Presidente da Assembléia condena invasão do Congresso Nacional

"O Parlamento é a essência da democracia; não se concebem atos de vandalismo quando queremos avançar na democracia e ...

07/06/2006 - 00:00
 

Presidente da Assembléia condena invasão do Congresso Nacional

"O Parlamento é a essência da democracia; não se concebem atos de vandalismo quando queremos avançar na democracia e construir dias melhores para todo o povo brasileiro". A afirmação é do presidente da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Mauri Torres (PSDB), que comentou em entrevista à imprensa, nesta quarta-feira (7/6/06), a invasão à Câmara dos Deputados, em Brasília, ocorrida na terça-feira (6), quando cerca de 500 manifestantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra depredaram a entrada e outras dependências da Câmara.

Mauri Torres afirmou que "a invasão à Câmara ou a uma propriedade privada é um retrocesso e merece uma resposta firme do governo federal, para que seja coibido esse tipo de vandalismo". O presidente enfatizou que o importante é levar a mensagem de que as reivindicações, as legítimas participações em audiências e nas conquistas dos problemas sociais do Brasil são justas, "mas desde que respeitem a Constituição, as autoridades e o povo".

O presidente lembrou que a Assembléia de Minas tem recebido, com freqüência, manifestações legítimas e ordeiras, e conta com um corpo de servidores, na área de segurança, preparado e sempre respeitando a população que freqüenta suas dependências. Em sua avaliação, tais problemas devem ser enfrentados com tranqüilidade. Mauri Torres defende ainda que o diálogo deve prevalecer em qualquer situação, mesmo as de emergência, e ressaltou que espera que tais acontecimentos "não aconteçam novamente em Brasília e em nenhuma outra parte do Brasil".

Ministério Público tem que cumprir limites do Orçamento

Ao comentar a aprovação do Projeto de Lei 3.189/06, do procurador-geral de Justiça, que cria 800 cargos no Ministério Público, Mauri Torres disse que, assim como a Assembléia e o Judiciário, também o MP tem de cumprir o limite constitucional de gastos, estabelecido em 2% do Orçamento do Estado. "O que ultrapassar este percentual, o Executivo não repassa, já que ele também tem de cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)".

O presidente da Assembléia afirmou que o projeto visa aparelhar melhor o Ministério Público, que tem promotores nos 853 municípios mineiros, que precisam de auxiliares diretos para ter melhor desempenho e dar maior agilidade ao serviço da Justiça de Minas Gerais. Mauri Torres explicou que não houve atropelo na tramitação do projeto, "que foi motivo de muitas reuniões entre assessores da Assembléia e do Ministério Público, foi discutido nas comissões antes de ser votado no Plenário, sempre com o acompanhamento da liderança do governo, exatamente para evoluir em seu entendimento", disse ele.

O presidente lembrou também que existem prazos exigidos pela legislação para votação de matérias que acarretem despesas continuadas. Segundo a LRF, seis meses antes da mudança do titular de um poder ou órgão não pode ser sancionada nenhuma matéria nesse sentido. Como haverá eleição para procurador-geral de Justiça em 20 de dezembro deste ano, a sanção do projeto tem de ser feita pelo governador Aécio Neves até o próximo dia 20 de junho.

Segundo o presidente da Assembléia, a convocação futura de servidores do MP só ocorrerá se o órgão estiver dentro dos limites de 2% do Orçamento, o mesmo valendo para os demais poderes. "Tenho certeza de que a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) está atenta a isto, porque o Estado custou a reaver os créditos e a estar adimplente com os organismos internacionais e nacionais e não pretende correr riscos de ficar outra vez inadimplente", concluiu.

 

 

 

 

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