Moradores de condomínios da CEF reclamam de
negligência
A Comissão de Direitos Humanos, por seu presidente,
deputado Durval Ângelo (PT), visitou na tarde desta segunda-feira
dois condomínios em Contagem, pertencentes ao Programa de
Arrendamento Residencial (PAR), da Caixa Econômica Federal, para
comprovar denúncias dos moradores contra a administradora Exacta,
contratada pelo agente financeiro. O Condomínio Chácara das
Califórnias apresenta rachaduras nos muros e calçamento, a cerca
elétrica não funciona, o suporte do portão está danificado e há uma
árvore prestes a cair sobre o muro. Moradores reclamaram com o
deputado que tiveram que se cotizar para pagar uma capina no
estacionamento, porque a Exacta se negou a fazê-lo.
No conjunto Arpoador, localizado a leste da Ceasa,
são oito blocos com 16 apartamentos de dois quartos cada. Embora
entregues há apenas três anos, apresentam rachaduras nas fachadas.
Os moradores pagam R$ 153,00 de aluguel e R$ 60,00 de condomínio.
Segundo Carlos Luís Vieira, a administradora Exacta não cumpriu a
promessa de aumentar a altura do muro, para evitar invasões de
ladrões. Cleusa Borges exibiu ao deputado cópias dos boletins de
ocorrência, mostrando que seu carro foi roubado dentro do
estacionamento. Outros levantaram suspeita de superfaturamento. A
administradora teria cobrado R$ 500,00 por uma capina que teria
custado apenas R$ 100,00.
O deputado esclareceu que qualquer problema
construtivo é de responsabilidade da CEF até cinco anos após a
entrega dos imóveis. Orientou os moradores da Chácara das
Califórnias a acionarem o Corpo de Bombeiros para cortar a árvore
que ameaça o muro, e informou que pediu ao chefe de Polícia de
Contagem, delegado Herbert Barrinha, inquérito policial sobre a
situação dos vinte conjuntos do PAR no município. Diante do
Ministério Público, os moradores devem apresentar suas queixas para
instruir, com o inquérito, ação contra a Caixa e as
administradoras.
O Programa de Arrendamento Residencial é vantajoso
para a Caixa, porque ocupa conjuntos ociosos, e para os moradores,
que após 15 anos tornam-se proprietários dos imóveis. A questão que
gera conflito é a negligência e a falta de compromisso das
administradoras, que são escolhidas pela Caixa, e não pelos
moradores. "É preciso encontrar um ponto de equilíbrio entre os três
lados da questão", disse o deputado.
Presenças: Deputado Durval
Ângelo (PT), presidente; e vereador Kawlpter Prates (PT) de
Contagem.
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