Orçamento da União 2007 prevê receita de R$ 1,56 trilhão

Com o objetivo de discutir a proposta orçamentária federal para 2007, entidades da sociedade civil e cidadãos partici...

07/11/2006 - 01:00
 

Orçamento da União 2007 prevê receita de R$ 1,56 trilhão

Com o objetivo de discutir a proposta orçamentária federal para 2007, entidades da sociedade civil e cidadãos participaram, nesta terça-feira (7/11/06), do seminário organizado pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, realizado no Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O presidente da comissão, deputado federal Gilmar Machado (PT/MG), destacou que, através dos seminários, a população está tendo a oportunidade de conhecer e debater o Orçamento e ajudar em decisões que terão grande impacto na sociedade no próximo ano, como o valor do salário mínimo.

O Orçamento da União de 2007 prevê uma receita de mais de R$ 1,56 trilhão, sendo que desse valor R$ 546,88 bilhões serão destinados para o orçamento fiscal, R$ 308,91 bilhões para a seguridade social, R$ 49,39 bilhões para investimentos das empresas estatais e R$ 655,75 bilhões para o refinanciamento da dívida pública federal. Para a Região Sudeste, está prevista uma receita de R$ 12,55 bilhões, sendo R$ 2,7 bilhões para custeio e R$ 10,38 bilhões para investimentos.

Na abertura do evento, o deputado Rogério Correia (PT), representando o presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), destacou a importância da iniciativa do Congresso em realizar os seminários para debater a proposta pelo País. "A participação popular é um instrumento fundamental para garantir a elaboração de um orçamento mais democrático", afirmou. O planejamento da Comissão Mista de Orçamento do Congresso prevê a realização de cinco seminários, um em cada região do País.

O deputado federal Gilmar Machado lembrou que os valores previstos no Orçamento são originários dos impostos, sendo, portanto, necessário que toda a população participe do debate sobre o melhor destino para os recursos. Entretanto, o deputado lembrou que não basta apresentar sugestões para a proposta orçamentária, sendo importante também acompanhar a sua execução no ano seguinte, o que pode ser feito através do site do Congresso.

Gilmar Machado também afirmou que o Orçamento serve para diminuir as diferenças regionais existentes no Brasil. "É importante que as regiões mais pobres recebam uma maior quantidade de recursos, sendo o caso, em Minas Gerais, da região Norte e do Vale do Jequitinhonha", destacou.

Despesas obrigatórias limitam utilização dos recursos

Já o relator-geral do Projeto do Orçamento Federal, senador Valdir Raupp (PMDB/RO), lembrou que apesar do valor elevado do Orçamento de 2007, 39% dos recursos já estão comprometidos com despesas primárias obrigatórias, como gastos com pessoal e custeio. Entretanto, o senador destacou que, apesar da limitada liberdade para remanejamento dos recursos, é possível participar das decisões políticas de alocação de parte dos recursos públicos. "Através da realização de discussões com a sociedade, o Legislativo, representando formalmente o povo, deve opinar, modificando as propostas apresentadas pelo Poder Executivo", afirmou.

O senador citou como exemplo da importância da participação popular na discussão da proposta orçamentária as modificações que acontecerem no Orçamento de 2006. Segundo ele, no caso das despesas de custeio, em 2006, a proposta do Executivo era de R$ 15,2 bilhões e o Congresso elevou o valor para R$ 16,1 bilhões. Para o senador Valdir Raupp, no Orçamento de 2007, é possível, por exemplo, no caso dos investimentos, aumentar o valor previsto de R$ 16,16 bilhões para pelo menos R$ 19,7 bilhões.

Presenças - Além das autoridades já citadas, compuseram a mesa a deputada federal Maria do Carmo Lara (PT/MG), o deputado federal Leonardo Monteiro (PT/MG) e o secretário de Estado adjunto de Planejamento e Gestão, Tadeu Barreto Guimarães.

 

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