Aterro sanitário de Belo Horizonte atende às exigências da Feam

O aterro sanitário de Belo Horizonte possui licença para funcionamento e expansão, concedida pela Fundação Estadual d...

11/07/2006 - 00:00
 

Aterro sanitário de Belo Horizonte atende às exigências da Feam

O aterro sanitário de Belo Horizonte possui licença para funcionamento e expansão, concedida pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). Quem garantiu a informação foi a superintendente da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Sinara Meireles Chenna, durante a visita que a Comissão Especial de Resíduos Sólidos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais realizou ao local, nesta terça-feira (11/7/06). A ida ao aterro foi solicitada pelos deputados Irani Barbosa (PSDB), presidente da comissão; Gustavo Valadares (PFL), vice-presidente; e Célio Moreira, relator (PSDB).

Segundo o deputado Irani Barbosa, a visita teve o objetivo de apurar diversas denúncias apresentadas na comissão. Para ele, o aterro representa risco à saúde dos moradores de Belo Horizonte, uma vez que há irregularidades na impermeabilização e escoamento do resíduo líquido (chorume) depositado no local. "A população aguarda um local apropriado para o tratamento do lixo há mais de 20 anos. Aqui, as nascentes estão sendo contaminadas e podem disseminar doenças para as pessoas que residem no entorno", denuncia.

De acordo com o diretor de Operações da SLU, Edmundo Martins, foi assinado um protocolo de intenções para a construção de um novo aterro, em Esmeraldas, Região Metropolitana de Belo (RMBH). Como o novo local aguarda licenciamento da Feam, o atual aterro passa por uma expansão que prolongará sua utilização em até três anos.

SLU contesta irregularidades

A superintendente da SLU, Sinara Meireles Chenna, afirma que a impermeabilização e o escoamento do chorume atendem às exigências da Feam. Por meio de parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o aterro possui estudos e ações de monitoramento mensal de emissão de resíduos líquidos, sólidos, de ar, poeira e odor. O escoamento do chorume é feito pela Copasa, e é levado para a Estação de Tratamento do Arrudas. "Drenamos cerca de 500 m3 de chorume todos os dias e não há nenhuma irregularidade apontada pela Feam. A impermeabilização do aterro evita qualquer contaminação dos lençóis freáticos e não há problemas visuais ou de mal cheiro", disse.

Após a visita, o deputado Irani Barbosa disse que a comissão fará novas visitas a aterros da RMBH para analisar o trabalho da Feam e tomar providências em caso de irregularidades. "A comissão vai preparar um balanço para verificar o que está sendo feito e agir caso haja prejuízo da saúde pública e ambiental", garante.

Denúncias infundadas em Contagem

A comissão visitou ainda o Incinerador de Contagem, responsável pelo tratamento de resíduos hospitalares de Belo Horizonte, que foi denunciado quanto a irregularidades na armazenagem e emissão de gases e cinzas.

Para a presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, Maeli Borges, no entanto, não há nada que justifique as acusações. Segundo ela, a empresa é licenciada pela Feam e pela Prefeitura de Belo Horizonte e possui as certificações exigidas pela legislação. "O risco de contaminação dos gases emitidos são mínimos. Posso afirmar tecnicamente que as denúncias são improcedentes", afirmou.

A empresa Serquip Tratamento de Resíduos incinera sete toneladas de resíduos por dia, e atende aos hospitais da rede Fhemig e Hemominas.

Presença - Deputado Irani Barbosa (PSDB), presidente.

 

 

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