Projetos do Orçamento e PPAG estão prontos para
Plenário
Estão prontos para serem discutidos e votados em
turno único, pelo Plenário da Assembléia Legislativa de Minas
Gerais, os projetos de lei que tratam do Orçamento do Estado para
2007 e da revisão do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG).
Na manhã desta terça-feira (19/12/06), em reunião da Comissão de
Fiscalização Financeira e Orçamentária com integrantes das demais
comissões permanentes, os relatores, deputados Domingos Sávio (PSDB)
e Sebastião Helvécio (PDT), solicitaram a distribuição de cópias
(avulsos) de seus pareceres. No final da tarde, os pareceres
favoráveis foram votados.
A comissão aprovou, ainda pela manhã, parecer
favorável ao Projeto de Lei (PL) 3.734/06, do governador, que
autoriza a abertura de crédito suplementar de R$ 5.797.351,69 ao
Orçamento do Estado em favor do Tribunal de Contas. Agora a matéria
está pronta para ser discutida e votada pelo Plenário em turno
único. O relator, deputado Sebastião Helvécio, opinou pela aprovação
do projeto na forma proposta. Os recursos serão usados para cobrir
despesas de pessoal e encargos sociais, investimentos e outras
despesas. As fontes são a anulação de dotações orçamentárias e o
excesso de arrecadação.
Relator apresenta novas emendas à tarde; deputados
fazem balanço dos trabalhos
O PL 3.645/06, do governador, estima as receitas e
fixa as despesas do Orçamento Fiscal e do Orçamento de Investimento
das Empresas Controladas pelo Estado para o exercício de 2007. A
receita estimada e a despesa fixada é de R$ 30,553 bilhões, e a
receita tributária, de R$ 21,170 bilhões.
Durante a tramitação, foram apresentadas à matéria
905 emendas parlamentares, no valor total de R$ 1.278.404.388,51.
Desse montante, foram acatadas emendas no valor global de R$ 46,2
milhões, como tinha sido negociado com o Poder Executivo (R$ 600 mil
por deputado). Já o relator apresentou outras 84, totalizando 989
emendas apresentadas à proposição. Também como resultado da
negociação entre Assembléia e governo, as emendas acatadas da
Comissão de Participação Popular somaram o valor de R$ 4 milhões.
O relator, deputado Domingos Sávio, opinou pela
aprovação do projeto com 464 emendas; 503 emendas tiveram parecer
pela rejeição; e 22 emendas receberam parecer pela prejudicialidade,
já que o relator apresentou 22 subemendas a elas. À tarde, o relator
apresentou outras cinco emendas à proposição, acatando pedido da
deputada Maria Tereza Lara (PT) e propostas da Frente Parlamentar do
Esporte - liderada pelo deputado Ivair Nogueira (PMDB), que
participou da reunião e defendeu as sugestões, apoiado pelo deputado
João Leite (PSDB).
Quatro das cinco emendas destinam R$ 400 mil para
quatro novas ações, incluídas no projeto estruturador "Minas
esporte": "Campos verdes", destinada a gramar e arborizar os campos
de futebol do Estado; "Esporte na escola", com ênfase no xadrez;
"Sempre jovem" (com ênfase na terceira idade); e "Academia na
escola", a fim de possibilitar o acesso das crianças aos
equipamentos das academias. Essas emendas têm relação com
subemendas, apresentadas também à tarde, pelo relator do projeto do
PPAG (leia abaixo). A quinta emenda incorporada ao parecer
corrige o objeto de gasto da emenda nº 354, da deputada Maria Tereza
Lara (recursos destinados a creche).
Esforço conjunto - Ao
fazer um balanço da análise do Orçamento pela comissão, o
presidente, deputado Domingos Sávio, que também relatou o projeto,
destacou o esforço conjunto da base de governo, sociedade, oposição
e do Executivo para construir um documento "a várias mãos". A
negociação, disse ele, resultou na aprovação do parecer por
unanimidade. O relator citou, ainda, emendas acatadas que beneficiam
a área da cultura e a Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg),
e abrem a possibilidade de levar a extensão da educação superior ao
interior do Estado.
