Comissão Especial discute impacto de produtos chineses no setor
óptico
Em sua segunda audiência pública, a Comissão
Especial Contra a Invasão de Produtos Chineses da Assembléia
Legislativa de Minas Gerais, ouvirá, nesta terça-feira (24/10/06), o
setor óptico e o de produtos refratários. A reunião foi solicitada a
requerimento dos deputados Dalmo Ribeiro Silva (PSDB) e Paulo Cesar
(PDT), presidente e relator da comissão, respectivamente. A
audiência será às 10 horas, no Plenarinho IV.
Empresas de consultoria de mercado internacional
indicam como os setores mais prejudicados com a entrada dos produtos
chineses as indústrias têxteis, de calçados, brinquedos e setor
óptico. A primeira já foi tema de audiência realizada no dia 17 de
outubro. Sobre o setor óptico, a concorrência também é acirrada, já
que os produtos chineses custam 90% mais barato, segundo análises de
especialistas, produção baseada, sobretudo, em falsificações de
grifes internacionais. Produtos piratas estão abocanhando metade do
mercado de R$ 900 milhões que o setor fatura por ano. Das 153
fábricas de óculos, lentes e armações que o Brasil tinha há 15 anos,
restam somente 35.
Na audiência realizada para discutir o setor
têxtil, os participantes pediram acordos bilaterais, formação de uma
frente multipartidária para pressionar o governo federal e o uso dos
créditos de ICMS, para ajudar os segmentos mais prejudicados.
Foram convidados para a audiência da próxima
terça-feira (24): o presidente da Indústria de Refratários de Minas
Gerais, Renato Travassos Martins da Silva; o presidente do Sindicato
do Comércio Óptico de Minas Gerais, Paulo Cançado Gonçalves; e o
presidente do Conselho Regional de Óptica e Optometria de Minas
Gerais, Édmo de Oliveira Santos.
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