Adiada votação de parecer sobre Estatuto dos Militares

O Projeto de Lei Complementar (PLC) 86/2006, que trata do Estatuto dos Militares do Estado, foi retirado da pauta da ...

28/11/2006 - 01:05
 

Adiada votação de parecer sobre Estatuto dos Militares

O Projeto de Lei Complementar (PLC) 86/2006, que trata do Estatuto dos Militares do Estado, foi retirado da pauta da reunião desta terça-feira (28/11/06), da Comissão de Administração Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O pedido de retirada, feito pelo deputado Luiz Humberto Carneiro (PSDB), ocorreu em função de polêmica a respeito de emenda apresentada pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT), sobre a qual ainda não há acordo com o Executivo. O PLC estava na pauta da comissão, para análise do parecer de 1o turno.

A emenda de autoria do deputado pedetista prevê que os servidores militares que foram excluídos da Polícia Militar em conseqüência do movimento reivindicatório ocorrido em 1997, e que depois foram integrados ao Corpo de Bombeiros Militares do Estado de Minas Gerais, possam contar esse período de exclusão para efeito de cálculo de benefícios e aposentadoria. A polêmica se deu em função da autoria da emenda, já que toda proposição que gera despesa para o Estado deve ser de autoria do Executivo.

Itens - Entre as principais modificações propostas pelo PLC 86/06 estão a ampliação dos requisitos para ingresso nas corporações; redefinição da nomenclatura e forma de ascensão nos quadros da carreira; definição do tempo para fins de estabilidade do servidor militar; fixação das turmas de oficiais e praças e do ano-base para fins do cômputo do tempo e percentuais para fins de promoção por merecimento e antigüidade; reestruturação do elenco dos requisitos necessários para a promoção previstos no artigo 186; inclusão do instituto da "reabilitação" para que o militar possa concorrer à promoção, em face de sua submissão a Processo Administrativo Disciplinar; reestruturação da lista de impedimentos legais para promoção previsto no artigo 203; e modificação do período mínimo que o militar deverá permanecer no posto ou graduação.

O texto também prevê condições especiais para que militares dispensados por problemas de saúde em virtude de acidente de serviço ou decorrente deste, ou de moléstia profissional, devidamente amparados em atestado de origem, possam realizar treinamentos ou cursos com o fim de progressão na carreira. Outras medidas de destaque são o direito de os 2º sargentos freqüentarem o Curso de Habilitação de Oficiais; manutenção da promoção por tempo de serviço do soldado e do cabo que contarem com no mínimo dez anos de efetivo exercício na mesma graduação; inclusão da possibilidade de adoção de medidas administrativo-disciplinares na hipótese de deserção; modificação da composição da Comissão de Promoção de Oficiais; estabelecimento de regras de transição com o objetivo de assegurar a regularidade de acesso dos atuais militares à promoção por merecimento e antigüidade.

Para o deputado Sargento Rodrigues, a alteração das regras de promoção é um dos pontos mais importantes do projeto, uma vez que o texto especifica os tempos mínimo e máximo para permanência em cada graduação ou posto. "Um exemplo é que hoje um terceiro sargento leva de dez a 13 anos para ser promovido a segundo sargento. Esse tempo vai ser reduzido para entre cinco e sete anos", afirmou o parlamentar.

Na reunião desta terça-feira foi aprovado requerimento para que seja encaminhado voto de congratulações ao procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, por sua reeleição para o cargo.

Presenças - Deputados Fahim Sawan (PSDB), presidente; Antônio Júlio (PMDB), Ricardo Duarte (PT), Sargento Rodrigues (PDT), Luiz Humberto Carneiro (PSDB), Dilzon Melo (PTB) e Célio Moreira (PSDB).

 

 

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