Diferenciação e tratamento de doenças mentais voltam a ser debatidos

Discutir a diferenciação entre as três doenças, seu tratamento e formas de inclusão dos pacientes são o objeto do deb...

26/05/2006 - 00:00
 

Diferenciação e tratamento de doenças mentais voltam a ser debatidos

Discutir a diferenciação entre as três doenças, seu tratamento e formas de inclusão dos pacientes são o objeto do debate que a Comissão Especial do Transtorno Mental, Deficiência e Autismo da Assembléia Legislativa de Minas Gerais realiza nesta terça-feira (30/5/06). O debate acontece às 15h30, no Plenarinho II. A comissão foi criada por requerimento do deputado Célio Moreira (PSDB) em abril de 2006 e teve seus integrantes designados no dia 18 do mesmo mês.

No primeiro debate, realizado no último dia 25/5, foram discutidas a necessidade de tratamento específico para os autistas e a dificuldade que as famílias dos portadores de necessidades especiais maiores de 18 anos encontram para receber atendimento. Segundo o presidente da comissão, deputado Célio Moreira, os temas serão novamente discutidos na próxima reunião, já que o primeiro debate ficou prejudicado em função da ausência de muitos convidados. Célio Moreira disse que a comissão pretende ampliar o debate sobre o transtorno e deficiência mental e autismo, a fim de subsidiar ações do Executivo, novas normas ou mesmo alterações na Lei 11.802, de 1995, que dispõe sobre a promoção da saúde e da reintegração social dos portadores de sofrimento mental, determina a implantação de ações e serviços de saúde mental substitutivos aos hospitais psiquiátricos e regulamenta as internações especiais. A agenda da comissão prevê outras reuniões para debates e também visitas aos locais que abrigam ou tratam de pacientes com necessidades especiais.

De acordo com dados da Organização Mundial de Psiquiatria (OMP), os transtornos mentais podem ser classificados de acordo com uma causa preponderante, idade de aparecimento ou por características sintomatológicas comuns. Existem os transtornos mentais orgânicos (como a demência arterioesclerótica dos idosos e a doença de Alzheimer), os mentais e de comportamento devidos ao uso de álcool e outras drogas (cocaína), os transtornos da ansiedade (fobias, pânico, o transtorno obsessivo-compulsivo, hipocondria e somatizações), a esquizofrenia, os transtornos do humor (como a depressão e o transtorno bipolar), os alimentares (anorexia e a bulimia), os sexuais, os transtornos do sono (insônia e sonambulismo), os transtornos da personalidade, deficiência mental e outros transtornos próprios da infância (o autismo e o déficit de atenção).

Terão participação permanente na comissão, entre outros: Secretaria de Estado da Saúde; Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde de Belo Horizonte; Coordenadoria de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte; Associação Mineira de Psiquiatria; Coordenadoria de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência. E, para a reunião desta terça-feira (30), foram convidados: o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, Josimar Mata de Faria França; a presidente da Associação Acadêmica de Psiquiatria de Minas Gerais, Mercedes Jurema de Oliveira Alves; o presidente do Conselho Regional de Psicologia, Humberto Cota Verona; a presidente da Associação Brasileira de Autismo, Marisa Furia Silva; e o psiquiatra Gean Carlo Mário Capeline.

 

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