Comissão de Transtornos Mentais ouve convidados sobre desospitalização

"A Lei da Desospitalização e suas Conseqüências" e o subtema "Pessoas contempladas pela Lei da Desospitalização: resu...

02/06/2006 - 00:01
 

Comissão de Transtornos Mentais ouve convidados sobre desospitalização

"A Lei da Desospitalização e suas Conseqüências" e o subtema "Pessoas contempladas pela Lei da Desospitalização: resultados reais da aplicação da Lei" serão os assuntos debatidos em reunião da Comissão Especial de Transtorno, Deficiência Mental e Autismo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, nesta terça-feira (6/6/06). A reunião será realizada às 15h30, no Plenarinho III. Foram convidados, além dos especialistas que têm participação permanente na comissão, os diretores da Central Psíquica, Hélio Lauar de Barros; e do Instituto Raul Soares, Domingos Sávio Lage Guerra; a diretora do Hospital Galba Veloso, Maria Eugênia Mascarenhas; a presidente do Instituto Ester Assumpção, Vera Lúcia Teixeiras Dias; e Neide Nery Santiana, membro do Conselho Tutelar - Regional Oeste.

A comissão, que iniciou suas atividades em 24 de abril, já ouviu vários convidados sobre os temas que são objeto de estudo dos deputados. No dia 23 de maio, a necessidade de tratamento específico para os autistas, e a dificuldade que as famílias dos portadores de necessidades especiais maiores de 18 anos encontram para receber atendimento deram a tônica da primeira reunião da comissão especial. O objetivo do encontro foi debater o tema "Tratamento à pessoa com transtorno mental, deficiência mental e autismo" e o subtema "Diferenciação entre transtorno mental, deficiência mental e autismo - tratamento e formas de inclusão".

No dia 30 de maio, a comissão realizou nova reunião com a presença de pais de autistas e autoridades da área de saúde. Os participantes informaram que a definição de autismo como um transtorno mental específico tem apenas 60 anos. Durante muito tempo, não havia nenhum atendimento público a esses 14 mil pacientes, que ficavam exclusivamente a cargo da família. A luta por sua inclusão na rede pública de saúde começou em 1983, quando foi criada a Associação Brasileira de Autismo. Os participantes da reunião também defenderam a intersetorialidade entre Educação, Saúde e serviços sociais para fazer os programas funcionarem bem e alertaram para as entidades que têm um caráter muito mais assistencialista que reabilitador.

Contribuição do Legislativo - O deputado Célio Moreira (PSDB), que preside os trabalhos, disse que a comissão pretende ampliar o debate sobre o transtorno e deficiência mental e autismo, a fim de subsidiar ações do Executivo, novas normas ou mesmo alterações na Lei 11.802, de 1995, que dispõe sobre a promoção da saúde e da reintegração social dos portadores de sofrimento mental, determina a implantação de ações e serviços de saúde mental substitutivos aos hospitais psiquiátricos e regulamenta as internações especiais.

Membros permanentes - Têm participação permanente na comissão, entre outros: Secretaria de Estado da Saúde; Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Belo Horizonte; Coordenadoria de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte; Associação Mineira de Psiquiatria; Coordenadoria de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência. E, para a reunião desta terça-feira (30), foram convidados: o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Josimar Mata de Faria França; a presidente da Associação Acadêmica de Psiquiatria de Minas Gerais, Mercedes Jurema de Oliveira Alves; o presidente do Conselho Regional de Psicologia, Humberto Cota Verona; a presidente da Associação Brasileira de Autismo, Marisa Furia Silva; e o psiquiatra Gean Carlo Mário Capeline.

 

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