| Assembléia promove debate sobre Programa Antitabagista 
             A Assembléia Legislativa de Minas Gerais iniciou 
            nesta quarta feira (31/5/06), Dia Mundial de Combate ao Tabagismo, 
            uma campanha para sensibilizar os servidores sobre os males do fumo. 
            Um debate no Teatro da Assembléia inaugurou uma série de ações que 
            serão desenvolvidas no Legislativo. O evento contou com a presença 
            da superintendente de Tratamento da Subsecretaria Antidrogas, Geísa 
            Calvert, representando o subsecretário Antidrogas, Cloves Eduardo 
            Benevides; a médica pneumologista pediátrica, sanitarista e 
            responsável pelo Programa de Controle de Tabagismo da Secretaria 
            Municipal de Saúde, Maria das Graças Rodrigues de Oliveira; Adriana 
            Carneiro membro da Comissão de Controle de Tabagismo, do Alcoolismo 
            e outras Drogas da Associação Médica de Minas Gerais; o coordenador 
            de Saúde da Assembléia, Gilson Afonso Cortês; e o médico da 
            Assembléia, Paulo Alves. O debate iniciou-se com uma breve história do 
            tabaco. De acordo com o Gilson Cortês, a planta teve uma rápida 
            disseminação pelo mundo. Ele contou que em 1559 os portugueses 
            levaram a folha de tabaco para a Europa, e 100 anos depois o tabaco 
            já estava presente em todos os continentes. Gilson Cortês afirmou 
            que as grandes potências da época tributavam as importações da 
            planta para manterem suas guerras. Adriana Carneiro apresentou dados da Organização 
            Mundial da Saúde (OMS) sobre o tabagismo no mundo. Segundo ela, 
            existem mais de um bilhão de fumantes, sendo que quatro milhões de 
            pessoas morrem ao ano por causa do cigarro. "O cigarro é a primeira 
            causa de morte evitável no mundo", afirmou. De acordo com Adriana 
            Carneiro, as empresas tabagistas ludibriam os jovens fumantes com 
            cigarros de sabor cereja, chocolate e menta, disfarçando o sabor e o 
            cheiro do produto. Ela afirmou também que o cigarro, além de causar 
            danos à saúde, reduz a produtividade no trabalho, causa acidentes e 
            maiores gastos com tratamentos de saúde. "Morrem três vezes mais 
            pessoas por causa do fumo do que com acidentes de trabalho", 
            ressaltou. Adriana Carneiro ressaltou que os fumantes passivos 
            também sofrem de enfermidades decorrentes do cigarro. Maria das Graças disse que, para comemorar a data, 
            a Secretaria Municipal de Saúde criou o "Ambiente Livre de Tabaco". 
            No prédio da secretaria, agora, é permitido fumar apenas nos locais 
            conhecidos como "fumódromos", localizado no pilotis do edifício. Na 
            Assembléia, já existe uma Deliberação, editada em 31 de maio de 
            2000, que define locais onde é permitida a prática de tabagismo e 
            deixa claro quais são as áreas onde ninguém pode fumar, visto que a 
            instituição é um local público. Dependência química não é o maior problema Maria das Graças afirmou que cinco postos de saúde 
            do Sistema Único de Saúde (SUS) irão começar a tratar pacientes e 
            distribuir remédios antitabagistas. Segundo ela, o tratamento será 
            feito acompanhado de terapias cognitivas. "A dependência física é 
            menor que a psíquica", disse. A superintendente de Tratamento da Subsecretaria 
            Antidrogas, Geisa Calvert, ressaltou a importância da busca por uma 
            ajuda externa no controle do vício e disse que a subsecretaria tem 
            um convênio com o SOS Drogas, que funciona no edifício Maleta, para 
            o atendimento aos fumantes. O médico Paulo Alves afirmou que para se conseguir 
            "domar" o vício é preciso mudar a filosofia de vida. "O que faço 
            comigo vai refletir na saúde que tenho, o vício da nicotina só é 
            menor que o da cocaína, heroína e crack", disse. No Brasil, de cada 
            um dólar que o governo recebe de impostos da indústria tabagista, 
            ele gasta um dólar e mio com saúde, cuidando de fumantes, 
            informou.   
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