LDO estima receita em R$ 29,911 bi e investimentos em R$ 3,1 bi

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais recebeu, na tarde desta segunda-feira (15/5/06), a proposta de lei de diretr...

15/05/2006 - 00:00
 

LDO estima receita em R$ 29,911 bi e investimentos em R$ 3,1 bi

A Assembléia Legislativa de Minas Gerais recebeu, na tarde desta segunda-feira (15/5/06), a proposta de lei de diretrizes orçamentárias (LDO) para o exercício de 2007. A proposta foi entregue pelo secretário adjunto de Planejamento e Gestão, Tadeu Barreto Guimarães, ao presidente em exercício da ALMG, deputado Rêmolo Aloise (PSDB), no Salão Nobre. De acordo com o secretário, a principal novidade é o aumento da capacidade de investimentos previstos, que chegam a R$ 3,124 bilhões (recursos do Tesouro), em comparação com os R$ 2,2 bilhões de 2006. "A proposta é gastar menos com o Estado e mais com a sociedade", destacou em entrevista Tadeu Barreto, fazendo referência aos desdobramentos do choque de gestão implementado pelo governo Aécio Neves.

A projeção das receitas indica um total de R$ 29,911 bilhões para o ano de 2007, tendo como principais parâmetros macroeconômicos o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,75% e uma inflação média pelo IPCA de 4,5%. O orçamento do Estado para este ano é de R$ 27 bilhões. Do total de receitas previstas para o ano que vem, R$ 20,836 bilhões referem-se aos tributos, que apontam um crescimento de 10,7% com relação a 2006. Os valores projetados com relação à arrecadação de ICMS são de R$ 17,542 bilhões, um aumento de 9,8% com relação ao exercício anterior. Já a arrecadação do IPVA tem valor projetado de R$ 1,380 bilhão (aumento de 17,9%).

A proposta governamental lista, ainda, as diversas ações dos programas estruturadores ou aqueles com monitoramento intensivo: a adequação dos espaços e a implantação do Centro Administrativo do Governo; a infraestrutura de transportes do Triângulo e do Vale do Paraíba; a implantação de sistemas simplificados de saneamento básico; a gestão ambiental no século XXI; o Circuito Cultural da Praça da Liberdade; a redução da criminalidade violenta em Minas e a universalização e a melhoria do ensino médio, entre outros programas.

Pessoal e encargos sociais

A despesa com pessoal e encargos sociais projetada para 2007 é de R$ 12,472 bilhões, contra os R$ 11,816 bilhões previstos no orçamento de 2006 (variação de 5,6%). A projeção dessa despesa foi realizada com base na folha de pagamento de abril de 2006, com crescimento vegetativo de 0,15% ao mês. A esse valor foram agregados recursos destinados à implementação das novas tabelas de vencimentos de planos de carreira específicos, bem como os recursos necessários à cobertura de despesas decorrentes do preenchimento de cargos por concursos públicos.

Dívida - A despesa com juros e encargos da dívida para 2007 é de R$ 2,2 bilhões (variação de 19,7%), e a reserva de contingência é de R$ 320 milhões. Outro dado trazido pelo secretário é a receita de compensações das exportações. São R$ 329 milhões, repetindo os números previstos no orçamento de 2006 e também de 2005 e 2004.

O projeto da LDO contém as orientações para elaboração do orçamento, as disposições sobre mudanças na legislação tributária e sobre a administração da dívida do Estado no próximo ano, entre outros aspectos. Integram a proposição os seguintes anexos: prioridades e metas da administração pública para 2007; metas fiscais, relativas às receitas e despesas; e riscos fiscais.

Como tramita a LDO

A tramitação do projeto de lei da LDO é definida no artigo 204 do Regimento Interno da Assembléia. Depois que for recebido em Plenário, o projeto será distribuído, em avulso, aos deputados e às comissões permanentes a que estiver afeto e encaminhado à Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária para, em 60 dias, receber parecer. Da discussão e votação do parecer nessa comissão poderão participar, com direito a voz e voto, dois membros de cada uma das comissões permanentes às quais tenha sido distribuído o projeto, observado, tanto quanto possível, o princípio da proporcionalidade das representações partidárias ou do bloco parlamentar.

Emendas - Nos primeiros 20 dias da tramitação poderão ser apresentadas emendas ao projeto. Dois dias depois de vencido esse prazo, o presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, deputado Domingos Sávio (PSDB), proferirá despacho de recebimento das emendas, que serão numeradas e publicadas, e dará publicidade, em separado, às que, por serem consideradas inconstitucionais, ilegais ou anti-regimentais, deixar de receber. Em 24 horas, o deputado poderá apresentar, ao presidente da Assembléia, recurso contra o despacho de não-recebimento. A decisão deverá ser anunciada em dois dias.

Esgotados todos os prazos, o projeto será encaminhado ao relator, designado pelo presidente da comissão, para receber parecer. Em seguida, o parecer será encaminhado à Mesa da Assembléia e publicado. O projeto será incluído na ordem do dia do Plenário para discussão e votação em turno único. A interrupção da sessão legislativa, em julho, não ocorrerá enquanto não for votada a LDO.

Nova data para recesso - Vale lembrar que, segundo a Emenda à Constituição 74, de 2006, que reduz o recesso parlamentar, a sessão legislativa ordinária será realizada de 1º de fevereiro a 18 de julho e de 1º de agosto a 20 de dezembro de cada ano.

Presenças - O secretário adjunto de Planejamento e Gestão, Tadeu Barreto Guimarães, estava acompanhado do subsecretário de Planejamento e Orçamento, Bernardo Tavares, e da superintendente de Orçamento da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), Ana Clara Bernardes. O diretor-geral e o secretário-geral da ALMG, Luís Antônio Prazeres Lopes e Eduardo Moreira, acompanhavam o presidente em exercício, deputado Rêmolo Aloise (PSDB), além de técnicos da Casa.

 

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