ALMG estimula servidores a abandonar o
cigarro
A Assembléia Legislativa de Minas Gerais está
realizando uma campanha interna para ajudar os servidores que querem
parar de fumar. Nesta terça-feira (29/8/06), quando é comemorado o
Dia Nacional de Combate ao Tabagismo, foi realizada uma palestra com
o médico pneumologista Renato Gonçalves, no Teatro da ALMG. Além de
alertar os participantes sobre os perigos do tabagismo, o médico
explicou o funcionamento do programa de apoio que será oferecido aos
servidores que queiram abandonar o vício.
O programa, que inclui acompanhamento médico e
psicológico, é desenvolvido pela empresa que presta assistência
complementar à saúde no Legislativo, a Unimed-BH, sem custo
adicional para a Assembléia, e tem duração de 12 meses. A palestra
motivacional faz parte da primeira fase da campanha, que também
inclui uma consulta individual com o pneumologista. O médico avalia
o grau de dependência do fumante e define qual o tipo de terapia
mais indicada. A partir das consultas, serão montados grupos de 15
pessoas cada, que serão acompanhados por uma equipe de
profissionais, entre médicos, psicólogos e terapeutas. Apenas na
manhã desta terça-feira, 52 servidores marcaram suas consultas para
iniciar o tratamento.
Fumaça pode ser considerada doença
ocupacional
Em sua palestra, o pneumologista Renato Gonçalves,
que é médico da Santa Casa de Belo Horizonte, enfatizou os males
causados pelo tabagismo, para quem fuma e para quem convive com a
fumaça, em casa ou no ambiente de trabalho. Segundo ele, a fumaça já
pode ser vista como "doença ocupacional", causa de inúmeros males.
Ele citou o exemplo de garçons que trabalham em bares, vítimas de
câncer de pulmão e problemas nas vias respiratórias, em número maior
que o dos próprios fumantes.
Na opinião do médico, parar de fumar não pode ser
um ato isolado na vida da pessoa. "A sensação de perda é muito
grande. O fumante deve encarar esse momento como uma oportunidade de
fazer um balanço e mudar seus hábitos e estilo de vida", afirmou. A
mudança completa no estilo de vida, segundo ele, é que vai facilitar
o abandono completo do vício. Ainda de acordo com o pneumologista, a
dependência física da nicotina (substância responsável pelo vício)
tende a desaparecer dentro de quatro semanas. A dependência
psicológica, no entanto, pode durar bem mais que isso. Daí a
necessidade de acompanhamento por uma equipe de profissionais que
vão ajudar o ex-fumante a nunca mais voltar ao vício.
|