Comissão pede apoio para instalação do Juizado de Mulheres

Representantes de entidades que integram a comissão de representação do Fórum Técnico "Políticas públicas para as mul...

19/12/2006 - 01:00
 

Comissão pede apoio para instalação do Juizado de Mulheres

Representantes de entidades que integram a comissão de representação do Fórum Técnico "Políticas públicas para as mulheres", acompanhadas da deputada Jô Moraes (PCdoB), visitaram nesta terça-feira (19/12/06) o corregedor-geral de Justiça, desembargador José Francisco Bueno, em busca de apoio para a criação e instalação, em Minas, dos juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, previstos na Lei Federal 11.340, de 2006, a Lei Maria da Penha. O desembargador tranqüilizou a comissão, afirmando que, mesmo sem a vara privativa, a lei vem sendo cumprida no Estado. Ele também sinalizou que o juizado deverá ser criado em breve.

Tão logo a Lei Maria da Penha foi sancionada, em agosto passado, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) criou uma comissão especial para analisar a implementação dos juizados. A comissão, presidida pela desembargadora Jane Silva, apresentou uma proposta de resolução para definir a competência das varas já existentes, até a criação dos juizados. Na deliberação da corte superior do TJMG, porém, houve o pedido de vista do desembargador Almeida Melo. O corregedor esclareceu que, ao contrário do Legislativo, onde o pedido de vista pode indicar uma discordância em relação à proposição, no tribunal serve apenas para que o juiz tome conhecimento da matéria.

"A demora na solução não depende só do juiz que pediu vista. A Constituição Federal determina que o Judiciário não goze mais de férias coletivas. Com as férias individuais, nem sempre a corte está completa", justificou José Francisco Bueno. De qualquer forma, segundo ele, a própria Lei Maria da Penha define, no artigo 33, que, enquanto não forem estruturados os juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, as varas criminais acumularão essa competência. Em Belo Horizonte, a Vara de Inquéritos é a responsável pela análise dos casos. A vara tem três juízes e funciona no Fórum Lafayette.

Durante a visita, a deputada Jô Moraes entregou ao corregedor o documento final do fórum técnico, realizado pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais em agosto passado. Entre as propostas prioritárias votadas no evento, está a de instalação dos juizados especiais. Para Jô Moraes, o encontro foi positivo, pela boa receptividade do corregedor. "O objetivo era manifestar nossa preocupação com o assunto, pelo papel que o corregedor tem na corte, de ser o vigilante do cumprimento das leis. Ele compreendeu que, para nós, é importante tornar pública a resolução da corte sobre essa matéria", frisou.

Participaram da visita as representantes do Fórum de Mulheres da Grande BH, Jovita Levy; do Conselho Estadual de Mulheres, Maria de Nazareth Barreto de Carvalho; da Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres de Contagem, Gláucia Helena Souza da Silva; e da Coordenadoria dos Direitos da Mulher da Prefeitura de Belo Horizonte, Márcia de Cássia Gomes.

 

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