Comissão do Protocolo de Quioto debate desafios de projetos ambientais

Instalada em 4 de maio, a Comissão Especial do Protocolo de Quioto da Assembléia Legislativa de Minas Gerais debate, ...

26/05/2006 - 00:01
 

Comissão do Protocolo de Quioto debate desafios de projetos ambientais

Instalada em 4 de maio, a Comissão Especial do Protocolo de Quioto da Assembléia Legislativa de Minas Gerais debate, nesta terça-feira (30/5/06), o tema "Desafios para a implementação de projetos socioambientais via MDL". A comissão foi criada para estudar, conhecer e debater a aplicação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo do Protocolo de Quioto em Minas Gerais. O requerimento para o debate é dos deputados Laudelino Augusto (PT) e Doutor Ronaldo (PDT), presidente e vice da comissão. O debate acontece às 9 horas, no Auditório.

Até o momento já foram realizados dois debates: " A situação institucional de Minas Gerais em relação ao Protocolo de Quioto", realizado em 18/5; e "Mudanças Climáticas e o MDL", dia 23/5. No primeiro, os deputados foram informados que Minas Gerais já está recebendo recursos relacionados à aplicação dos créditos de carbono, prevista no Protocolo. São cerca de US$ 60 milhões de um convênio de cooperação entre o governo e uma empresa irlandesa para instalação de biodigestores em granjas de suínos, equipamentos que fazem com que o gás metano não seja lançado na atmosfera, além de permitirem a geração de energia. E no segundo debate, a informação foi de que o Brasil ocupa a segunda colocação, no mundo, em número de projetos de redução de carbono que aproveitam o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), com 145 projetos em andamento, número inferior apenas ao da Índia, que conta com 217 projetos.

Quioto - O Protocolo de Quioto, que entrou em vigor em 16/2/05 e do qual o Brasil é signatário, prevê atitudes para a contenção das emissões dos chamados gases de efeito estufa (GEE), o dióxido de carbono e metano. O aumento da concentração desses gases tem provocado sérias alterações climáticas, como mudanças dos ciclos de chuva, da força e da direção das correntes marítimas, da manutenção das geleiras e calotas polares, além de elevar a temperatura média do planeta, colocando em risco o equilíbrio ambiental. O documento estabelece o limite mínimo de 5,2% de redução das emissões desses gases com relação aos níveis de 1990, pelos países desenvolvidos, e regras rígidas de acompanhamento e verificação do cumprimento das metas. O Protocolo também leva em consideração a dificuldade de os países desenvolvidos cumprirem as metas de emissão e criou, como alternativa a esse problema, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que permite a aquisição, pelos países desenvolvidos (que têm metas de redução de emissão de gases de efeito estufa), de créditos de carbono gerados em países em desenvolvimento signatários.

Foram convidados para o debate: a professora do curso de pós-graduação em Educação Ambiental da Faculdade Metropolitana de Belo Horizonte, Débora Munhóz; o integrante do Grupo de Estudos em Temas Ambientais da UFMG, professor Klemens Laschefski; e o consultor internacional e ex-funcionário da ONU, professor Milton Nogueira.

 

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