Comissão discutirá novamente situação de cubanos presos nos EUA

A Comissão de Participação Popular da Assembléia Legislativa de Minas Gerais receberá, nesta quarta-feira (4/4/07), a...

30/03/2007 - 00:00
 

Comissão discutirá novamente situação de cubanos presos nos EUA

A Comissão de Participação Popular da Assembléia Legislativa de Minas Gerais receberá, nesta quarta-feira (4/4/07), a delegação cubana que irá participar da XV Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, marcada para começar no dia seguinte. O requerimento da audiência pública é dos deputados André Quintão (PT), presidente da comissão, e Carlin Moura (PCdoB). Os debates serão às 9h30, no Auditório. Roberto González, um dos integrantes do grupo, entregará à comissão um documento que solicita a imediata liberação de cinco cidadãos cubanos presos nos Estados Unidos desde 1998, a ser encaminhado a diversos órgãos internacionais. Ele é irmão de um dos presos e advogado das famílias.

Além de Roberto González, a delegação cubana é formada por José Estévez Hernández, vice-presidente do Instituto Cubano da Amizade com os Povos (Icap); Alejandro Aguilar, economista e especialista em questões latino-americanas; Reynaldo García, especialista do Icap para questões brasileiras; e Yarisleidis Medina Valle, também do instituto. A Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba é anual e busca visibilidade para os problemas enfrentados por aquele país, sendo realizada pela Associação Cultural José Marti com o patrocínio de várias entidades. Em 2007, o evento acontecerá no Sesc Contagem, entre os dias 5 e 7 de abril.

Assunto também foi discutido pela Assembléia em 2006

Em 24 de maio de 2006, a Comissão de Direitos Humanos recebeu o embaixador de Cuba no Brasil, Pedro Nunez Mosquera, que relatou a situação dos cubanos René e Fernando González, Gerardo Hernández, Ramon Labañino e Antonio Guerrero. Segundo ele, os cinco condenados por crimes de espionagem política investigavam ações terroristas da chamada máfia cubana, que financiaria mercenários no sul da Flórida e lutaria pela anexação de Cuba aos Estados Unidos.

O embaixador contou que, mesmo após a entrega de dezenas de dossiês ao FBI que apontavam ações terroristas planejadas por aquela organização, nada foi feito em defesa do povo cubano. "Três meses depois desse encontro com a inteligência norte-americana, não obtivemos nenhum resultado. Ao contrário, eles condenaram nossas únicas fontes de informação em um julgamento manipulado e feito de falsas provas", contou.

Em agosto de 2005, o Tribunal Superior de Apelações de Atlanta, nos Estados Unidos, teria anulado o julgamento dos cidadãos cubanos, mas eles continuam presos. Para a assessora do Ministério da Educação de Cuba, Maria Dolores Ortiz, que também participou da reunião, esse fato comprovaria a intenção política dos Estados Unidos nas prisões. "É fundamental que a opinião pública mundial saiba dessa situação. Cerca de 140 países possuem, hoje, comitês de solidariedade a esses cidadãos e ao povo cubano, inclusive nos Estados Unidos. Nosso objetivo final é trazê-los de volta à sua pátria", afirmou.

Segundo informações da assessoria do deputado André Quintão, o 11° Circuito da Corte de Apelações dos Estados Unidos também teria revogado as sentenças dadas aos cinco cubanos, alegando que o processo não foi justo e que o juízo dado pelo tribunal local foi parcial e preconceituoso. Uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) também teria condenado a prisão, já que não haveria sentença em vigor contra eles.

 

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