Ao comentar a destinação de recursos para a área da
saúde, a deputada Elisa Costa (PT) afirmou que não foi resolvida,
nesta legislatura, a polêmica sobre esse assunto. A destinação está
prevista na Emenda à Constituição Federal 29, de 2000. Na avaliação
da parlamentar, o Estado não teria destinado 14,18% das receitas dos
impostos previstos no texto constitucional (o mínimo é 12%), mas sim
7,6%. Para o bloco de oposição, a destinação de R$ 1,2 bilhão para a
companhia de saneamento (Copasa), a saúde e a previdência dos
servidores não deveria estar incluída nesse montante. O deputado
Sebastião Helvécio, no entanto, opinou que instâncias como os
conselhos Estadual e Nacional de Saúde não podem legislar sobre esse
assunto, que ainda precisa ser regulamentado pelo Congresso.
Conteúdo do parecer ao projeto do Orçamento
Ao apresentar seu parecer ao PL 3.645/06, o relator
informa que, tendo em vista as restrições de ordem constitucional e
legal para a apresentação de emendas parlamentares e a escassez de
recursos ordinários livres, foi feito um amplo acordo para se
estabelecerem as prioridades de cada deputado. As dotações
decorrentes de emendas parlamentares aprovadas serão identificadas
com a modalidade de aplicação "código 99", de utilização exclusiva
do Legislativo, e com o identificador de procedência e uso "código
8".
Recursos para a saúde -
Para o relator, as emendas nºs 868, 869, 870, 871 e 874, todas do
Bloco PT/PCdoB, que tiveram parecer pela rejeição, interpretam a
aplicação constitucional de recursos na saúde em desacordo com o que
prevê a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). O parecer lembra a
lacuna da legislação, já que ainda não foram regulamentados os
dispositivos referentes à aplicação de recursos nessa área, nos
termos da Emenda Federal 29, de 2000.
As emendas destinam recursos para o Fundo Estadual
de Saúde, com os objetivos de melhorias nos hospitais do SUS (nº
868); ampliação do programa Saúde em Casa (nº 869); ampliação do
programa Assistência Farmacêutica (nº 870); e ampliação do programa
de Atenção à Saúde (nº 871); além da determinação de suprimir, no
demonstrativo da aplicação de recursos nas ações e serviços públicos
de saúde, entre outras, as expressões Ipsemg, IPSM e Copasa (nº
874). A justificativa para as emendas, em linhas gerais, é recompor
o mínimo constitucional previsto para a saúde e retirar do texto as
destinações de recursos para saneamento básico e institutos de
previdência.
O relator critica ainda a Portaria 2.047, de 2002,
do Ministério da Saúde, e a Resolução 322, de 2003, do Conselho
Nacional de Saúde, que dariam, na sua opinião, uma interpretação
restritiva ao entendimento da expressão "ações e serviços públicos
de saúde", exorbitando o poder regulamentar, "uma vez que as normas
por elas veiculadas inovam a ordem jurídica com abstração, autonomia
e generalidade". Ele afirma que esse entendimento é compartilhado
por instrução do Tribunal de Contas que ampara a metodologia do
Executivo na demonstração do cumprimento da Constituição.
Emendas populares - O
relator cita também, no parecer, a audiência promovida pelas
comissões de Fiscalização Financeira e Orçamentária e de
Participação Popular para discutir, com a sociedade, a revisão do
PPAG. Como resultado desse processo participativo, o deputado acatou
as emendas nºs 205 a 219, 221, 222 a 225, todas da Comissão de
Participação Popular, e apresentou, para compatibilização com o
PPAG, as emendas nºs 906 a 913 e 986. O relator opinou, ainda, pela
rejeição da emenda nº 220, tendo em vista que o seu objetivo já está
atendido pela emenda nº 77, apresentada ao projeto de revisão do
PPAG, e a emenda nº 226, por indicar recursos vinculados como fonte
de dedução, em desacordo com a LDO.
