ALMG vai discutir ampliação da licença-maternidade para seis meses

A possibilidade de ampliar o período das licenças maternidade e paternidade dos servidores públicos estaduais para, r...

07/07/2006 - 00:02
 

ALMG vai discutir ampliação da licença-maternidade para seis meses

A possibilidade de ampliar o período das licenças maternidade e paternidade dos servidores públicos estaduais para, respectivamente, 180 dias e 15 dias, será analisada pela Comissão de Administração Pública da Assembléia Legislativa de Minas Gerais nesta quarta-feira (12/7/06). Pela proposta, a licença maternidade passaria dos atuais quatro meses para seis; e a paternidade de sete dias para 15. A reunião está marcada para às 9h45, no Plenarinho III.

Segundo o autor do requerimento para o encontro e presidente da comissão, deputado Fahim Sawan (PSDB), o debate na Assembléia pretende buscar subsídios para a implementação da Campanha Nacional "Licença-maternidade: seis meses é melhor!" em Minas, liderada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Para a SBP, a adoção da licença-maternidade de seis meses pelo Estado de Minas Gerais representaria um marco político-institucional de grande valor referencial para torná-la uma realidade nacional. De acordo com a entidade, estudos científicos de neuropediatria comprovam que o aumento da presença da mãe junto ao filho representa um grande benefício para o recém-nascido, pois os seis primeiros meses de vida são decisivos para o crescimento cerebral e para a formação das estruturas que determinam um desenvolvimento mental normal e uma personalidade sadia. Além disso, este é o período recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o aleitamento materno exclusivo, que fica prejudicado quando a mulher precisa voltar ao trabalho após os quatro meses de licença.

O deputado Fahim Sawan, que também é médico, ainda aponta que uma permanência maior da mãe com o filho proporciona à mulher um retorno mais equilibrado ao trabalho, "pois ela estará ciente de que cumpriu um ciclo mínimo de vinculação intensa e continuada com a criança, indispensável para o bem da relação saudável entre ambos". De acordo com ele, um tempo prolongado de convivência entre a mãe e o recém-nascido reduz a possibilidade da ocorrência de doenças na primeira infância, principalmente por causa da amamentação adequada.

Legislação - No Senado Federal, já tramita um Projeto de Lei de autoria da senadora Patrícia Saboya (PSB/CE) que visa à ampliação da licença-maternidade em caráter de adesão por empresas de iniciativa privada, em troca de incentivos fiscais. O projeto institui o Programa Empresa Cidadã, que permite à trabalhadora receber seu salário integralmente, assim como estabelece que a empresa pode deduzir 100% desse gasto extra do Imposto de Renda. A adesão da empresa e da funcionária é voluntária. Vários municípios brasileiros, principalmente do Ceará e do Espírito Santo, contemplaram suas servidoras municipais. Em nível estadual, o Amapá também já adotou a licença maternidade de seis meses.

Convidados - Foram convidados para a reunião os secretários de Estado de Saúde, Marcelo Gouvêa; de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena; e de Educação, Vanessa Guimarães Pinto; os presidentes da Sociedade Brasileira de Pediatria, Dioclésio Campos Júnior; da Sociedade Mineira de Pediatria, José Orleans da Costa; da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Antônio Busato; da OAB/Seccional MG, Raimundo Cândido Júnior; a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais, Maria Inez Camargos; a senadora Patrícia Saboya; e a atriz Maria Paula.

 

 

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