Assembléia prepara ciclo de debate sobre saneamento básico

As diretrizes nacionais sobre saneamento básico contidas na recém-publicada Lei Federal 11.445, de 2007, e suas impli...

15/02/2007 - 01:01
 

Assembléia prepara ciclo de debate sobre saneamento básico

As diretrizes nacionais sobre saneamento básico contidas na recém-publicada Lei Federal 11.445, de 2007, e suas implicações nos estados e municípios são o tema do ciclo de debates que a Assembléia Legislativa de Minas Gerais realiza nos dias 6 e 7 de março. O evento teve seu formato e conteúdo definidos nesta quinta-feira (15/2/07), em reunião preparatória conduzida pela deputada Elisa Costa, líder do PT, partido que apresentou o requerimento para realização do ciclo. A reunião teve ainda a participação do deputado Fábio Avelar (PSC) e da deputada Maria Lúcia (PFL), além de 15 entidades que colaboram com os temas e debates.

Vice-presidente da Comissão do Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia, o deputado Fábio Avelar destacou a importância da lei federal, "fruto de 20 anos de discussão pela sociedade brasileira, e que modifica substancialmente o conceito de aplicação de saneamento". O deputado lembrou a necessidade de se aprofundar a discussão do projeto do governo mineiro que cria subsidiárias da Copasa e que já está pronto para votação em Plenário. Ele informou que apresentou requerimento para que seja retirado o regime de urgência do projeto (PL 3374/06), que a partir de 26 de fevereiro passa a travar a pauta de votações. "Precisamos discutir mais com prefeitos e sociedade", acrescenta.

Elisa Costa lembrou que a lei federal aprovada recebeu várias contribuições de debates feitos pela Assembléia e reflete a nova consciência nacional sobre o saneamento, "que é o de universalizar este serviço, bem como a política de resíduos sólidos". À luz da nova legislação, a deputada destacou que o projeto da Copasa precisa ser mais discutido, com debates sobre a melhor forma de implantação do serviço.

Ex-prefeita de Cataguases, a deputada Maria Lúcia disse que conhece de perto as dificuldades de saneamento e destinação do lixo nos pequenos municípios. Ela destacou que mais uma vez a política federal vai se concretizar nos municípios, mas lamentou a inexistência de recursos financeiros compatíveis.

Minas Gerais terá este ano, de acordo com anúncio do Ministério das Cidades, R$ 569 milhões para 37 cidades que apresentaram projetos de saneamento, sendo que R$ 229 milhões serão geridos pela Copasa. Entre as beneficiadas estão Belo Horizonte, Betim, Contagem, Juiz de Fora, Brumadinho e São Joaquim de Bicas. A gerente da Divisão de Apoio Jurídico da Copasa, Brígida Bueno Maiolini Porto, disse que a lei federal altera a perspectiva e o foco do saneamento, transformando o estado em um ente mais participativo na política do setor, prerrogativa hoje nas mãos das empresas públicas estaduais de água e saneamento.

Programação

A programação preliminar do ciclo, ainda sem os nomes de palestrantes, é:

Terça-feira (6/03)

8h30 - Abertura

9 horas - Painel: "Diretrizes nacionais para saneamento (Lei 11.445, de 2007)"

10 horas - Debates "Impacto da lei nos estados e municípios"

14 horas - Painel: "Criação de empresas subsidiárias da Copasa para o Norte de Minas e os Vales do Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus"

Quarta-feira (7/03)

9h30 - Criação de empresa subsidiária da Copasa para o projeto Jaíba

Entidades participantes - Colaboram com a realização do ciclo de debates representantes da Associação Brasileira de Engenharia Ambiental e Sanitária (Abes), Emater, Ruralminas, Igam, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional e Política Urbana, Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, Copasa, Sociedade Mineira de Engenheiros, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-MG), Centro Federal de Tecnologia (Cefet), Sindicato dos Engenheiros de Minas Gerais (Senge), Oscip Verde Água, Sindicato dos Trabalhadores da Copasa (Sindágua) e Projeto Manuelzão.

Presenças - Deputadas Elisa Costa (PT) e Maria Lúcia (PFL) e deputado Fábio Avelar (PSC); representantes da entidades citadas e consultores e técnicos da Assembléia, sob a coordenação do gerente-geral de Projetos Institucionais (GPI), Juscelino Ribeiro.

 

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