Investigação de assassinato em Piumhi ganha novas
pistas
Duas testemunhas que tiveram a identidade mantida
em sigilo foram ouvidas pela Comissão de Direitos Humanos da
Assembléia Legislativa de Minas Gerais, nesta quarta-feira
(31/5/06). Elas deram aos deputados e às autoridades presentes novas
informações relacionadas ao assassinato do disk-jockey Júlio
César Rodrigues, ocorrido em 28 de maio de 2004, na cidade de
Piumhi, no Centro-Oeste do Estado. De acordo com o presidente da
comissão, deputado Durval Ângelo (PT), os depoimentos contribuíram
significativamente para as investigações.
A reunião secreta foi marcada depois que a comissão
esteve em Piumhi, em 22 de março último, quando os deputados ouviram
o apelo de parentes de Júlio César, revoltados pela morosidade das
investigações e pela impunidade do culpado. Barbaramente
assassinado, o corpo do DJ foi encontrado sete dias depois do crime,
com três tiros na cabeça, um corte na barriga e os pés amarrados.
Durval Ângelo destacou a importância das
investigações que estão sendo feitas pela Polícia Civil e pelo
Ministério Público e informou que a comissão continua aberta a ouvir
novas testemunhas, também com proteção da identidade, se necessário.
Segundo ele, as investigações apontam para uma rede de violência que
envolve pessoas influentes de Piumhi. "A sociedade vai ficar
assustada", adiantou.
Histórico - Segundo a irmã
da vítima, Maria Aparecida Rodrigues Camargos, Júlio César, que era
homossexual assumido e tinha o apelido de Jullius Bill, relatava
histórias de trocas de casais e encontros amorosos entre homens
influentes da cidade durante festas em que trabalhava como DJ, além
de informações sobre desvio de dinheiro.
Presenças - Deputados
Durval Ângelo (PT), presidente; e Roberto Ramos (PSDB),
vice-presidente, além de convidados que não terão a identidade
divulgada.
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