Microrregionalização pode levar saneamento a pequenos municípios

A necessidade de definir as metas e o papel de cada ente federado nos serviços de saneamento no País, com enfoque na ...

06/03/2007 - 00:03
 

Microrregionalização pode levar saneamento a pequenos municípios

A necessidade de definir as metas e o papel de cada ente federado nos serviços de saneamento no País, com enfoque na organização municipalista, foi reivindicada pelo presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Celso Cota Neto, na abertura do Ciclo de Debates "As Novas Diretrizes do Saneamento Básico", na manhã desta terça-feira (6/3/07), no Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O evento discute a nova política nacional de saneamento básico e também o Projeto de Lei 3.374/06, que tramita na ALMG para que sejam criadas subsidiárias da Copasa. Representantes do Ministério das Cidades e do governo do Estado, além de deputados, especialistas e a sociedade civil organizada participam dos debates, que continuam até quarta-feira (7).

Celso Cota Neto, que é prefeito de Mariana, afirmou estar preocupado com a constatação de que os recursos direcionados pelo Ministério das Cidades para a área do saneamento estão quase todos alocados para cidades de porte médio e grande. Na opinião do prefeito, a solução para os municípios que não serão contemplados com esses recursos passa pela organização de microrregionais, já incentivada pelo governo do Estado, e pela utilização da estrutura técnica da Copasa. De acordo com Celso Cota neto, é necessária a criação de planos diretores regionalizados que possam dirimir as deficiências de saneamento nos pequenos municípios, para que passem a ser atendidos como prioritários.

ALMG discute tema desde 2006

Na abertura do ciclo, o 2º-vice-presidente da Assembléia, deputado José Henrique (PMDB), representando o presidente Alberto Pinto Coelho (PP), lembrou que as discussões sobre o projeto de criação de subsidiárias da Copasa que operem serviços de água e esgoto nos municípios têm sido amplas na ALMG e começaram em 2006, com a participação dos diversos segmentos envolvidos no assunto. Agora, segundo José Henrique, é preciso discutir o projeto à luz da nova lei federal, que estabelece normas a serem adotadas pelos entes federados.

A deputada Elisa Costa (PT), que pediu a realização do ciclo de debates e é a líder do Bloco PT/PCdoB, também reafirmou a importância de discutir a criação das subsidiárias e dos pontos da nova legislação federal. Na opinião da deputada, mais do que se preocupar com lucros e investimentos, a Copasa, que vai operar grande parte dos recursos do Ministério das Cidades, precisa recuperar ou manter sua função social, que é cuidar do saneamento, para a universalização do serviço em Minas.

Também participaram da abertura o representante do Ministério das Cidades, Ernani Ciríaco de Miranda, que será o primeiro expositor da manhã; o representante do governo do Estado, Tadeu Barreto Guimarães, que fará palestra à tarde; e a representante da Frente Estadual pelo Saneamento Ambiental, Izabel Chiodi, que participará dos debates. Em sua fala, Chiodi fez críticas a ações de expansão da Copasa para fora do Estado, citando matéria do jornal Valor Econômico de 8/9/06.

 

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