Audiência pública discute erradicação do trabalho infantil

Debater o combate ao trabalho infantil e discutir a proteção ao adolescente trabalhador em Minas Gerais. Esses são os...

09/06/2006 - 00:00
 

Audiência pública discute erradicação do trabalho infantil

Debater o combate ao trabalho infantil e discutir a proteção ao adolescente trabalhador em Minas Gerais. Esses são os objetivos da audiência pública da Comissão de Participação Popular da Assembléia Legislativa de Minas Gerais que acontece nesta segunda-feira (12/6/06), às 9 horas, no Teatro da ALMG, com o apoio da Frente Parlamentar de Defesa da Criança e do Adolescente e do Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente. A reunião foi solicitada pelo deputado Edson Rezende (PT), em face do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil.

Em 2002, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estabeleceu o dia 12 de junho como o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, com o objetivo de sensibilizar a sociedade, os gestores públicos e a comunidade internacional para a importância de respeitar a idade mínima para admissão a emprego e o combate a determinadas formas de trabalho infantil. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 estabeleceu a idade mínima para o trabalho em 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. Neste ano, o tema do Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil é "O fim do trabalho infantil: um objetivo a nosso alcance".

Segundo o gabinete do deputado Edson Rezende, o relatório da OIT mostrou que, pela primeira vez, aconteceu uma redução em todo o mundo nos índices de trabalho infantil. Essa redução também foi observada no Brasil, sendo que os índices de trabalho infantil, entre cinco e nove anos de idade, caíram 61% entre 1992 e 2004, além de uma redução de 36% na taxa de ocupação da faixa etária entre 10 e 17 anos. No relatório da OIT, o Brasil foi destacado como exemplo no desenvolvimento de programas eficazes, com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e a ampliação do acesso à educação, que tornaram possível o alcance desses resultados. No entanto, apesar dos resultados positivos, os dados do Ministério do Desenvolvimento Social mostram que cerca de 2,7 milhões de crianças e adolescentes, entre cinco e 16 anos, ainda trabalham de forma irregular no Brasil.

Convidados - Foram convidados a participar da reunião o procurador-geral do Ministério Público, Jarbas Soares Júnior; a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho da Procuradoria Regional do Trabalho - 3ª Região, Maria Amelia Bracks Duarte; a secretária municipal de Assistência Social, Rosilene Rocha; o presidente do Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente, James Andris Pinheiro; a presidente do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, Maria Lúcia Gomes Dutra; a coordenadora do Fórum Estadual de Combate ao Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente, Elvira Mírian Veloso de Mello Cosendey; o delegado regional do Trabalho, Antônio Roberto Lambertucci; o presidente da Associação de Conselheiros Tutelares de Minas Gerais, Gleison Coelho de Souza; e a superintendente de Assistência Social, Marta Maria Castro Vieira da Silva.

 

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