Comissão do Trabalho vai discutir turno fixo na
Acesita
A Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação
Social da Assembléia Legislativa de Minas Gerais debate nesta
quinta-feira (15/3/07) a implantação do turno fixo na fábrica da
Acesita em Timóteo, no Vale do Aço. A reunião foi solicitada pela
deputada Elisa Costa (PT) e será realizada no Teatro da ALMG, a
partir das 9 horas.
O objetivo é debater o impacto econômico da
implantação do turno fixo, em vigor desde o dia 13 de fevereiro, e
as conseqüências para a saúde física e psicológica dos trabalhadores
da siderúrgica. Em sua justificativa, a parlamentar relata que os
operários estão trabalhando seis dias consecutivos em um único
horário - de 7 às 15 horas; de 15 às 23; ou de 23 às 7 horas.
A deputada alega que essa decisão foi unilateral e
trará conseqüências para a vida dos trabalhadores e impacto
econômico para o Vale do Aço, já que o turno fixo significa a
eliminação de um turno de trabalho, com a possível demissão de cerca
de 400 operários. A audiência pública, de acordo com Elisa Costa,
pode contribuir também para o diálogo entre a empresa e o sindicato
que representa os trabalhadores. "Vamos ouvir as partes e buscar um
consenso. Se não houver uma solução para o problema, a mudança terá
um impacto forte em Timóteo", avalia a parlamentar.
Foram convidados para a reunião a procuradora-chefe
do Ministério Público do Trabalho, Maria Amélia Bracks Duarte; o
delegado Regional do Trabalho, Antônio Roberto Lambertucci; o
prefeito de Timóteo, Geraldo Nascimento; o presidente da Acesita,
Jean Felipe Demael; o coordenador do setor siderúrgico da
Confederação Nacional dos Metalúrgicos, José Wagner Morais de
Oliveira; o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-MG),
Lúcio Guterres; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores
Metalúrgicos de Timóteo, Cleber Willian; e a médica do trabalho da
Secretaria de Estado da Saúde, Stella Deusa Pegado de Araújo.
|