As emendas nº 205 a 219 destinam recursos para,
respectivamente: o Mutirão pela Segurança Alimentar e Nutricional em
Minas (Prosan); qualificação de recursos humanos para gestão da
política de assistência social; apoio na implantação da política de
assistência social; manutenção das atividades do Conselho de
Segurança Alimentar (Consea); quilombolas; escolas família agrícola;
escritório de Direitos Humanos da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Social e Esportes (Sedese); Centro de Referência de
Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais; apoio à reforma
agrária; operacionalização das ações do Conselho Estadual de Defesa
dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência; saneamento básico
rural; gestão política da criança e adolescente, mediante apoio a
municípios, conselhos e cidades; e qualificação de recursos humanos
para gestão dessa política específica. Essas 15 emendas totalizam
recursos da ordem de R$ 3,45 milhões.
As emendas nºs 221, 222, 223, 224 e 225, também da
Participação Popular, destinam recursos para: combate ao abuso e
exploração sexual de crianças e adolescentes; proteção social
especial/famílias acolhedoras; atendimentos a adolescentes e jovens
egressos do cumprimento de medidas socioeducativas; proteção de
criança e adolescente ameaçados de morte; e capacitação de
profissionais para educação infantil. Elas totalizam R$ 550 mil.
Para compatibilizar as emendas apresentadas por
parlamentares ao PPAG, o relator acatou também as emendas nºs 737,
738, 740, 742, 769 e 770; rejeitou as emendas nºs 736, 739, 741 e
743 a 758, e apresentou as emendas nºs 953 a 965 e 986 e a subemenda
nº 1 à emenda nº 147.
Crédito suplementar - A
emenda nº 31, do deputado Antônio Andrade (PMDB), acatada, permite
que a Assembléia abra créditos suplementares ao seu orçamento até o
limite de 10% das despesas fixadas, desde que utilize como fonte a
anulação parcial ou total de suas próprias dotações. O dispositivo
tem fundamento na Constituição, que prevê como competência privativa
da ALMG a aprovação, em sentido amplo, de crédito suplementar ao
orçamento de sua secretaria. A emenda n° 30, do mesmo deputado,
também acatada, limita ao Executivo a autorização antecipada para a
abertura de créditos suplementares no percentual de 10% das despesas
fixadas.
As emendas nºs 872, 873 e 875, todas do Bloco
PT/PCdoB, pretendem autorizar a abertura de créditos suplementares
ao Orçamento até o limite de 5% da despesa fixada (nº 872);
autorizar a abertura de créditos suplementares a cada dotação do
Orçamento de Investimento das Empresas Controladas até 15% do
respectivo valor (nº 873); e excetuar as dotações do programa
"Divulgação Governamental" da autorização concedida no artigo 7º da
proposta (nº 875). Esse artigo autoriza a abertura de crédito
suplementar ao Orçamento até o limite de 10% da despesa fixada. A
primeira ficou prejudicada com a aprovação da emenda nº 30 e as
outras duas têm parecer pela rejeição. O relator entende que o
efeito da aprovação das propostas seria rigidez excessiva na
execução orçamentária.
Números sobre o projeto do Orçamento
O PL 3.645/06 estima a receita em R$
30.553.704.363,00 e fixa a despesa em igual montante. Conforme a Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF), a programação deverá ser
compatível com a meta de superávit primário, estimada em R$ 1,69
bilhão. A análise das receitas aponta que R$ 15,96 bilhões são
recursos livres, correspondendo a apenas 52,24% dos recursos totais.
A receita tributária tem como principal componente
o ICMS (83,90% do total), cuja previsão foi baseada na estimativa de
arrecadação para 2006, acrescida das variações anuais previstas da
taxa de inflação com base no IPCA (4,50%) e do crescimento do PIB
(4,75%). O relator pondera, no entanto, que o crescimento do PIB
projetado para 2007 tem sido de 3,5%, o que acaba por configurar
risco orçamentário. "O risco orçamentário, dado o nível de
comprometimento com o superávit primário legalmente fixado, tem o
seu ajuste direcionado para o contingenciamento de despesas, em
particular de investimentos", alerta.
As transferências federais, incluindo a
transferência de recursos do Fundo de Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) e de outros
convênios, contribuem com 18,73% da receita total. As receitas de
capital somam R$ 1,39 bilhão e representam 4,55% do total da receita
prevista para 2007. As operações de crédito e as transferências de
convênios são seus principais componentes, respondendo por 68,44% do
total estimado.
