Comissão dos Resíduos Sólidos visita aterro de
Lavras
O relatório que está sendo elaborado pela Comissão
Especial dos Resíduos Sólidos da Assembléia Legislativa servirá de
base para o desenvolvimento da política de controle de lixo do
governo do Estado. Além de erradicar lixões de 500 cidades mineiras
em seis anos, a meta é fazer com que, até 2007, pelo menos 70% da
população urbana de Minas dê destino adequado a seus dejetos. Nesta
terça-feira (18/7/06), os deputados Célio Moreira (relator) e Irani
Barbosa (presidente), ambos do PSDB, visitaram o aterro da cidade de
Lavras, acompanhados do presidente da Feam, Ilmar Bastos; e do
professor do Cefet, Santelmo Xavier Filho.
Embora haja observância a certas regras ambientais,
o atual aterro do município, que recebe 40 toneladas de lixo por
dia, não conta com controle adequado do chorume e drenagem de gases.
"Apesar de ser bem melhor que um lixão, os chamados aterros
controlados, como o de Lavras, costumam sofrer com este tipo de
problema. O ideal é o aterro sanitário. Este, sim, cumpre todas as
exigências ambientais", explicou o professor Santelmo Xavier.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Lavras, já
está tudo pronto para a construção do aterro sanitário da cidade. A
Prefeitura está à espera da liberação do dinheiro da Caixa Econômica
Federal. Com a verba, em no máximo 12 meses, o aterro pode estar em
atividade.
A comissão aproveitou para visitar também duas
empresas privadas de coleta, transporte e tratamento de resíduos
sólidos. A SR cuida do esgoto, inclusive de outras cidades, e de
lixo industrial. Já a Pró-Ambiental é a única empresa de Minas que
trata e armazena resíduos de classe 1, aqueles considerados
perigosos, tóxicos, inflamáveis, corrosivos e reativos. Os deputados
elogiaram o trabalho das duas unidades e também da associação
responsável pela reciclagem de plástico do município.
Os integrantes da comissão são unânimes na defesa
da coleta seletiva, principalmente nas grandes cidades. "Se houvesse
critério na seleção dos resíduos, 50% do lixo seria eliminado e os
lixões não seriam um problema tão grave", defendeu Ilmar Bastos.
Para o deputado Célio Moreira, a solução passa pelo consórcio entre
as prefeituras: "A maioria não tem dinheiro para construir e manter
seu próprio aterro sanitário funcionando adequadamente, por isso
elas têm que se unir para que um único aterro atenda a cidades
vizinhas", defende.
Essa foi a última visita feita pela comissão, que
agora vai se dedicar ao relatório final. "Com base no que já
constatamos, vamos nos reunir com técnicos para concluirmos os
trabalhos. O objetivo é organizar melhor o setor por meio de um
projeto de lei que discipline melhor a política de resíduos no
Estado", explicou o deputado Irani Barbosa.
Presenças - Deputados
Irani Barbosa (presidente) e Célio Moreira (relator), ambos do
PSDB.
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