Para presidente Mauri Torres, diálogo é a marca desta legislatura

A busca do entendimento, com respeito à oposição na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, foi o ponto mais destacad...

20/12/2006 - 01:00
 

Para presidente Mauri Torres, diálogo é a marca desta legislatura

A busca do entendimento, com respeito à oposição na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, foi o ponto mais destacado pelo presidente Mauri Torres (PSDB) na avaliação dos trabalhos da Casa neste ano e na 15a Legislatura (2003-2006). Um exemplo desse diálogo, segundo o presidente, foi a retirada de alguns projetos da ordem do dia em função da falta de consenso sobre sua votação em Plenário. "A retirada desses projetos da pauta é uma demonstração de que sempre conduzimos a Casa com muita clareza e discussão. Sempre se respeitou a participação da minoria. Como não conseguimos consensar com a situação e a oposição, nós optamos por retirar os projetos da pauta, para que eles possam ser discutidos com a sociedade civil organizada na próxima legislatura", afirmou o presidente.

A retirada de quatro projetos da pauta foi decidida em reunião no dia 12. Foram adiadas para o ano que vem as discussões sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 75/04, do deputado Gil Pereira (PP), que amplia de 250 para 2.500 hectares o limite para acordos de legitimação de terra devoluta rural no Estado; o Projeto de Lei (PL) 3.669/06, que estabelece as diretrizes da política remuneratória dos servidores públicos; o Projeto de Lei Complementar (PLC) 59/05, do governador, que altera o artigo 80 da Lei Complementar 64, de 2002, que considera totalmente quitada a dívida do Tesouro para com o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg); e o PL 3.374/06, do governador, que autoriza a criação de subsidiárias da Copasa.

Outra questão que mostrou a capacidade de negociação dos deputados, segundo o presidente, foi o pequeno número de emendas destacadas na votação do Orçamento de 2007, apenas três. Como é necessária uma votação específica para cada emenda destacada, isso poderia retardar muito o fim dos trabalhos. "Conseguimos avançar com a oposição para evitar muitos destaques, que dificultariam a votação e não permitiriam que o aprovássemos como fizemos", afirmou Mauri Torres.

Pregão eletrônico e Conselho de Ética são marcas da legislatura

Entre as conquistas e projetos desta legislatura que o presidente espera serem preservados, ele destacou a implantação do Conselho de Ética e do pregão eletrônico, sendo que este último permitiu uma economia considerável nos gastos do Legislativo. Ele também destacou o bom funcionamento da Comissão de Participação Popular, responsável pelo exame de propostas populares de alteração no Orçamento e no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG). "O próprio deputado André Quintão (PT) fez referência às emendas populares feitas a nosso orçamento", afirmou o presidente.

Mauri Torres também afirmou que o índice baixo de renovação da Assembléia na última eleição, comparando-se com as anteriores, é um sinal que o povo reconheceu o trabalho realizado pelo Parlamento na última legislatura. Dos 61 deputados que disputaram a reeleição, 46 foram vitoriosos. Outros nove deputados estaduais foram eleitos para a Câmara dos Deputados, dos 13 que disputaram uma vaga naquela Casa. Também foram eleitos parentes de diversos deputados atuais. Se tudo isso for considerado, na avaliação do presidente, a renovação foi ainda menor que o divulgado normalmente.

Sobre a polêmica do reajuste salarial pretendido pelos deputados federais, o presidente da Assembléia defendeu que qualquer proposta nesse sentido passe pelo Plenário da Câmara dos Deputados. "O Congresso Nacional tem que ter uma interação com a sociedade para que evite desgaste, como ocorreu nesse momento, em uma votação que teria que ir ao Plenário e não foi. Naturalmente deveria ter ido e ser discutido amplamente, como sempre foi a conduta da Assembléia Legislativa", afirmou o parlamentar.

Sobre a concessão de aumento salarial aos deputados estaduais, o presidente esclareceu que a Constituição Federal e a Estadual asseguram ao deputado estadual o direito de receber 75% dos vencimentos pagos ao deputado federal. Caso algum deputado queira abrir mão desse direito, poderá requerer isso logo após sua posse. "Falamos sobre essa matéria com muita tranqüilidade porque não legislamos sobre salário dos deputados estaduais. Quem legisla sobre salário de deputado estadual, vereador, senador e deputado federal é o Congresso. Nós temos que cumprir a Constituição de 1988, que estabelece os parâmetros da remuneração de deputado estadual e vereador", afirmou Mauri Torres.

 

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