Meio Ambiente debate o Código de Proteção aos Animais em Minas

A Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de Minas Gerais debateu nesta terça-feira (...

23/05/2006 - 00:02
 

Meio Ambiente debate o Código de Proteção aos Animais em Minas

A Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia Legislativa de Minas Gerais debateu nesta terça-feira (23/5/06) o Projeto de Lei (PL) 129/03, do deputado Dalmo Ribeiro Silva (PSDB), que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais. A reunião recebeu membros da Secretaria de Estado da Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e da ONG Animais Urbanos do Brasil, para discussão e apresentação de sugestões ao texto do projeto.

Durante o debate, foi apresentada pela ONG Animais Urbanos do Brasil proposta de novo substitutivo ao projeto, que trata detalhadamente da população de animais domésticos em Minas Gerais. De acordo com a consultora de doenças parasitárias da ONG, Eulália Jordan, os animais domésticos não estavam contemplados no projeto original e nem no substitutivo que recebeu ao longo da tramitação. "Nossa proposta trata principalmente do controle populacional dos animais urbanos em todo o Estado e, conseqüentemente, do combate às zoonoses", disse. A proposta, denominada substitutivo nº 2 pelos convidados, aponta sugestões para o combate à morte indiscriminada de animais domésticos e urbanos e para o controle de doenças e esterilização em Minas Gerais.

A responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Maria do Carmo Araújo Ramos, aponta, no entanto, a necessidade de que se analise a viabilidade da implantação do código nas cidades do interior. Ela acredita que algumas ações do substitutivo nº 2 gerariam custos que impossibilitariam o cumprimento da lei. "É preciso que seja aberta uma discussão com os municípios do interior para que a lei seja uma realidade em todo o Estado. Muito do que é feito em Belo Horizonte não pode ser feito em outras cidades por falta de recursos," analisa.

Uma das ações propostas pela ONG, por exemplo, trata da utilização de microchips para identificação do animais. A idéia é oferecer à população, gratuitamente, a implantação destes mecanismos de controle. Segundo Maria do Carmo, a implantação dos microchips pode ser inviabilizada no interior, uma vez que o custo chegaria a R$ 15,00 por animal.

Grupo de trabalho debaterá as propostas apresentadas

O deputado Dalmo Ribeiro Silva sugeriu a criação de um grupo de trabalho, formado pelos órgãos e entidades presentes na reunião, para que sejam definidas as propostas de alteração do substitutivo nº 1, com base nos pontos levantados pela ONG Animais Urbanos do Brasil. Segundo ele, o projeto, que tramita na ALMG desde 2000 (quando foi apresentado pela primeira vez, sendo reapresentado em 2003), está no caminho certo, mas deve ser tratado de forma mais objetiva e prática. "O escopo da lei representará um avanço na questão da proteção aos animais no Estado, mas precisamos um esforço conjunto para aprová-lo o quanto antes", afirma. O grupo atende à solicitação da advogada da Superintendência de Epidemiologia da Secretaria de Estado da Saúde, Cláudia Novaes, que pediu prazo de um mês para análise da proposta apresentada. O primeiro encontro do grupo de trabalho acontecerá no dia 30 de maio, na própria Assembléia Legislativa.

Leishmaniose - Foi aprovado, na reunião, requerimento do deputado João Leite (PSDB), que solicita à Secretaria de Estado de Saúde dados de despesas realizadas no combate à Leishmaniose, nos últimos cinco anos.

Presenças - Deputados Laudelino Augusto (PT), presidente; João Leite (PSDB) e Dalmo Ribeiro Silva (PSDB).

 

 

 

Responsável pela informação: Assessoria de Comunicação - 31 - 2108 7715