Plenário encerra discussões sobre contas do governador

Foram encerradas as discussões sobre os Projetos de Resolução (PREs) nº 1.151/03 e 1.897/04, que aprovam as contas do...

22/03/2007 - 00:00
 

Plenário encerra discussões sobre contas do governador

Foram encerradas as discussões sobre os Projetos de Resolução (PREs) nº 1.151/03 e 1.897/04, que aprovam as contas dos governadores de Estado, dos exercícios de 2002 (Itamar Franco) e 2003 (Aécio Neves), respectivamente. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (22/3/07), pelo 2º vice-presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado José Henrique (PMDB), que presidiu a Reunião Ordinária de Plenário Os projetos, agora, estão prontos para votação.

O deputado Padre João (PT), último parlamentar a usar a tribuna para discutir as proposições, apresentou um requerimento à Mesa solicitando a retirada dos projetos da pauta, por considerá-los "inconstitucionais e ilegais". O requerimento não foi aceito porque, segundo explicações do deputado José Henrique, o regimento não admite a retirada de proposições do Plenário, salvo quando a solicitação é assinada por todos os líderes da Casa.

Padre João argumentou que as contas do governador que estão sendo discutidas foram aprovadas por pareceres apresentados por procuradores de Estado, o que, segundo ele, fere a Constituição Estadual, que exige a opinião do Ministério Público Especializado no Tribunal de Contas. "Não podemos votar uma matéria que está ilícita e pode ter sua nulidade decretada", argumentou. Ele citou a opinião de um dos conselheiros do TCMG, Ciro Costa, que teria criticado a inclusão de investimentos em saneamento público como gastos com o setor de Saúde. O deputado também questionou a isenção dos procuradores para fazer a análise das contas, afirmando que alguns têm até relações familiares com secretários ou representantes do governo.

Em aparte, o deputado Ademir Lucas (PSDB) retrucou os argumentos do deputado petista, ao defender a independência dos procuradores. "Ele passa a incorporar a figura do julgador; não acredito que leve consigo o compromisso de fora", afirmou. Em relação à discussão sobre o saneamento ser ou não um gasto com saúde, o deputado tucano observou que muitas pessoas adoecem exatamente pela falta desse serviço.

Ao solicitar a palavra pelo artigo 70 do Regimento (que assegura tempo para os líderes), o deputado Wander Borges, líder do PSB, se uniu a Ademir Lucas. Ele lembrou que os pareceres do Tribunal de Contas têm se baseado na Emenda Constitucional 29, que ainda não foi regulamentada, e que definirá se saneamento básico é ou não considerado como medida de saúde. "Como se pode exigir do prefeito se ainda não há entendimento do que é saúde?", indagou. Sobre os pareceres, Wander Borges, que é inspetor do TCMG, disse que os relatórios que vão para os conselheiros são técnicos e cada qual decide seu voto com base neles.

Viagens de comissões - O deputado Ademir Lucas, requerendo questão de ordem, solicitou à Mesa que discipline as viagens ao interior que têm sido realizadas pelas comissões permanentes. Ele afirmou que os custos com esses deslocamentos são muito altos, pois envolvem gastos com muitos servidores, e que, muitas vezes, as viagens não se justificam, pois são usadas com fins eleitoreiros e para promoção pessoal de alguns deputados. O parlamentar também criticou a realização das reuniões com número insuficiente de deputados para cumprir a exigência de quórum prevista no Regimento Interno. Ele sugeriu que as viagens passem a ser aprovadas pelo Plenário e que, caso o número de deputados seja inferior ao quórum exigido, as despesas sejam arcadas pelo autor da audiência externa, além de a reunião não poder ser realizada como evento da Assembléia.

O deputado José Henrique explicou que as viagens fazem parte da estratégia de interiorização da Assembléia, prevista no regimento, mas assegurou que a questão será levada à próxima reunião dos líderes com o presidente da Casa, deputado Alberto Pinto Coelho (PP).

Durante a reunião ordinária, foi lida a comunicação da Presidência criando a Ouvidoria Parlamentar e designando o deputado Inácio Franco (PV) para exercer a função de Ouvidor-Geral. Também foram definidas as anexações de dois Projetos de Lei (PLs), por serem semelhantes: o PL 169/07, do deputado Gustavo Valadares (PFL), foi anexado ao PL 60/07, de Weliton Prado (PT); e o PL 222/07 foi anexado ao 198/07, ambos de Alencar da Silveira Jr. (PDT). Foi deferido, ainda, requerimento de Alencar da Silveira Jr., solicitando a retirada de tramitação do Projeto de Lei Complementar 3/07.

Foram solicitados desarquivamentos de proposições: do deputado Paulo Guedes (PT), o Projeto de Lei nº 877/2003; do deputado Gilberto Abramo (PMDB), o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 12/1999 e os PLs nºs 1.456, 1.533, 1.551, 1.588, 1.703, 1.954, 2.009/2004, 2.250, 2.334, 2.383, 2.694, 2.747, 2.803 a 2.805, 2.822/2005, 3.388, 3.506/2006; do deputado Padre João, os PLs 69, 71, 269, 271, 1.071, 1.247/2003, 2.034, 2.110, 2.337, 2.497, 2.626, 2.638/2005, 3.619, 3.689, 3.761/2006; do deputado Sargento Rodrigues (PDT), o Projeto de Resolução nº 3.536/2006 e os PLs 1.045/2003, 1.847/2004, 2.037, 2.386, 2.554/2005, 3.037, 3.216, 3.523, 3.651/2006.

 

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