Maçonaria e Dia Internacional do Maçom são homenageados

A maçonaria e o Dia Internacional do Maçom, comemorado em 20 de agosto, foram homenageados pela Assembléia Legislativ...

22/08/2006 - 00:00
 

Maçonaria e Dia Internacional do Maçom são homenageados

A maçonaria e o Dia Internacional do Maçom, comemorado em 20 de agosto, foram homenageados pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais na segunda-feira (21/8/06), em Reunião Especial no Plenário. O requerimento que deu origem à homenagem foi apresentado pelos deputados Domingos Sávio (PSDB), Sargento Rodrigues (PDT) e Paulo Piau (PPS), que presidiu a reunião e representou o presidente da ALMG, deputado Mauri Torres (PSDB). Durante a solenidade, os representantes da maçonaria receberam placas alusivas à homenagem e foi lida a Carta à Nação da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, constituída pelas 27 grandes lojas maçônicas do País.

A carta foi assinada por 27 dos grãos-mestres presentes à 35ª Assembléia Geral da Maçonaria, realizada de 7 a 12 de julho de 2006 em Foz do Iguaçu (PR). A confederação se declara preocupada com o estado de "perplexidade e confusão da sociedade brasileira diante de uma seqüência interminável de escândalos que envolvem a dilapidação do patrimônio público", e conclama os brasileiros a uma "jornada cívica de saneamento da vida pública e retomada do verdadeiro sentido de cidadania, com absoluto respeito à coisa pública, às leis e aos mais altos interesses do Brasil".

O deputado Domingos Sávio (PSDB) ressaltou que a homenagem é uma oportunidade de mostrar a atuação da maçonaria e sua responsabilidade para com a humanidade. "Ao reconhecermos, de forma clara, pública e transparente, a importância e o valor da maçonaria, pretendemos, mais do que prestar-lhe uma homenagem, conclamá-la ao seu papel histórico e presente na construção de um futuro melhor", destacou. Ele lembrou que o objetivo fundamental da instituição é assegurar a liberdade, a fraternidade e a igualdade entre os povos, falou do papel da maçonaria ao longo da história, desde a Idade Média, e observou que as ações são norteadas por Jesus Cristo. Contradisse, ainda, os que classificam a maçonaria como organização secreta, com ar de desconfiança ou apreensão, afirmando que é, sim, uma organização discreta.

Pela maçonaria falaram o grão-mestre adjunto do Grande Oriente de Minas Gerais, Hédison Damasceno, representando o grão-mestre, Mílton Ferreira Lopes; o grão-mestre do Grande Oriente do Estado de Minas Gerais, João Lemos Salgado; e o grão-mestre da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, Antônio José dos Santos. Hédison Damasceno agradeceu a homenagem e esclareceu que a maçonaria não é órgão de nenhum agrupamento político, religioso ou social e se dedica ao estudo e solução de todos os problemas humanos que atormentam o homem, disseminando as idéias de paz, justiça e fraternidade, sem distinção de raça, credo ou nacionalidade.

Instituição participou de transformações históricas

Ele lembrou que as grandes transformações sociais do mundo, desde o século XVII, contaram com a participação da maçonaria, assim como os principais fatos da história do Brasil. Segundo ele, o primeiro ministério, após a proclamação da República, foi todo composto de maçons, assim como os presidentes, de Marechal Deodoro da Fonseca a Washington Luiz.

Damasceno também lembrou a crise política atual, afirmando que a corrupção nasce das fragilidades institucionais e da ineficiência da gestão administrativa do País nos três Poderes e nas três esferas: federal, estadual e municipal, pela ausência de uma série de medidas legislativas, necessárias à implantação de programas de modernização administrativa da máquina pública e social. Segundo ele, a posição do Grande Oriente de Minas Gerais é despertar nos cidadãos o valor da ética social e conclamar a todos para que seja preservado o sistema de moralidade da Ordem Maçônica.

O grão-mestre do Grande Oriente do Estado de Minas Gerais, João Lemos Salgado, e o grão-mestre da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, Antônio José dos Santos, agradeceram a homenagem. Salgado criticou a campanha pelo voto nulo e conclamou os maçons para que se engajem em uma "real e verdadeira campanha cívica, no sentido de levar às suas comunidades a mensagem de que o seu voto só terá valor social e democrático se for válido". Santos defendeu a evolução da maçonaria, para que seja mais atuante e "possa abrir-se para o mundo, sem esquecer, contudo, de suas tradições".

Presenças - Compuseram a mesa de trabalhos o deputado Paulo Piau (PPS), que representou o presidente da ALMG, deputado Mauri Torres (PSDB); os deputados Domingos Sávio (PSDB) e Sargento Rodrigues (PDT); o 1º vigilante da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, Janir Adir Moreira; o grão-mestre do Grande Oriente do Estado de Minas Gerais, João Lemos Salgado; e o grão-mestre Adjunto do Grande Oriente de Minas Gerais, Hédison Damasceno, entre outros.

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715