Supervisores pedagógicos reivindicam isonomia com inspetores

Isonomia com os inspetores escolares. Essa é a reivindicação que supervisores pedagógicos da Secretaria de Estado de ...

25/05/2006 - 00:00
 

Supervisores pedagógicos reivindicam isonomia com inspetores

Isonomia com os inspetores escolares. Essa é a reivindicação que supervisores pedagógicos da Secretaria de Estado de Educação (SEE) apresentaram aos deputados da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, em audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (25/5/06). Na reunião, convocada por iniciativa do presidente da comissão, deputado Doutor Viana (PFL), a categoria pediu à Assembléia que intervenha junto ao Poder Executivo para corrigir o que consideram uma injustiça, uma vez que supervisores e inspetores ocupam cargos semelhantes, mas têm vencimentos diferentes.

A presidente da Associação Mineira de Supervisores Pedagógicos (Amisp), Gyselia de Castro Pinto, explicou que supervisores pedagógicos e inspetores escolares têm a mesma graduação e carga horária e exercem atividades afins, mas, enquanto os inspetores têm 50% de gratificação, os supervisores têm apenas 25%. "Queremos igualdade de tratamento", afirmou, ressaltando que a desigualdade tem sido um fator determinante para a contínua evasão de servidores qualificados.

Frisando que a categoria não é numerosa, o que não implicaria em impacto financeiro significativo para o Estado com a concessão da equiparação salarial, a dirigente da Amisp argumentou que a reivindicação encontra amparo na Lei 15.293, de 2004, que institui as carreiras dos profissionais de Educação Básica do Estado. O artigo 31 dessa lei diz que "as atividades de inspeção escolar serão exercidas por servidor ocupante do cargo de Analista Educacional, com habilitação em Inspeção Escolar, em regime de dedicação exclusiva, com gratificação de 50% do vencimento básico do cargo de provimento efetivo". Esse percentual é percebido pelos inspetores, mas não pelos supervisores. Gyselia de Castro registrou ainda sua decepção com a ausência, na audiência, de representantes das secretarias de Educação e de Planejamento e Gestão (Seplag), que haviam sido convidados para o debate.

Supervisoras destacam importância da função

Outras supervisoras presentes à audiência reiteraram a injustiça da falta de isonomia salarial entre as categorias e enfatizaram a importância do trabalho do supervisor pedagógico. Angélica Lourdes de Matos Coutinho, também da Amisp, esclareceu que o supervisor é responsável pela articulação e coordenação da parte pedagógica da escola, em interação permanente com professores, alunos, pais e comunidade. Maura de Oliveira Lima, da Escola Estadual Padre José Senabre, de Vespasiano, lembrou que as categorias de supervisor, de inspetor e de orientador educacional têm a mesma exigência de formação acadêmica e que a única diferença é salarial.

Silvina Aparecida Corrêa, ex-secretária de Educação de Montes Claros, cobrou das autoridades respeito à categoria e pediu o apoio dos deputados à causa da isonomia. Ela destacou que os supervisores são os profissionais que lidam diretamente com os recursos humanos envolvidos no processo educacional. E Maria da Conceição de Brito Magalhães, lotada atualmente na Secretaria de Educação, testemunhou a baixa na auto-estima dos servidores causada pela falta de isonomia.

Deputados apóiam categoria

Todos os deputados presentes à audiência manifestaram apoio à reivindicação dos supervisores pedagógicos. Doutor Viana disse que a comissão irá agendar reuniões com a SEE e a Seplag, com a presença de dirigentes da Amisp, para discutir o assunto. Weliton Prado (PT) abordou a necessidade de valorização dos servidores estaduais e lembrou que, devido ao calendário eleitoral, melhorias salariais só podem ser concedidas até o dia 30 de junho. A deputada Lúcia Pacífico (PSDB), que foi professora por 33 anos, destacou a importância do trabalho pedagógico dos supervisores. E Leonído Bouças (PSC), também professor, criticou o fato de o Brasil não priorizar o investimento na educação, o que representaria prejuízos irreparáveis para as futuras gerações e para o desenvolvimento do País.

Na reunião, a comissão aprovou, ainda, diversas proposições que dispensam apreciação do Plenário.

Presenças - Deputados Doutor Viana (PFL), presidente da comissão; Leonídio Bouças (PSC), Weliton Prado (PT) e deputada Lúcia Pacífico (PSDB).

 

 

 

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