Lideranças e comissões serão definidas na próxima semana

Nesta terça-feira (6/2/07), será realizada a primeira reunião ordinária de Plenário da 16ª Legislatura da Assembléia ...

02/02/2007 - 01:05
 

Lideranças e comissões serão definidas na próxima semana

Nesta terça-feira (6/2/07), será realizada a primeira reunião ordinária de Plenário da 16ª Legislatura da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, às 14 horas. Na reunião, serão lidas as comunicações com a indicação dos líderes de bancadas (leia abaixo). O prazo para indicação termina nesse mesmo dia. A maioria das comunicações já foi publicada no "Diário do Legislativo" de sexta-feira (2). Nessa primeira semana de atividades, os deputados continuam as articulações para definir a composição das comissões permanentes da Assembléia, as lideranças partidárias e os blocos parlamentares.

A partir da definição de quem são os líderes de bancada, avançam as articulações para a escolha também dos integrantes das 17 comissões permanentes. Isto porque cabe aos líderes a indicação dos membros das comissões. A composição das comissões obedece a regras matemáticas previstas no artigo 98 do Regimento Interno, mas também leva em conta a negociação entre partidos. Na constituição delas, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional das bancadas ou dos blocos parlamentares.

Uma reunião do Colégio de Líderes cuidará desse assunto e definirá os integrantes, bem como a qual partido (e a qual deputado) caberá a presidência e a vice-presidência de cada uma das 17 comissões. Somente após essa fase é que acontecerão as primeiras reuniões das comissões, para eleição de presidentes e vices e análise de projetos.

Lideranças já definidas e comunicadas

Já foram definidos os líderes de 10 das 17 representações partidárias da Assembléia Legislativa de Minas Gerais para a 16ª Legislatura. O Plenário recebeu comunicações sobre as indicações dos líderes de cinco bancadas (partidos que têm cinco ou mais representantes na Casa e que, por isso, podem ter líderes). São eles: PFL - Gustavo Corrêa (líder) e Jayro Lessa (vice-líder); PT - Elisa Costa (líder) e Almir Paraca (vice-líder); PV - Agostinho Patrús Filho (líder) e Rômulo Veneroso (vice-líder); PMDB - Adalclever Lopes (líder) e Gilberto Abramo (vice-líder); e PDT - Sebastião Helvécio (líder) e Carlos Pimenta (vice-líder).

Também foi comunicada a formação de um bloco parlamentar - Bloco Social Democrata, formado por PSDB, PTB, PSC, PHS e PMN. O bloco, que reúne 22 parlamentares, tem como líder o deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB). O Plenário também foi comunicado sobre a escolha do líder da Maioria, deputado Domingos Sávio (PSDB); da Minoria, Paulo Guedes (PT); e do Governo, Mauri Torres (PSDB).

Até o início da manhã desta terça-feira (6), ainda não havia sido indicada a liderança do PP e nem comunicada a formação de outros blocos parlamentares.

Projeto da Copasa deverá ser analisado

Além das novas proposições ou das matérias desarquivadas a serem apresentadas pelos parlamentares, a Assembléia de Minas deverá analisar em breve o projeto que cria subsidiárias da Copasa, a companhia de saneamento do Estado. Essa proposição está pronta para ser votada pelo Plenário em 1º turno. É o Projeto de Lei (PL) 3.774/06, do governador Aécio Neves, que tramita em regime de urgência e que foi retirado de pauta no final de 2006 por falta de acordo entre os deputados para sua votação.

Segundo o Regimento Interno, projetos do governador com regime de urgência não são arquivados de uma legislatura para outra. Caso não seja apreciado até o dia 26 de fevereiro - prazo-limite para sua análise -, o PL 3.774/06 vai ter prioridade nas votações de Plenário, promovendo o chamado "sobrestamento" da pauta. Isso significa que nada mais poderá ser votado até que o projeto seja apreciado pelo Plenário.

Conteúdo - A última comissão a analisar o PL 3.374/06 foi a de Administração Pública, que deu parecer sobre emendas e substitutivos apresentados em Plenário ao projeto, durante sua discussão em 1º turno. A comissão opinou pela aprovação da matéria na forma do substitutivo nº 3. Esse substitutivo autoriza a criação de subsidiárias integrais com as atribuições de: dar manutenção, administrar, executar e explorar os serviços do sistema de irrigação do Projeto Jaíba; planejar, projetar, executar, ampliar, remodelar e explorar serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, em localidades das regiões dos Vales do Jequitinhonha, do Mucuri, do São Mateus e do Norte de Minas e em outras regiões com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média do Estado.

No caso da segunda subsidiária, o substitutivo nº 3 determina que ela atue em, no máximo, 250 municípios, respeitada a seguinte ordem de prioridade: municípios onde a Copasa não atue; e municípios onde a companhia não tenha implantado serviço de esgotamento sanitário. As tarifas praticadas pela subsidiária serão diferenciadas e inferiores às praticadas pela Copasa. O substitutivo nº 3 também estabelece que a Copasa somente poderá subconceder seus serviços para a subsidiária se houver lei autorizativa do município concedente. É vedada, ainda, a cessão de empregados das subsidiárias para a Copasa, apesar de ser permitida a cessão de empregados da Copasa para as subsidiárias, respeitados os direitos assegurados em lei e em acordos coletivos de trabalho.

Esse substitutivo prevê, também, a criação de uma subsidiária integral para atuar na exploração econômica dos recursos hidrominerais do Estado, inclusive dos parques das águas - assunto que acabou sendo tratado em outra proposição, o PL 3.378/06, apreciado no final do ano passado e transformado na Lei 16.693, de 2007.

Assembléia também apreciará veto a doação de imóvel

Outra matéria a ser apreciada em breve pela Assembléia é o Veto Total à Proposição de Lei 17.593 (ex-PL 1.886/04, do deputado Dimas Fabiano, do PP), que autoriza o Instituto Estadual de Florestas (IEF) a doar a Itajubá imóvel onde funciona o horto florestal daquela cidade. A mensagem que encaminha o veto deverá ser recebida em Plenário, na reunião ordinária desta terça-feira (6).

Nas razões para encaminhar o veto, o governador cita a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que informa ser o imóvel propriedade do Estado e estar sob a administração do IEF, razão que torna impossível a doação pela autarquia.

Segundo o artigo 222 do Regimento Interno, a Assembléia tem 30 dias para examinar o veto em votação secreta e turno único. Antes de ser apreciado pelo Plenário, o veto precisa receber parecer de uma comissão especial a ser criada especificamente para analisá-lo. Para derrubar um veto, são necessários 39 votos (maioria absoluta da ALMG). Os 30 dias de prazo são contados a partir da publicação da mensagem do governador no "Diário do Legislativo" - o que deve ocorrer até quinta-feira (8).

Na mesma reunião deverá ser lida outra mensagem do governador, submetendo à Assembléia a indicação de Agílio Monteiro Filho para o cargo de ouvidor-geral adjunto do Estado.

 

 

 

 

 

 

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