Pessoal - Quanto às
despesas, o parecer informa que os gastos totais com pessoal e
encargos somam R$ 12,99 bilhões (38,11% representam pessoal
inativo). As despesas totais com pessoal estão enquadradas no limite
da LRF, representando o índice de 53,14% da Receita Corrente Líquida
(RCL) para 2007. Entre as despesas correntes, destacam-se também
juros e encargos da dívida (R$ 2,04 bilhões), transferências
constitucionais aos municípios (R$ 5,45 bilhões) e a rubrica "outras
despesas correntes", de R$ 5,60 bilhões, destinada basicamente ao
custeio operacional da administração pública estadual.
As despesas incomprimíveis (que não podem ser
reduzidas em decorrência de repartições ou vinculações
constitucionais) somam R$ 20,99 bilhões (68,71%), excluídas as de
custeio e de capital relativas às vinculações para saúde, educação e
pesquisa. "Apesar de inferior ao percentual apresentado na peça
orçamentária para o exercício corrente, esse número demonstra o
excessivo engessamento do orçamento e as conseqüentes dificuldades
para a eliminação de possíveis déficits nominais no decorrer da
execução orçamentária de 2007, bem como para a alocação de recursos
para novas ações", analisa o relator.
Quanto às despesas de capital, o item de maior
relevância são os investimentos gerais, de R$ 2,73 bilhões, valor
superior em 21,33% à previsão orçamentária para o exercício
anterior. Esse fato revela uma recuperação na capacidade de
investimento do Estado, fruto da melhoria na gestão fiscal, segundo
o relator. Os outros componentes da despesa de capital são as
inversões financeiras (R$ 909,78 milhões), sendo 85,83% desse total
reservados para os fundos. A amortização da dívida está fixada em R$
508,39 milhões, sendo 75% relativos à dívida contratada interna. As
despesas previstas na rubrica "reserva de contingência" são de R$
323,38 milhões (1,42% da RCL, conforme a LDO). Já os recursos para
investimento das empresas controladas pelo Estado são de R$ 4,74
bilhões.
Conteúdo do parecer sobre o projeto do PPAG
O PL 3.644/06, do governador, que dispõe sobre a
terceira revisão participativa do PPAG 2004/07, recebeu 91 emendas
durante a tramitação e outras 12, apresentadas pelo relator,
totalizando 103 emendas. Dessas, 45 receberam parecer pela
aprovação, incluindo 18 subemendas apresentadas pelo relator, 51
receberam parecer pela rejeição e 25 ficaram prejudicadas. À tarde,
o relator, deputado Sebastião Helvécio, apresentou subemendas nºs 1
às emendas nºs 17 a 20, destinando recursos para a área do esporte,
acatando propostas apresentadas pela Frente Parlamentar do Esporte,
também formuladas ao projeto do Orçamento.
O relator explica, no parecer, que a terceira
revisão anual do plano dá continuidade a uma nova concepção do
planejamento das ações governamentais, transformando o PPAG em uma
peça dinâmica e atual, que incorpore os aprimoramentos resultantes
das avaliações dos programas e ações governamentais relativos aos
exercícios de 2004 e 2005. Com a duração de quatro anos, é o PPAG
que traz os programas estruturadores (prioritários) e que dá
visibilidade às políticas que o governo se compromete a implantar,
estabelecendo metas e estratégias gerenciais e de captação de
recursos. Como já se passaram os três anos iniciais, a revisão
relativa a 2007 analisa, basicamente, as propostas orçamentárias
para o ano que vem, que também estão presentes no Orçamento. Até por
esse motivo, os dois projetos estão tramitando simultaneamente.
