Agência das Águas deve priorizar Bacia do Rio Doce em 2007

Até o fim de 2006, a Agência Nacional das Águas (ANA) só poderá repassar R$ 200 mil para o início dos trabalhos do Pl...

13/07/2006 - 00:00
 

Agência das Águas deve priorizar Bacia do Rio Doce em 2007

Até o fim de 2006, a Agência Nacional das Águas (ANA) só poderá repassar R$ 200 mil para o início dos trabalhos do Plano de Gerenciamento de Recursos Hídricos na Bacia do Rio Doce. Essa foi a informação dada pelo assessor da ANA, Wilde Cardoso Gontijo, durante a programação da tarde do Debate Público "Gerenciamento de recursos hídricos na Bacia do Rio Doce", promovido nesta quinta-feira (13/7/06) no Auditório da Escola do Legislativo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O valor é inferior ao estimado pelos comitês, porém, representantes da agência afirmaram que a ANA assume o compromisso de priorizar o plano da Bacia do Rio Doce em 2007.

De acordo com o assessor da diretoria da ANA para a apresentação do Acordo de Cooperação Técnica ANA/Iema/Igam, Wilde Cardoso Gontijo, que falou sobre o processo de contratação dos planos de Gerenciamento de Recursos Hídricos na Bacia do Rio Doce pela ANA, em função de questões orçamentárias, foram elaboradas três propostas de viabilização do plano. Uma delas sugere o financiamento compartilhado do projeto por meio de um convênio específico entre a ANA, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema-ES) e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). Wilde afirmou que, segundo essa proposta, a ANA tem condição de liberar, até o final deste ano, R$ 200 mil para a elaboração do plano. "O Igam entraria com os recursos do fundo estadual, o Fhidro, e o Iema, com os produtos relacionados ao detalhamento do plano", argumentou.

O público presente ficou surpreso com o valor proposto e questionou o representante, uma vez que a quantia estimada para execução do Plano de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce é de R$ 2 milhões, de acordo com o termo de referência aprovado pela Cipe Rio Doce. A agência, por sua vez, alega que a União vem diminuindo o repasse dos recursos desde 2001, o que dificulta a realização dos projetos do órgão. "Entre 2001 e 2005, passamos de R$ 200 milhões para R$ 40 milhões", disse Wilde.

Após um debate extenso entre os vários líderes presentes e os representantes da ANA, o secretário-executivo do Comitê do Rio Doce, Vitor Feitosa, apresentou uma proposta de acompanhamento da elaboração dos planos de Gerenciamento de Recursos Hídricos na bacia. Vitor também sugeriu que, devido às discussões que surgiram no encontro, fossem realizadas três reuniões: uma entre os comitês estaduais de bacias, que já havia sido proposta por um dos representantes; uma entre os órgãos gestores; e uma reunião posterior entre o Comitê do Rio Doce, os demais comitês e os órgãos gestores. "Assim, poderemos discutir a forma final do processo de acompanhamento dos trabalhos", afirmou. O diretor da ANA, Dalvino Troccoli Franca, renovou o compromisso da agência de realizar o plano e buscar o entendimento entre os seus diversos atores.

 

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