Encontros sobre segurança marcam a semana na Assembléia

Dois encontros sobre segurança pública no interior de Minas, um debate sobre a Bacia do Rio Doce e 27 reuniões de com...

07/07/2006 - 00:01
 

Encontros sobre segurança marcam a semana na Assembléia

Dois encontros sobre segurança pública no interior de Minas, um debate sobre a Bacia do Rio Doce e 27 reuniões de comissões, sendo sete com convidados, marcam os trabalhos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais na semana de 10 a 14 de julho. Na terça-feira (11), a partir de 8h30, o Seminário Legislativo "Segurança para Todos - Propostas para uma sociedade mais segura" chega a Pouso Alegre, na Região Sul. O encontro será no Buffet e Hotel Fernandão (Rodovia Fernão Dias, km 794). Já na sexta-feira (14), no mesmo horário, acontece o encontro regional do Norte, em Montes Claros, na Sala Geraldo Freire, anexo da Câmara Municipal (Avenida João Luiz de Almeida, 40).

O seminário sobre segurança foi idealizado em dezembro de 2005, quando foi criada a Frente Parlamentar pela Segurança Pública, coordenada pelos deputados Sargento Rodrigues (PDT) e Edson Rezende (PT). Além das palestras, grupos de trabalho se reúnem nos encontros regionais para aperfeiçoar o documento-base produzido pelas entidades apoiadoras do seminário. A plenária final, com a presença de delegados eleitos na fase de interiorização dos debates, será nos dias 21, 22 e 23 de agosto, em Belo Horizonte.

Ainda nesta semana, na quinta-feira (13), das 9 às 16 horas, o Auditório da Escola do Legislativo abriga o Debate Público "Construção do Plano de Gerenciamento de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce". O plano está sendo licitado pela Agência Nacional das Águas (ANA), com base em referenciais oferecidos por comitês de bacias hidrográficas (CBHs) de Minas e do Espírito Santo. Um dos documentos básicos é o plano Rio Doce Limpo, preparado pela Cipe Rio Doce, comissão que reúne deputados dos dois estados em defesa da bacia.

Comissões têm sete reuniões com convidados

Na terça-feira (11), às 14h30, no auditório da Assembléia, a Comissão de Trabalho, da Previdência e da Ação Social debate, em audiência pública, o tema "Gestão para o Desenvolvimento Sustentável no Setor de Reparação Automotiva", a requerimento do deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT), presidente da comissão. Estimativa apresentada pelo parlamentar aponta que os resíduos sólidos emitidos pelas cerca de 5 mil oficinas mecânicas de pequeno e médio porte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) causam um impacto socioambiental maior do que as grandes oficinas e montadoras. Além disso, a responsabilidade da coleta dos resíduos produzidos é do próprio gerador que, muitas vezes, expõe seus trabalhadores a agentes químicos perigosos.

Quarta-feira - Já na quarta-feira (12), às 9h15, a Comissão de Saúde recebe convidados no Plenarinho I para discutir o aumento de casos de leishmaniose visceral em Minas Gerais, bem como as ações do poder público para o controle da doença. O requerimento é do deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), presidente da comissão. Levantamento do Data-SUS, divulgado pelo parlamentar, indica o registro de 260 internações para tratamento de leishmaniose visceral no Estado em 2003. Em 2004, esse número passou para 420, com crescimento de 61,5%, mantendo-se alto (421 internações) em 2005.

Uma reunião conjunta das comissões de Participação Popular e de Direitos Humanos acontece também na quarta-feira, às 9h30, no Auditório, com o objetivo de subsidiar a elaboração do "Relatório de Minas", que integrará o informe do Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (Pidesc), a ser encaminhado à ONU. O requerimento é do deputado Durval Ângelo, presidente da Comissão de Direitos Humanos, e da deputada Maria Tereza Lara, presidente da Comissão de Participação Popular, ambos do PT.

O Pidesc foi instituído pela ONU em 1966, com adesão do Brasil em 1992. Em 2000, foi produzido o primeiro relatório, como resultado da IV Conferência Nacional de Direitos Humanos. Enquanto o governo produziu um relatório oficial, organizações não-governamentais elaboraram um documento paralelo, também enviado à ONU. O evento organizado agora na Assembléia integra o processo de formulação do novo relatório paralelo.