Vale lembrar que o processo de revisão é pautado
pela participação da sociedade, conforme determina a própria lei que
instituiu o PPAG. Segundo informações da Consultoria Temática da
Assembléia, das 77 propostas apresentadas na audiência pública de
revisão do plano, promovida pelas comissões de Fiscalização
Financeira e Orçamentária e de Participação Popular em novembro, a
Comissão de Participação Popular rejeitou oito, aprovou 39 sob a
forma de requerimentos e outras 30 propostas sob a forma de emendas
tanto ao projeto do PPAG quanto ao projeto do Orçamento. Essas 30
propostas transformaram-se em 47 emendas, sendo 19 ao projeto do
PPAG e 28 ao projeto do Orçamento. As 19 emendas foram acatadas e,
das outras 28, apenas duas não foram incorporadas ao Orçamento, sob
a justificativa de deverem constar apenas do plano plurianual.
Ao mencionar a audiência de revisão, o relator
informa ter acatado as idéias contidas nas emendas n°s 62, 63, 65,
67, 69, 70, 71, 75, 76 e 77, por meio da apresentação de subemendas
que visam à correção de detalhes técnicos. As subemendas
apresentadas a essas emendas tratam, entre outros, dos seguintes
assuntos: acréscimo da ação nova "Quilombolas de Minas Gerais:
Resgatando raízes" ao programa "Promoção dos direitos humanos";
acréscimo ao programa "Promoção dos direitos humanos" da ação nova
"Escritório de direitos humanos"; destinação de recursos para a
retomada da ação "Água na escola", excluída pelo Executivo na
proposta orçamentária para 2007; capacitação de profissionais para
educação infantil; acréscimo da ação nova "Mutirão pela segurança
alimentar nutricional em Minas Gerais (Prosan) no programa "Minas
sem fome", com o objetivo de apoiar associações de base comunitária
e instituições da sociedade civil sem fins lucrativos, mediante
repasse de recursos para implementar ações e projetos de combate à
fome e à desnutrição.
Também foram acatadas as emendas nºs 61, 64, 66,
68, 72, 73, 74, 79 e 78, como resultado da audiência pública de
revisão, totalizando 19 emendas populares acatadas pelo relator do
PPAG.
Ao discutir o projeto do PPAG, a deputada Elisa
Costa destacou que, apesar de conter ainda alguns pontos polêmicos,
a análise da proposição registra aspectos positivos, como o
acatamento das 19 emendas populares, que destinam recursos para a
assistência social, a segurança alimentar, direitos humanos, criança
e adolescente.
Números gerais - A revisão
do PPAG prevê a aplicação total de R$ 4,43 bilhões, em 2007, na
execução dos 35 programas estruturadores do governo, considerados
prioritários e não sujeitos a contingenciamento. O parecer ressalta
que, ao longo da vigência do PPAG 2004/2007, a participação relativa
das despesas de capital com recursos ordinários apresentou
significativo crescimento. A proporção dos investimentos em relação
ao total da despesa prevista subiu de 4,70%, em 2004, para 8,32%, em
2007. "Esse fato demonstra a recuperação da capacidade de
investimento do Estado, resultante do crescimento contínuo da
arrecadação tributária a partir de 2003, em termos reais, e da
otimização na alocação dos recursos", atesta.
Razões do relator - Entre
outras justificativas para rejeitar emendas, o relator alega que o
número de ações dos projetos estruturadores deve ser limitado, a fim
de não diluir a atenção gerencial requerida para sua implantação; e
que, em algumas emendas, a alteração na finalidade da ação
pretendida diverge do objetivo do programa ao qual pertence. Ele
também apresenta como causas para rejeitar emendas: as "inevitáveis
restrições orçamentárias"; o fato de criarem ação sem a indicação de
cancelamentos compensatórios; e o fato de alterarem metas físicas
sem a correspondente adequação dos recursos.
Presenças - Participaram
da reunião os deputados Domingos Sávio (PSDB), presidente; Jayro
Lessa (PFL), vice; Dilzon Melo (PTB), Elisa Costa (PT), José
Henrique (PMDB), Luiz Humberto Carneiro (PSDB), Sebastião Helvécio
(PDT) e Zé Maia (PSDB). Também participaram da reunião da tarde os
deputados Célio Moreira (PSDB), Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), Ivair
Nogueira (PMDB), Gustavo Valadares (PDT) e João Leite (PSDB). Desta
última reunião, não participaram Jayro Lessa, Luiz Humberto Carneiro
e Zé Maia.
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