Uso de florestas como negócio ambiental será debatido na ALMG

Avaliar o potencial de Minas Gerais em projetos florestais vinculados ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Es...

09/06/2006 - 00:01
 

Uso de florestas como negócio ambiental será debatido na ALMG

Avaliar o potencial de Minas Gerais em projetos florestais vinculados ao Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Este é o objetivo da próxima reunião da Comissão Especial do Protocolo de Quioto, a ser realizada na terça-feira (13/6/06), às 9 horas, no Auditório da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com a presença de especialistas do setor e ambientalistas. A comissão foi criada para, no prazo de 60 dias, estudar, conhecer e debater a aplicação do MDL do Protocolo de Quioto nos municípios de Minas Gerais.

O Protocolo de Quioto, em vigor desde fevereiro deste ano, prevê a redução, pelos países desenvolvidos, da emissão de gases que agravam o efeito estufa, provocando o aquecimento global. Para facilitar a meta, foi criado o MDL, um mecanismo que permite a esses países adquirir créditos de carbono gerados pelas nações em desenvolvimento que conseguirem resgatar este tipo de gás do ar.

A plantação de florestas é uma das possibilidades de se reduzir as emissões, com o resgate de carbono da atmosfera. Em Minas Gerais, destacam-se, no mercado, as florestas de produção, destinadas ao manejo econômico de árvores, sobretudo do eucalipto. Essas florestas reduzem a pressão pelo desmatamento de matas nativas, porque a cada hectare de área plantada é evitado o desmate de 10 hectares de nativas, conforme informações da Associação Mineira de Silvicultura (AMS).

A empresa mineira Plantar Reflorestamento é responsável pelo primeiro projeto brasileiro destinado a reduzir os gases de efeito estufa com base nos critérios do MDL, aprovado pelo Banco Mundial. O projeto utiliza o carvão vegetal como combustível para produção de ferro-gusa, no lugar do carvão mineral. Informações da empresa dão conta de que cada tonelada de ferro-gusa produzida com carvão mineral emite 1,9 tonelada de gás carbônico (CO2) na atmosfera. Por outro lado, o ferro-gusa produzido com carvão vegetal permite o resgate de 1,1 tonelada do gás, a partir da fixação do CO2 pelas florestas plantadas e pela redução das emissões.

Na reunião da comissão, serão analisadas, também, as florestas sociais, aquelas mantidas por pequenos agricultores para consumo próprio (com cercas, por exemplo) e as destinadas à recuperação de matas ciliares ou nativas, cujo objetivo é socioambiental e não econômico.

Convidados - Estão sendo aguardados os seguintes convidados: representante da Associação Regional de Proteção Ambiental (Arpa III), João Batista Ferreira Andrade; representante da Plantar S/A, Fábio Marques; representante do Instituto Terra, Aline Tristão; representante da Effsol Soluções Eficientes, Henrique Souza Lima; e representante da Conservação Internacional, Lúcio Bedê.

 

 

 

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