ALMG vai encaminhar pedido de criação de juizados para mulheres

A comissão de representação do Fórum Técnico "Políticas públicas para as mulheres", que a Assembléia Legislativa de M...

28/08/2006 - 00:01
 

ALMG vai encaminhar pedido de criação de juizados para mulheres

A comissão de representação do Fórum Técnico "Políticas públicas para as mulheres", que a Assembléia Legislativa de Minas Gerais realizou nos dias 10 e 11 de agosto, reuniu-se nesta segunda-feira (28/8/06) com o objetivo de avaliar e encaminhar as propostas aprovadas no evento. A comissão, composta por representantes de algumas das entidades participantes, finalizou o ofício a ser encaminhada pela Assembléia ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), solicitando a criação, nas comarcas mineiras, dos juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. A reunião foi dirigida pela deputada Jô Moraes (PCdoB).

A criação dos juizados foi uma das principais propostas aprovadas no fórum e cumpre exigência da Lei 11.340, de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), que cria mecanismos para coibir a violência contra a mulher. Os juizados têm como prerrogativa viabilizar as ações, processos cíveis e criminais das mulheres em situação de violência doméstica. O ofício deve ser encaminhado ao TJMG no início de setembro.

Já em outubro, o documento com todas as propostas aprovadas será entregue à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, em solenidade no Salão Nobre em data a ser marcada. Os debates nos grupos temáticos e na plenária final incluíram a discussão do enfrentamento da violência contra as mulheres, da autonomia e igualdade no mundo do trabalho, dos direitos da mulher à terra e à moradia, da saúde da mulher e da educação inclusiva e não sexista.

Entre as propostas presentes no documento, além da instalação de varas especializadas para o atendimento das mulheres, está a criação do órgão estadual especializado em políticas públicas para mulheres, com status de secretaria. Outras propostas apresentadas foram: a formação de banco de dados unificado sobre a violência contra as mulheres; a implantação de Defensorias Públicas nas comarcas onde ainda não existam ou estejam desativadas; estruturação e criação de postos regionais de saúde do trabalhador; garantia de acesso das trabalhadoras rurais aos programas da agricultura familiar; alteração da Lei 11.830, de 1995, destinando 1% do ICMS para investimento em habitação urbana e rural; formação de um grupo permanente de monitoramento das demandas por terras no campo e na cidade; implantação de atendimento psicossocial às vítimas de violência doméstica e sexual em toda a rede pública; ampliação do fornecimento de medicamentos às pessoas de terceira idade e aos portadores de necessidades especiais; melhoria salarial e das condições de trabalho das professoras; e ampliação da rede de creches e pré-escolas públicas.

 

 

 

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