Governo pede delegação para reforma administrativa

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais recebeu nesta quarta-feira (22/11/06) mensagem do governador Aécio Neves com...

22/11/2006 - 01:03
 

Governo pede delegação para reforma administrativa

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais recebeu nesta quarta-feira (22/11/06) mensagem do governador Aécio Neves com pedido de delegação para legislar sobre diversos pontos relativos à organização administrativa do Estado e de cargos comissionados das administrações direta e indireta. O pedido enviado para aprovação dos deputados estaduais estabelece que a delegação valerá para o período de 1º a 31 de janeiro. O secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Antonio Augusto Anastasia, salientou que as medidas planejadas visam aprofundar o choque de gestão, mas não afetarão os cargos efetivos ou servidores de carreira do Estado. O presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), afirmou em entrevista à imprensa que o pedido poderá será examinado em regime de urgência.

O pedido de autorização, segundo o deputado Mauri Torres, será lido em Plenário e em seguida encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que deverá transformá-la em Projeto de Resolução. Após aprovada na comissão e discutida no Plenário, a delegação ao chefe do Executivo será votada. "Naturalmente, a proposta pode ser tratada como regime de urgência. Nós temos poucos dias para encerrar o ano legislativo, que é até 20 de dezembro. Temos outras matérias em pauta, mas naturalmente, com o regime de urgência, os prazos são reduzidos, e isso facilitaria a tramitação mais rápida", afirmou o presidente da Assembléia.

A delegação solicitada pelo governador inclui autorização para criar, incorporar, transferir, extinguir e alterar órgãos públicos, inclusive autônomos, ou unidades da administração direta, bem como modificar a estrutura orgânica das entidades da administração indireta, definindo suas atribuições, objetivos e denominações; criar, transformar e extinguir cargos de provimento em comissão e funções de confiança dos órgãos e entidades do Poder Executivo, bem como gratificações e parcelas remuneratórias a estes inerentes; alterar-lhes as denominações, atribuições, requisitos para ocupação, forma de recrutamento, sistemática de remuneração, jornada de trabalho e distribuição; proceder à realocação de atividades e programas no âmbito do Poder Executivo e ao remanejamento de dotações orçamentárias em decorrência da aplicação no disposto nos itens anteriores; e alterar as vinculações das entidades da administração indireta.

Em entrevista à imprensa, no entanto, o secretário de Planejamento e Gestão, Antonio Augusto Anastasia, afirmou que o governo não pretende extinguir qualquer entidade. A mensagem do governo não delega poderes para o governo modificar a estrutura dos planos de carreira dos servidores. O secretário de Planejamento disse em entrevista que o novo conjunto de medidas busca construir as bases administrativas necessárias para a implantação da segunda geração do choque de gestão, como ficou conhecida a reforma administrativa realizada pelo governo Aécio Neves em janeiro de 2003. "Surge o momento de se consolidar esse projeto e de se adensar seus resultados em benefício da sociedade mineira. O pilar fundamental da segunda geração do choque de gestão será o aprofundamento de uma perseguição insistente de um estado de resultados, com grande preocupação com a qualidade do gasto, amparado no binômio: qualidade fiscal e gestão eficiente. Mais e mais, os efeitos do choque de gestão deverão ser percebidos, permitindo a melhoria efetiva e mensurável da vida dos mineiros", diz trecho da proposta recebida pelo Legislativo.

Segundo informações do Executivo, existem atualmente 3.859 cargos em comissão na administração direta. Na administração indireta são 3.411. O Estado conta ainda com 9.667 cargos comissionados vinculados a carreiras específicas, basicamente magistério, diretores e vice-diretores das escolas estaduais. São mais de 4 mil escolas.

 

 

 

 

 

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