Fiscalização Financeira pode apreciar nesta 5ª projeto da Copasa

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais poderá apreciar, na ma...

28/06/2006 - 00:00
 

Fiscalização Financeira pode apreciar nesta 5ª projeto da Copasa

A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa de Minas Gerais poderá apreciar, na manhã desta quinta-feira (29/6/06), parecer de 1º turno sobre o projeto que autoriza a Copasa a criar subsidiárias. Em reunião conjunta de comissões na tarde desta quarta-feira (28), que foi acompanhada por servidores da empresa, a Comissão de Administração Pública aprovou parecer favorável ao Projeto de Lei (PL) 3.374/06, que trata do assunto, e agora resta somente a análise pela Fiscalização Financeira, antes de a proposição estar pronta para discussão e votação pelo Plenário. A reunião conjunta de comissões foi marcada para esta quinta, às 9 horas, no Plenarinho II.

Na reunião desta quinta, deverá ser votado o parecer do relator pela Comissão de Fiscalização Financeira, deputado Domingos Sávio (PSDB), que solicitou a distribuição de avulsos (cópias) do seu parecer, também nesta quarta. Tramitando em regime de urgência, o projeto autoriza a criação de subsidiárias para exploração econômica das águas minerais do Sul de Minas, oferta de água para irrigação no Projeto Jaíba II e atendimento das populações dos Vales do Mucuri, Jequitinhonha e São Mateus e Norte de Minas, bem como regiões com IDH abaixo da média do Estado. Isto é o que estabelece parecer aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça - a primeira a analisá-lo.

O parecer da Fiscalização Financeira repete o parecer do deputado Fahim Sawan (PSDB), relator pela Comissão de Administração Pública. Sawan apresentou a emenda nº 4, que estabelece que o lucro líquido da subsidiária que vai atuar na exploração econômica dos recursos hidrominerais do Estado, inclusive dos parques de águas, será aplicado em saneamento básico (dá nova redação ao parágrafo único do artigo 2º). Originalmente, o projeto estabelece que toda distribuição do lucro líquido, destinado à Copasa, será aplicado em saneamento básico. Segundo o relator, a mudança aperfeiçoa a redação do dispositivo, sem alterar seu conteúdo normativo.

O deputado Fahim Sawan também apresentou a subemenda nº 1 à emenda nº 2, da Comissão de Constituição e Justiça, para conferir maior flexibilidade à atuação da subsidiária a ser criada para o exercício das atividades relacionadas com o Projeto Jaíba. Desta forma, substitui a expressão "Jaíba II" por "Jaíba". O parecer foi aprovado com voto contrário da deputada Elisa Costa (PT).

Número mudou - Vale lembrar que, originalmente, o projeto criava quatro subsidiárias: para explorar as águas minerais; gestão dos serviços do sistema de irrigação do Projeto Jaíba II; atender localidades dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus; e para atender localidades com déficit operacional. O parecer da Comissão de Constituição e Justiça mudou o número de subsidiárias de quatro para três, fundindo as duas últimas numa só, que atenderá também o Norte de Minas e regiões com IDH abaixo da média do Estado, além dos Vales do Jequitinhonha, Mucuri e São Mateus.

Deputada do PT critica projeto; presidente expõe posição da base do Governo

A deputada Elisa Costa (PT), que votou contra o parecer da Administração Pública, reiterou as críticas feitas ao projeto da Copasa na manhã desta quarta, durante debate que contou com a presença dos presidentes da companhia e do Sindágua, sindicato que reúne os trabalhadores. Segundo ela, o projeto está sendo apreciado pela Assembléia "a toque de caixa". Na avaliação da parlamentar, não haveria a necessidade de criar subsidiárias para desenvolver as atividades previstas no PL 3.374/06.

Ela cobrou, ainda, uma resposta à reivindicação do PT e do Sindágua de que seja desmembrada do projeto a referência à subsidiária que atuará nos Vales. "Essa empresa ainda carece de um estudo de viabilidade econômica. Também não ficou claro como a Copasa pretende reduzir custos, se mais de 40% da composição da tarifa correspondem aos gastos com pessoal", indagou. Ela prevê, ainda, um problema futuro, na medida em que os funcionários das subsidiárias poderão receber salários menores que os da própria Copasa. "Poderemos ter, depois, um debate sobre isonomia salarial", alertou.

Já o deputado Domingos Sávio, que presidiu a reunião conjunta e é presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, defendeu o projeto e avaliou como produtiva a reunião da manhã. De acordo com o deputado, o debate mostrou que não há como aumentar mais o valor da conta de água, a fim de subsidiar os municípios mais carentes, sendo necessária a criação de subsidiária para atender essas regiões. Negou, ainda, que o projeto tramite "a toque de caixa", ponderando que haverá oportunidade de discuti-lo não somente nas comissões, mas também em Plenário, com o uso de todos os instrumentos regimentais.

Presenças - Participaram da reunião os deputados Domingos Sávio (PSDB), que a presidiu; Fahim Sawan (PSDB), José Henrique (PMDB), Elisa Costa (PT), Laudelino Augusto (PT) e Sargento Rodrigues (PDT).

 

 

 

 

 

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