Projeto que cria o Fundomic está pronto para Plenário

Está pronto para a análise do Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em 1º turno, o Projeto de Lei (PL) ...

04/07/2006 - 00:01
 

Projeto que cria o Fundomic está pronto para Plenário

Está pronto para a análise do Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em 1º turno, o Projeto de Lei (PL) 3.391/06, do governador do Estado, que cria o Fundo para Universalização do Acesso a Serviços de Telecomunicação em Minas Gerais (Fundomic), para execução do Programa "Minas Comunica". Em reunião conjunta realizada nesta terça-feira (4/7/06), as comissões de Transporte, Comunicação e Obras Públicas e de Fiscalização Financeira e Orçamentária aprovaram pareceres favoráveis à proposição, com quatro emendas apresentadas pela Comissão de Constituição e Justiça. O projeto tramita em regime de urgência.

Em seu parecer, o deputado Célio Moreira (PSDB), presidente da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas, e relator nessa comissão, ressaltou que o programa "Minas Comunica" pretende criar condições para que 100% dos municípios de Minas tenham acesso a serviços de telecomunicações, incluindo o serviço móvel, com capacidade de prover telefonia e transmissão de dados, até 31 de dezembro de 2008. Citando a exposição de motivos do governador, o parecer lembra ainda que metade dos municípios do Estado não dispõe hoje de serviço de telefonia móvel.

O "Minas Comunica" prevê investimentos de até R$ 200 milhões até o final de 2007, sendo R$ 40 milhões já neste exercício. De acordo com o projeto, o Estado participará financeiramente através de parceria público-privada ou aquisição de debêntures, conversíveis ou não em ações, corrigidas por índice de preços com taxa de juros anual limitada a 1% ao ano, ou, ainda, equalização dos juros de operações financeiras contratadas pelas operadoras para investimento em equipamentos para viabilizar a infra-estrutura do projeto, limitada essa equalização ao percentual máximo de 12% ao ano. Caberá ao regulamento, entre as hipóteses previstas, definir a forma como se dará a participação financeira do Estado.

Já a escolha das operadoras será feita por processo licitatório, e aquelas que participarem do programa deverão disponibilizar planos de serviço, em especial na modalidade pré-pago, de forma equânime e não discriminatória, a todos os municípios mineiros em que atuem, com qualidade de serviço adequada. A administração do fundo ficará a cargo do grupo coordenador, com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico atuando como gestora e agente executora. O fundo terá duração de 15 anos, contados a partir da data de vigência da lei.

Programa ajuda a amenizar desigualdades regionais

O "Minas Comunica" faz parte das estratégias de desenvolvimento do Estado, inseridas nos projetos estruturadores, que buscam, no longo prazo, reduzir as desigualdades regionais e contribuir para a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado, dos atuais 0,773 para 0,855 até o ano de 2020. Com o programa, o Estado busca atrair investimentos privados para as regiões menos desenvolvidas, que não são economicamente viáveis para as operadoras de telefonia móvel, com atendimento à população urbana e parte da população rural, incrementando a arrecadação de ICMS. Em um segundo momento, o programa poderia ser estendido ainda a outras localidades e áreas rurais não atendidas, ocasião em que nova mensagem será enviada pelo governo à Assembléia Legislativa.

Números - Segundo informações do site da Anatel, citadas no parecer da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Pública, o indicador teledensidade, que mede o número de telefones móveis em serviço para cada grupo de cem habitantes, atingiu, em maio, 49,62% no País, contra 49,78% em Minas Gerais. No entanto, apesar de o Estado ter média acima da nacional, os assinantes estão concentrados em determinadas regiões mais desenvolvidas.

Emendas da CCJ são acatadas

O presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, deputado Domingos Sávio (PSDB), que relatou a matéria nessa comissão, acompanhou o parecer da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas e citou ainda as emendas apresentadas na Comissão de Constituição e Justiça. A emenda nº 1 define a forma de aplicação das disponibilidades financeiras temporárias do fundo, sendo autorizada a aplicação em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada em títulos da dívida pública.

Para definir com clareza as penalidades a serem aplicadas no caso de descumprimento das normas que disciplinam as relações da empresa beneficiária com o fundo, foi apresentada a emenda nº 2, que prevê, além de multas e juros de mora, a suspensão ou cancelamento de parcelas a serem pagas às operadoras. A emenda nº 3 elimina a hipótese da contratação de operação de crédito como fonte de recursos para a abertura do crédito adicional, pois resolução do Senado veda sua realização nos 180 dias finais do mandato do governador do Estado. Com isso, a abertura de crédito, de até R$ 40 milhões, deverá utilizar como fonte de recursos o superávit financeiro, recursos provenientes de excesso de arrecadação, resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de créditos adicionais.

Já a emenda nº 4 autoriza o Poder Executivo a compatibilizar, no Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 2004-2007, as alterações decorrentes da criação da unidade orçamentária Fundomic.

Presenças - Deputados Célio Moreira (PSDB), presidente da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas, que presidiu a reunião; Domingos Sávio (PSDB), presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, Dilzon Melo (PTB); José Henrique (PMDB); Luiz Humberto Carneiro (PSDB) e deputada Cecília Ferramenta (PT).

 

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