Comissão é favorável à indicação de Agílio Monteiro para ouvidor

O nome do delegado Agílio Monteiro Filho recebeu parecer favorável para o cargo de ouvidor-geral adjunto do Estado de...

15/02/2007 - 01:00
 

Comissão é favorável à indicação de Agílio Monteiro para ouvidor

O nome do delegado Agílio Monteiro Filho recebeu parecer favorável para o cargo de ouvidor-geral adjunto do Estado de Minas Gerais, após sabatina realizada na tarde desta quinta-feira (15/2/07) por uma Comissão Especial da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O parecer foi elaborado pelo deputado Gustavo Valadares (PFL), e a indicação segue agora para o Plenário.

A maioria dos deputados presentes se absteve de interrogar o indicado, fazendo elogios à sua carreira impecável e cumprimentos ao governador Aécio Neves pela escolha. A exceção ficou por conta do deputado Durval Ângelo (PT), que apresentou críticas à estrutura e às deficiências das ouvidorias e questionou a autonomia de funcionamento desses órgãos em defesa da sociedade.

Agílio Monteiro Filho tem 60 anos, nasceu em Belo Horizonte e tornou-se bacharel em Direito pela Faculdade do Oeste de Minas. Serviu na Polícia Civil durante seis anos, a partir de 1967, e na Polícia Federal durante 29 anos, até ser convidado pelo governador Aécio Neves para dirigir o sistema penitenciário, em 2003. Dentre suas missões mais importantes, Monteiro Filho destaca o planejamento e a direção do esquema de segurança para a visita do Papa João Paulo II a Belo Horizonte, em 1980.

O deputado Sávio Souza Cruz (PMDB) considerou exemplar a folha de serviços prestados pelo indicado. Sebastião Costa (PPS) apresentou cumprimentos ao indicado e ao governador, em nome do PPS, pela escolha, e Leonardo Moreira (PFL) também declarou sua admiração pela folha profissional de 40 anos do policial.

Ouvidor tem o papel de ombudsman da sociedade

Durval Ângelo, por sua vez, afirmou que o ouvidor tem que agir como ombudsman da sociedade, a exemplo do que ocorre em empresas e órgãos de comunicação. Fez uma crítica à falta de infra-estrutura, de pessoal e de recursos para o funcionamento das ouvidorias, ressalvando que a Ouvidoria de Polícia é melhor equipada e teve acesso a recursos federais. Indagou ao indicado quais seriam suas propostas para fortalecer e ampliar a linha de atuação da Ouvidoria-Geral.

Agílio reconheceu que a Ouvidoria-Geral, criada em 2004, ainda não está consolidada e que a sociedade não tem conhecimento adequado de suas funções. A de Polícia, criada há dez anos, é mais conhecida, mas foram criadas outras ouvidorias, como a Penitenciária, a de Saúde, a de Educação, a de Meio Ambiente, a da Fazenda, a de Contratos e Licitações, todas subordinadas à Ouvidoria Geral. "As ouvidorias têm que ser órgãos interlocutores entre a sociedade e o governo, e enviar relatórios semestrais ao governo e à Assembléia", afirmou.

Acerca do questionamento do deputado petista sobre a autonomia das ouvidorias, Agílio esclareceu que os mandatos dos ouvidores são de dois anos, permitida uma recondução, e que só podem ser demitidos após processo. "São órgãos do Estado, e não do governo", distinguiu, tecendo elogios ao atual ouvidor de Polícia, José Francisco, e afirmando confiar na direção do ouvidor-geral, desembargador Lúcio Urbano.

Presenças - Deputados Gustavo Valadares (PFL), presidente e relator; deputados Durval Ângelo (PT), Sebastião Costa (PPS), Antônio Júlio (PMDB), Sávio Souza Cruz (PMDB), Leonardo Moreira (PFL), Gilberto Abramo (PMDB) e Vanderlei Miranda (PMDB).

 

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