Comissão aprova nome de Ângela Freitas para integrar Conselho

A educadora Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Daiben teve seu nome aprovado pela Comissão Especial da Assembléia L...

09/05/2006 - 00:01
 

Comissão aprova nome de Ângela Freitas para integrar Conselho

A educadora Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Daiben teve seu nome aprovado pela Comissão Especial da Assembléia Legislativa de Minas Gerais criada para analisar as indicações do governador ao Conselho Estadual de Educação (CEE). A reunião aconteceu nesta terça-feira (9/5/06). Agora, o parecer precisa ser aprovado pelo Plenário para que, assim, a professora e diretora da Faculdade de Educação da UFMG (FAE) possa tomar posse no conselho, como determina a Constituição estadual.

O autor do parecer, deputado Sebastião Helvécio (PDT), justificou sua posição favorável afirmando que a atual pró-reitora de Extensão da UFMG possui amplo conhecimento da situação do ensino no Estado. Ele destacou a atuação de Ângela como professora e diretora da FAE, além da sua colaboração ao trabalho do Ministério da Educação. Todos esses atributos e bagagem da educadora mostram, na avaliação do relator, "seu preparo e capacidade para ocupar o cargo de conselheira".

Currículo - Antes de responder às perguntas, Ângela Freitas apresentou seu currículo, voltado para a área de educação. Ela é graduada em Pedagogia na UFMG, tendo concluído também nessa universidade mestrado e doutorado em Educação. Logo depois de graduada, a pedagoga atuou como orientadora educacional nas redes municipal e estadual de ensino. Paralelamente, nesse período, participou do Congresso Mineiro de Educação, entre 1983 e 1987. Depois do doutorado, passou a lecionar, na Faculdade de Educação da UFMG, disciplina voltada para educação, práticas de ensino e avaliação. Em 2002, foi eleita diretora. Mais recentemente foi nomeada pró-reitora de Extensão. Ângela tem também dois livros publicados voltados para o ensino.

Na sabatina, a educadora defendeu a necessidade de adoção da escola em tempo integral no Estado, mesmo reconhecendo o avanço que foi a ampliação do ensino fundamental para nove anos, com o ingresso das crianças na escola com seis anos de idade. Respondendo a questionamento do deputado Sebastião Helvécio sobre a educação à distância, Ângela disse que vê com bom olhos essa modalidade de ensino. "É uma alternativa importante para a formação de professores e profissionais de outras áreas de conhecimento. Há boas perspectivas para o setor, mas tem-se que melhorar a infra-estrutura desses cursos", defendeu ela.

Educadora é favorável à escola inclusiva

Sobre a escola inclusiva, outra questão levantada por Helvécio, a professora advogou que é favorável, mas que deve haver um estudo caso a caso. "Há determinadas deficiências em que é possível a convivência, mas em outras é mais complicado". Ângela citou o exemplo de pessoas com deficiência auditiva, para as quais seria possível a integração, segundo ela, desde que a escola contasse com pessoas especializadas, o que nem sempre acontece. "Por outro lado, portadores de Síndrome de Down são bem aceitos, sem problemas", concluiu.

Escola, TV e família - A presidente da comissão, deputada Ana Maria Resende (PSDB), indagou a convidada sobre como seria possível compatibilizar a escola em tempo integral, a vida familiar e a televisão. Ângela Freitas respondeu que todos têm que conviver com a TV como um instrumento de educação. A escola, na avaliação dela, tem que levar as informações, vindas da TV e outros meios, para a sala de aula. Por seu lado, a família deve ter uma preocupação maior com a necessidade de lidar com programas impróprios para as crianças.

Indicações - Das indicações feitas pelo governador para o conselho, para um mandato de quatro anos, apenas Oto Néri Borges ainda não foi sabatinado. A lista inclui, além de Ângela Imaculada Loureiro de Freitas Dalben, Avani Avelar Xavier Lanza, Arminda Rosa Rodrigues da Matta Machado, Francisco César Sá Barreto e Faiçal David Freire Chequer.

O Conselho Estadual de Educação foi criado em 1961 e é composto por 24 membros, nomeados pelo governador do Estado dentre pessoas de notório saber e experiência em matéria de educação, incluindo representantes dos diversos graus de ensino e do magistério oficial e particular. Eles se pronunciam sobre normas para autorização de funcionamento e reconhecimento de estabelecimentos de ensino e de seus cursos, criação de escolas estaduais e municipais sem duplicação desnecessária de recursos humanos e materiais, interpretação e aplicação da legislação, regulamentação dos diferentes graus e modalidades de ensino, normas sobre currículos, transferência de alunos, adaptação de estudos, regimento escolar, regularização de vida escolar e outras.

Presenças - Deputada Ana Maria Resende (PSDB), presidente; e os deputados Doutor Viana (PFL), vice-presidente; Sebastião Helvécio (PDT), relator; e Antônio Júlio (PMDB).

 

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