No mesmo dia, ainda pela manhã, às 9h45, a Comissão de Administração Pública recebe convidados no Plenarinho III para discutir a possibilidade de ampliação da licença-maternidade e da licença-paternidade dos servidores públicos estaduais para 180 e 15 dias, respectivamente. O requerimento é do deputado Fahim Sawam (PSDB), presidente da comissão. O debate, de acordo com o parlamentar, busca subsídios para a implementação, em Minas, da Campanha Nacional "Licença-maternidade: seis meses é melhor!", liderada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Comissões especiais também recebem convidados na quarta-feira

O tema "Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL): normatização, financiamento e comercialização" compõe a pauta da Comissão Especial do Protocolo de Quioto, que se reúne na quarta-feira, às 14h30, no Auditório, a requerimento dos deputados Laudelino Augusto (PT), presidente, Doutor Ronaldo (PDT), vice, e Sávio Souza Cruz (PMDB), relator. Na ocasião, serão debatidas a viabilidade jurídica da comercialização dos créditos de carbono; a tramitação dos projetos de MDL - que envolve certificação da ONU e autorização do governo federal -; e quais entidades têm linha de financiamento para o MDL.

O MDL é um instrumento previsto no Protocolo de Quioto, tratado internacional para conter as emissões dos chamados gases de efeito estufa (GEE). Por meio desse instrumento, países desenvolvidos podem cumprir suas metas de redução de emissões adquirindo créditos de carbono gerados em países em desenvolvimento signatários do protocolo, como o Brasil.

Já a Comissão Especial de Transtorno, Deficiência Mental e Autismo tem encontro às 15h30, no Plenarinho III, para apreciar o relatório final dos trabalhos. Instalada em 24 de abril, a comissão discutiu o tratamento e a inclusão da pessoa com transtorno, deficiência mental ou autismo. Órgãos de governo, instituições de atendimento, especialistas e familiares foram ouvidos durante as reuniões. De acordo com o presidente da comissão, deputado Célio Moreira (PSDB), a idéia surgiu a partir de denúncias de pais de pacientes sobre a deficiência do atendimento, com a lei da desospitalização; o alto custo de clínicas particulares; e a falta de atendimento em casos de surto.

Quinta-feira - Na quinta-feira (13), às 9 horas, a Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais recebe convidados no Plenarinho IV para debater a destinação final do lixo no município de Rio Manso, na RMBH. O requerimento é do deputado João Leite (PSDB), que recebeu denúncias sobre possíveis irregularidades no tratamento do lixo coletado na cidade, o que poderia trazer riscos para os mananciais daquela região, usados, inclusive, no abastecimento de Belo Horizonte.

Projetos importantes podem ser analisados pelo Plenário

Até o próximo dia 18, quando terminam os trabalhos legislativos do primeiro semestre de 2006, o Plenário da Assembléia deve analisar vários projetos importantes, entre eles o da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), cuja votação é condição para o início do recesso parlamentar. Outros projetos que podem ser apreciados são o PL 3.374/06, que trata da criação de subsidiárias da Copasa, e o PL 3.391/06, que cria o Fundo para Universalização do Acesso a Serviços de Telecomunicação em Minas Gerais (Fundomic) para execução do Programa "Minas Comunica". As duas proposições são do governador e tramitam em regime de urgência.

Outro projeto que pode ser votado é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 89/05, do deputado Edson Rezende (PT), que dá autonomia funcional e administrativa à Defensoria Pública. A PEC recebeu a emenda nº 1, que propõe a supressão do parágrafo 6º do artigo 14 da Constituição Estadual, que determina que as entidades da administração indireta somente podem ser instituídas para a prestação de serviço público. Caso a emenda seja aprovada, autarquias, fundações e empresas públicas e de economia mista do Estado poderão explorar atividade econômica de interesse coletivo. Com a alteração, a Copasa, por exemplo, poderia explorar concessões de água mineral em Minas Gerais.

 

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