| Comissão discute fim do Programa Mutirão da 
            Catarata A Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de 
            Minas Gerais realizou, nesta quarta-feira (10/5/06), audiência 
            pública para avaliar a possibilidade de retorno do programa 
            "Mutirões de Catarata, Variz, e Hipertrofia Prostática e 
            Retinoplastia Diabética. O programa, do Governo Federal, foi criado 
            em 1999, promoveu 360 mil cirurgias em todo o país até 2005, mas 
            terminou em fevereiro deste ano e não foi renovado. Entre os 
            convidados estava o assessor técnico do Departamento de Atenção 
            Especializada do Ministério da Saúde, Joselito Pedrosa. O deputado Carlos Pimenta (PDT), autor do 
            requerimento que solicitou a reunião, disse que convidou o 
            representante do Ministério da Saúde para esclarecer o motivo da 
            extinção do programa e a possibilidade de retomá-lo. "Há no País um 
            número grande de pessoas aguardando para realizar cirurgias de 
            catarata, inclusive com exames pré operatórios prontos, e de um 
            momento para outro, elas se viram privadas dessa possibilidade com o 
            fim do mutirão", destacou Carlos Pimenta. O deputado Fahim Sawan 
            (PSDB) disse que "vê com estranheza a suspensão do programa, sem que 
            o ministério ofereça alternativa. Na sua opinião, o Brasil é o país 
            que menos investe em saúde, e que Minas Gerais recebe 30% a menos de 
            investimentos se comparado a outros estados. "Tenho que lamentar 
            este descaso do ministério", observou o deputado. Joselito Pedrosa explicou que o Mutirão foi 
            substituído pelo Programa de Cirurgias Eletivas, criado em março de 
            2005, pelo Ministério da Saúde. Ele explicou que, com a nova 
            política, o gestor receberá verbas perante comprovação da demanda 
            através de um projeto que deve ser encaminhado e aprovado pelo 
            ministério. O assessor do Departamento de Atenção Especializada 
            disse também que o novo projeto é uma parceria entre o governo 
            federal, os estados e municípios e que cada gestor deve avaliar 
            quais são as cirurgias prioritárias. De acordo com ele, o Ministério 
            da Saúde está fazendo um acompanhamento, e caso pelo menos 70% do 
            projeto não seja executado os recursos serão devolvidos e realocados 
            para outros municípios. Além das quatro cirurgias que integravam os 
            mutirões, foram incorporados mais 84 especialidades. "O objetivo do 
            novo plano é reduzir filas e estabelecer uma nova lógica de 
            organização", completou o assessor. Secretaria defende programa específico para oftalmologia Para o coordenador de Oftalmologia da Secretaria de 
            Estado da Saúde, Jules Jésus Ayoub, o Ministério da Saúde precisa 
            criar um programa específico para a área de oftalmologia. Ele 
            lembrou que o Brasil é um país com alta incidência de catarata, 
            chegando, em algumas regiões, a acometer 20% de pessoas acima de 50 
            anos de idade. A coordenadora de Alta Complexidade da secretaria, 
            Mitico Yokota acha positiva a nova política do ministério já que, 
            com o Programa de Cirurgias Eletivas, os gestores serão os 
            responsáveis pelo controle dos recursos que recebem, devendo 
            comprovar a demanda e a prestação de serviços utilizados. Também participaram dos debates o diretor de 
            Planejamento de Hospitais de Olhos de Pirapora, Edmundo Pereira 
            Rodrigues; o secretário de Saúde da cidade, Sinvaldo Alves Ferreira; 
            o presidente do Colegiado dos Secretários Municipais de Saúde 
            (Cosems), Luiz Felipe Almeida Caram Guimarães; e o representante da 
            Secretaria de Saúde do município de Coração de Jesus, Wendel Almeida 
            Prates. Requerimento - A comissão 
            aprovou também requerimento de autoria da deputada Ana Maria Resende 
            (PSDB), solicitando que seja realizada audiência pública em 
            Taiobeiras, para debater a situação dos moradores do município 
            portadores de insuficiência renal. Segundo o requerimento, os 
            moradores têm que percorrer 500 mil quilômetros por ano para receber 
            o tratamento de hemodiálise. A deputada também quer debater os 
            recursos que são gastos pelo município com esse deslocamento. Para a 
            reunião serão convidados os prefeitos dos municípios de Taiobeiras, 
            Rio Pardo de Minas, São João do Pacuí, Salinas, e Berizal.. Presenças - Deputado 
            Carlos Pimenta (PDT), vice-presidente; Ricardo Duarte (PT); Fahim 
            Sawan (PSDB); e Doutor Ronaldo (PDT).   
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