Política de saneamento básico reúne especialistas em ciclo de debates

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais promove nos dias 6 e 7 de março um ciclo de debates que tem como objetivo ab...

23/02/2007 - 01:04
 

Política de saneamento básico reúne especialistas em ciclo de debates

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais promove nos dias 6 e 7 de março um ciclo de debates que tem como objetivo abordar questões ligadas ao saneamento básico no Estado. O tema será discutido com base na Lei Federal 11.445, sancionada em janeiro deste ano, e que define a política nacional de saneamento básico. Junto com o debate sobre a legislação federal, os participantes vão analisar o Projeto de Lei 3.374/06, do governador, que cria as subsidiárias da Copasa para o Norte de Minas e Vales do Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus. O ciclo foi proposto pela deputada Elisa Costa, líder do PT. Para ela, a lei federal sancionada recebeu várias contribuições de debates feitos pela Assembléia e reflete a nova consciência nacional sobre o saneamento, "que é o de universalizar este serviço, bem como a política de resíduos sólidos".

Engenheiro e vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia, o deputado Fábio Avelar (PSC) considera a nova legislação um avanço, apesar de bastante complexa. Como pontos positivos ele destaca a mudança de metodologia para a política de saneamento e a criação de agências estaduais ou municipais para regularem o serviço, como controle da qualidade da água e tarifação.

A nova metodologia prevê licitação pública para os contratos de prestação de serviço entre as prefeituras, empresas privadas e as concessionárias estaduais. Antes da Lei 11.445, o saneamento era regulamentado por projeto de lei da prefeitura aprovado pelas câmaras municipais. O deputado defende mais discussão do projeto das subsidiárias da Copasa, "porque ainda existe muita dúvida por parte dos prefeitos e dos novos deputados, daí a importância do ciclo de debates".

Lei ainda não resolveu conflito de competência

Mesmo considerando a lei um avanço necessário para o segmento no País, o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-MG), José Antônio da Cunha Melo, disse que um importante ponto de discórdia não foi solucionado: a questão da competência entre Estado e município.

Um dos debatedores previstos para a tarde de terça-feira (6/2/07) do ciclo, José Antônio Melo considera que mesmo com algumas lacunas, a Lei 11.445 "representa um norte e permite que os setores envolvidos com saneamento discutam democraticamente". E que ela contempla lutas históricas da Abes, como a universalização do saneamento. José Antônio enfatiza, contudo, que a preocupação da entidade é de que soluções muito renovadoras não desmontem o setor, "que já tem conquistas importantes". Sobre o projeto da Copasa (PL 3.374/06), ele disse que é um texto "lacônico", por isso a Abes debate a proposição, nesta quarta-feira (28), no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-MG), com sindicatos do setor e representantes do governo mineiro.

Programação

Ciclo de Debates "As novas diretrizes do saneamento básico - Contribuições para o debate do Projeto de Lei 3.374/06"

Terça-feira (6/3)

8h30 - Abertura

9 horas - Palestra: "Diretrizes nacionais para saneamento (Lei 11.445, de 2007)"

10 horas - Palestra: "Impacto da Lei de Saneamento nos estados e municípios"

10h40 - Debate

14 horas - Palestra: "Criação de empresa subsidiária da Copasa nos municípios do Norte de Minas e dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus"

14h40 - Debates

Quarta-feira (7/3)

8h30 - Criação de empresa subsidiária da Copasa para o projeto Jaíba

9h30 - Debates

Entidades participantes - Colaboram com a realização do ciclo de debates representantes da Associação Brasileira de Engenharia Ambiental e Sanitária (Abes), Emater, Ruralminas, Igam, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, Copasa, Sociedade Mineira de Engenheiros, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-MG), Centro Federal de Tecnologia (Cefet), Sindicato dos Engenheiros de Minas Gerais (Senge), Oscip Verde Água, Sindicato dos Trabalhadores da Copasa (Sindágua) e Projeto Manuelzão.

 

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