Meio Ambiente visita Serra de Pedra Branca, no Sul de Minas

Durante a visita feita, na manhã desta quinta-feira (25/5/06), à Serra da Pedra Branca, em Caldas, no Sul de Minas, d...

25/05/2006 - 00:01
 

Meio Ambiente visita Serra de Pedra Branca, no Sul de Minas

Durante a visita feita, na manhã desta quinta-feira (25/5/06), à Serra da Pedra Branca, em Caldas, no Sul de Minas, deputados da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de Minas Gerais verificaram in loco as condições de funcionamento da Mineração Caldas Gran. A comissão foi acompanhada por representantes do Ministério Público estadual, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, ONGs, sindicatos de trabalhadores da mineração e polícia ambiental. A Mineração Caldas Gran ocupa uma área de 500 hectares, sendo 10 hectares para extração de granito.

Questionamento - O promotor do Ministério Público estadual, José Eduardo Souza Lima, questiona todas as licenças concedidas à mineração e defende que a área da Serra de Pedra Branca deve ser tratada como patrimônio cultural e natural do município de Caldas. Segundo ele, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), em 2001, fez um relatório contrário à exploração da mina, mas em 2004 mudou de opinião e liberou a exploração. O promotor considerou o licenciamento indevido. Para ele, o benefício é pequeno levando em consideração o dano ambiental, já que a mineradora gera apenas cerca de 20 empregos, enquanto espécies da fauna e da flora estão ameaças de extinção. De acordo com ele, a reabilitação do terreno explorado seria difícil porque o local da lavra é de grande inclinação.

José Eduardo Souza Lima lembrou ainda que a Serra de Pedra Branca faz parte de uma área proteção permanente, já que está localizada em uma altitude entre 1.000 e 1.500 metros. Ele destacou também que a área tem um grande potencial turístico e está sendo deteriorada.

Condicionantes - Segundo o engenheiro florestal da empresa, Marcelo dos Santos, a licença de operação concedida pela Feam permite a extração somente nessa área de 10 hectares. Disse ainda que essa licença de exploração é para os próximos 20 ou 30 anos. Ele também informou que estão sendo cumpridas todas as condicionantes ambientais exigidas pela Feam para exploração da lavra. A primeira é a criação de duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), uma delas junto à Reserva Biológica de Pedra Branca, que tem 25 hectares. A segunda condicionante é o monitoramento da qualidade das águas dos dois córregos que passam na área total da mineradora e o acompanhamento constante da lavra.

Presenças - Deputados Laudelino Augusto (PT), presidente da comissão; e Doutor Ronaldo (PDT), vice.

 

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715