Fórum de educação ambiental aprova mais de 40 propostas

No último dia do Fórum Técnico "Educação ambiental - conjuntura atual e perspectivas", nesta sexta-feira (9/6/06), os...

09/06/2006 - 00:00
 

Fórum de educação ambiental aprova mais de 40 propostas

No último dia do Fórum Técnico "Educação ambiental - conjuntura atual e perspectivas", nesta sexta-feira (9/6/06), os participantes compuseram a plenária final, com a discussão e votação das propostas elaboradas pelos três grupos de trabalho. O fórum foi realizado pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais, com o apoio de mais de 20 entidades, com o objetivo de fomentar a educação ambiental no Estado, subsidiar a estruturação de uma política estadual e contribuir para a divulgação do Programa Estadual de Educação Ambiental. Entre as propostas aprovadas estão a apresentação de projeto de lei com a criação do programa de educação ambiental em prédios do governo; a inclusão, nas licitações para compras no Estado, da licitação ecológica; a criação do Fundo Estadual do Meio Ambiente; e a elaboração de lei específica que obrigue os meios de comunicação públicos (Rádio Inconfidência, TV Minas e TV Assembléia) a destinar tempo no horário nobre de programação para a educação ambiental.

Das 49 propostas apreciadas em Plenário, 31 foram aprovadas por unanimidade e 18 foram objeto de discussão e votação individual, com supressões e acréscimos de termos. Foram apresentadas 14 propostas novas, nem todas aprovadas. O documento final com as alterações aprovadas pelos participantes estará disponível no site da Assembléia, no menu "Comunicação/eventos/fóruns", nesta segunda-feira (12/6/06).

A plenária final foi dirigida pelo deputado Laudelino Augusto (PT), autor do requerimento que originou o evento e presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia. Ao abrir os trabalhos da plenária, o deputado lembrou a necessidade de envolvimento maior da sociedade com a questão ambiental. E numa comparação com a realização da Copa do Mundo, Laudelino disse que o ideal seria se houvesse uma movimentação mundial pelo meio ambiente, "como acontece com a copa".

Propostas incluem a criação de conselhos e fundos

Os temas debatidos pelos grupos foram: Grupo 1 - Educação Ambiental e Poder Público, coordenado por Gisele Brandão, da UFMG, e Mirian Cristina Dias Baggio; Grupo 2 - Parcerias e Financiamentos, coordenado por Débora Eliane de Andrade Munhoz, da Feam, e Marco Antônio Fernandez, do Movimento Pró Rio Todos os Santos; Grupo 3 - Terceiro Setor, coordenado por Kátia Ferraz, do Grupo de Estudos e Pesquisas em Direito Educacional; e Cláudio Marinho, da ONG Colméia Barreiro.

Algumas das propostas - Apoio técnico e financeiro para implementação do Programa de Educação Ambiental do Estado de Minas Gerais; adoção, pelas instituições educativas, de materiais pedagógicos que enfoquem as condições socioambientais regionais e locais com abordagem crítica e instigadora; instituição, por meio de deliberação normativa do Copam, da obrigatoriedade, por parte das instituições públicas, de envio de lâmpadas fluorescentes para reciclagem; fortalecimento do Fundo Estadual de Educação, com mecanismos de participação e controle social, tendo a educação ambiental como uma das áreas prioritárias de ação; alteração da Lei Robin Hood, de forma a incluir, no ICMS Ecológico, municípios que possuam projetos de educação ambiental, selecionados conforme critérios estabelecidos por uma comissão técnica.

E ainda: realização e divulgação, pelo poder público, de levantamento socioambiental junto aos diversos segmentos do terceiro setor, visando subsidiar as ações de informação e elaboração de projetos de educação ambiental; estímulo à implantação de políticas municipais de educação ambiental; incentivo à criação de conselhos paritários que concretizem o processo de descentralização dos canais legalmente constituídos para o exercício da gestão democrática socioambiental; inserção, no Plano Decenal de Educação do Estado, de um capítulo que contemple exclusivamente diretrizes para implementação da educação ambiental como agente sociotransformador.

Foram indicadas 18 entidades para compor a Comissão de Representação, que tem como tarefa acompanhar os desdobramentos do fórum e a implementação das propostas. Mas outras 30 entidades pediram sua inclusão no comitê, o que será formalizado posteriormente, com o envio de nomes dos representantes. Ao final, representantes dos grupos entregaram o documento final ao deputado Laudelino Augusto, que representou o presidente da Assembléia, deputado Mauri Torres (PSDB), no recebimento.

 

 

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