Secretaria de Saúde prestará contas de suas ações em debate na terça

O secretário de Estado de Saúde, Marcelo Gouvêa Teixeira, foi convidado pela Comissão de Saúde da Assembléia Legislat...

04/05/2006 - 00:00
 

Secretaria de Saúde prestará contas de suas ações em debate na terça

O secretário de Estado de Saúde, Marcelo Gouvêa Teixeira, foi convidado pela Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa de Minas Gerais a apresentar o relatório de ações da Secretaria no último trimestre de 2005 e no primeiro trimestre de 2006. A vinda à Assembléia acontece nesta terça-feira (9/5/06), a requerimento do presidente da comissão, deputado Adelmo Carneiro Leão (PT), a fim de cumprir determinação da Lei federal 8.689, de 1993. Essa norma determina ao gestor público da área de saúde prestar contas trimestralmente em audiências públicas nas assembléias legislativas. A reunião será às 10 horas, no Plenarinho IV.

Em reunião realizada em 5 de outubro de 2005 para discutir o mesmo tema, o então secretário Marcus Pestana informou que, até setembro de 2005, de um orçamento de R$ 855 milhões, tinham sido liquidados 55% (R$ 471 milhões), e as despesas já empenhadas atingiam 62% (R$ 532 milhões). Até agosto de 2005, o Estado já teria cumprido 8,2% da sua obrigação constitucional de destinar 12% dos recursos orçamentários à saúde. Ele também destacou ações do Programa Saúde da Família (PSF) e o crescente desembolso financeiro no setor de medicamentos.

O deputado Adelmo Carneiro Leão cobrou do secretário que prestasse contas sobre os recursos não aplicados em 2004, de R$ 300 milhões, lançados como "restos a pagar". Ainda segundo ele, os dados referentes a percentuais do orçamento aplicados na saúde apresentados por Marcus Pestana difeririam dos mostrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). Para o deputado, no 1º e 2º quadrimestres de 2005, os gastos na saúde seriam de 5% e 11%, respectivamente, abaixo dos 8,2 % anunciados pelo secretário.

Sobre as divergências nos percentuais de recursos aplicados, Pestana avaliou que "a discussão é improdutiva", pois os parâmetros usados são diferentes. Ele rechaçou qualquer erro nos dados do Siafi e afirmou que os "restos a pagar" seriam totalmente executados.

Polêmica - A reunião de outubro foi marcada por manifestação de servidores que, com faixas e cartazes, gritavam palavras de ordem pedindo a abertura de negociações e criticando a política do governo para a saúde. Em resposta, Pestana declarou que, com relação às negociações com a categoria, o diálogo nunca foi interrompido, mas que se chegou a um impasse. "Existe um conflito distributivo. Temos uma massa de recursos limitada que tem de ser alocada. Estamos recuperando salários dentro da nossa realidade fiscal. O Estado chegou ao limite máximo", reconheceu.

Vários deputados manifestaram-se a favor da regulamentação da Emenda Federal 29, de forma a garantir o repasse do percentual de recursos para a saúde nos níveis federal, estadual e municipal. Essa emenda obriga os Estados aplicarem no mínimo 12% dos recursos provenientes da arrecadação de impostos em ações e serviços públicos de saúde.

 

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