Aumento de casos de leishmaniose preocupa deputados

O elevado número de internações hospitalares para tratamento de leishmaniose visceral em Minas Gerais despertou a ate...

07/07/2006 - 00:00
 

Aumento de casos de leishmaniose preocupa deputados

O elevado número de internações hospitalares para tratamento de leishmaniose visceral em Minas Gerais despertou a atenção da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, que realiza uma reunião na quarta-feira (12/7/06) para discutir o assunto. O evento acontecerá no Plenarinho I, às 9h15. O debate é resultado de requerimento do deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), que se disse alarmado com o crescimento do número de casos registrados em 2004, índice que se manteve em 2005.

O levantamento divulgado pelo deputado foi produzido pelo Data-SUS, órgão do governo federal. Os dados indicam que, em 2003, ocorreram 260 internações para tratamento de leishmaniose visceral em Minas Gerais. Em 2004, esse número passou para 420, um crescimento de 61,5%. O índice se manteve elevado em 2005, com 421 internações registradas. "É preciso verificar o que o poder público vem fazendo para controlar a doença", afirmou Adelmo Carneiro Leão.

Leishmaniose reduz defesas contra doenças

A leishmaniose visceral é uma doença parasitária transmitida ao homem e outros hospedeiros por pequenos insetos de cor amarelada, semelhantes às moscas e mosquitos, chamados flebotomíneos. Ela ataca os órgãos internos, principalmente fígado, baço, gânglios linfáticos e a medula óssea, e pode levar à morte quando não tratada. A doença causa febre, emagrecimento, anemia, aumento do fígado e do baço e imunodeficiência. As doenças causadas por bactérias, principalmente a pneumonia, são a principal causa de morte nos casos de leishmaniose visceral, principalmente em crianças. Os cães são os principais hospedeiros do parasita que causa a doença.

De acordo com especialistas, a prevenção da leishmaniose deve incluir o combate ao inseto transmissor e outras medidas. As pessoas devem evitar sair à noite em áreas onde há presença do inseto, pois é nesse horário que ele atua com maior freqüência. Medidas preventivas quanto aos cães seriam evitar banho freqüente e tosas entre novembro e abril (quando aumentam os insetos), usar coleiras com inseticidas ou dar banho com o produto. Quanto à vacina, ainda não foi comprovada sua total eficácia.

Estão convidados para o debate o coordenador regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Marcos Muffareg; a superintendente de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde, Valéria Rodrigues e Oliveira; o gerente de Epidemiologia e Informação da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Ângela Guimarães; a secretária municipal de Saúde de Contagem, Lídia Maria Tonon; a chefe do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG, Elza Machado de Melo; e o diretor do Centro de Pesquisa René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz, Álvaro Romanha.

 

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