de Acompanhamento Financeiro (Siaf), o parlamentar citou quatro dos 35 projetos estruturadores do Estado que não tiveram os orçamentos executados na totalidade. Segundo o deputado, o Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR), tinha um crédito autorizado de R$ 37,99 milhões, mas só consumiu R$ 5,6 milhões, o que corresponde a 14,73%. O projeto de revitalização do rio São Francisco, cujo orçamento previsto era de R$ 22,8 milhões, gastou R$ 4,5 milhões, ou 19,75%.

Outro projeto citado foi o de Arranjos Produtivos Locais que contava com a autorização de gastos de R$ 13 milhões e consumiu R$ 2,99, ou 22,96%. Quintão também deu dados do Minas Sem Fome, que executou R$ 5,84 milhões dos R$ 17 milhões autorizados, o que representa 34,09%. Ele questionou os motivos que levaram o governo estadual a não utilizar toda a verba nesses programas, considerados prioritários.

André Quintão ressalvou, com ironia, projetos que o governo "executou bem". Citou a área de Comunicação Social, que consumiu 99,48% dos R$ 39 milhões autorizados; Estrada Real, com 50% e o das Parcerias Públicas-Privadas (PPP), com 49%. Ressaltou, ainda, que apenas 12 dos 35 projetos estruturadores apresentaram despesas superiores aos gastos em comunicação. "Concordo que o gasto com comunicação é importante, desde que não seja muito superior às atividades-fim do Estado", replicou.

Em aparte, o 1º-secretário, deputado Dinis Pinheiro (PSDB) defendeu o governo do Estado, afirmando que Minas nunca avançou tanto quanto nos últimos quatro anos, em todos os setores da economia, o que representou "melhoria na vida dos mineiros". Também de forma irônica, o parlamentar colocou em dúvida se o governo Federal teria conseguido o mesmo e questionou como anda a segurança e a saúde no País.

Elogios - O deputado Durval Ângelo (PT) usou da palavra para elogiar a Corregedoria da Polícia Civil de Minas, que prendeu policiais envolvidos em extorsão. Três policiais do 4º Distrito da Capital, segundo o deputado, chegaram a extorquir R$ 2,2 mil de um empresário de Contagem e tentavam, ainda, tomar um veículo, outros objetos e mais R$ 10 mil. Outro policial que também foi punido era da Delegacia de Furtos e Roubos a Bancos. Ele tentava extorquir R$ 10 mil do pai de um rapaz preso por roubo de uma motocicleta.

 

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