Comissão do Protocolo de Quioto fará debate na UFMG

A Comissão Especial do Protocolo de Quioto da Assembléia Legislativa de Minas Gerais realizará nesta terça-feira (6/6...

01/06/2006 - 00:00
 

Comissão do Protocolo de Quioto fará debate na UFMG

A Comissão Especial do Protocolo de Quioto da Assembléia Legislativa de Minas Gerais realizará nesta terça-feira (6/6/06), às 9h30, no Instituto de Geociências da UFMG, audiência pública destinada a debater o tema "MDL em co-geração de energia elétrica e o potencial de Minas Gerais". O evento atende a requerimento dos deputados Laudelino Augusto (PT) e Doutor Ronaldo (PDT).

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e sua aplicação em Minas Gerais vem sendo estudado e debatido desde a primeira audiência pública da comissão, realizada no dia 18 de maio. Na reunião desta terça-feira, os parlamentares e convidados discutirão os projetos ligados à geração de energia elétrica no Estado, como o aproveitamento de pequenas centrais hidrelétricas para produção de energia com menor emissão de gases que provocam o efeito estufa.

Outro tema previsto para o debate será o aproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar nas usinas de produção de álcool. Este debate pretende fazer com que a decomposição desta biomassa seja reduzida, uma vez que ela provoca emissão de gás metano. Além desses temas, a comissão especial também deve abordar o aproveitamento de dejetos gerados na suinocultura para produção de energia elétrica.

Protocolo de Quioto - O Protocolo de Quioto, em vigor de fevereiro de 2005, e do qual o Brasil é signatário, prevê atitudes para a contenção das emissões dos chamados gases de efeito estufa (GEE), o dióxido de carbono e o metano. O aumento da concentração desses gases tem provocado alterações climáticas, como mudanças dos ciclos de chuva, da força e da direção das correntes marítimas, da manutenção das geleiras e calotas polares, e elevação da temperatura média do planeta, colocando em risco o equilíbrio ambiental.

O documento estabelece o limite mínimo de 5,2% de redução das emissões desses gases com relação aos níveis de 1990, pelos países desenvolvidos, e regras rígidas de acompanhamento e verificação do cumprimento das metas. O protocolo também leva em consideração a dificuldade de os países desenvolvidos cumprirem as metas de emissão e criou, como alternativa ao problema, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que permite a aquisição de créditos de carbono gerados em países em desenvolvimento signatários do acordo.

O Brasil é o segundo país em número de projetos de redução de carbono que aproveitam o MDL, com 145 projetos em andamento, inferior apenas à Índia, com 217. Minas Gerais já começou a receber recursos relacionados à aplicação dos créditos de carbono. São cerca de US$ 60 milhões de um convênio de cooperação entre o governo e uma empresa irlandesa para instalação de biodigestores em granjas de suínos, equipamentos que fazem com que o gás metano não seja lançado na atmosfera, além de permitirem a geração de energia.

A Comissão Especial do Protocolo de Quioto já realizou três audiências públicas. A primeira, no dia 18/5, sobre o tema "A situação institucional de Minas Gerais em relação ao Protocolo de Quioto"; a segunda, no dia 23/5, abordou o assunto "Mudanças Climáticas e o MDL"; e a terceira, no dia 30/5, sobre "Desafios para a implementação de projetos socioambientais via MDL".

Convidados - Foram convidados para a quarta audiência pública desta comissão especial o membro do Instituto do Sol, Vágner Benevides; o professor da Universidade Federal de Itajubá, Geraldo Lúcio Tiago Filho; e o presidente da TUV Rheihnland, Antônio Carlos da Silva.

 

 

 

 

 

 

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